Este acúmulo de açúcar tem que ser eliminado, e o caminho mais curto é a urina, causando a glicosúria.

A eliminação da glicose pela urina acaba utilizando muita água, o que faz a pessoa urinar muito (poliúria).

Como a pessoa urina muito, ela fica desidratada; com isso ela sente muita sede e passa a beber muita água, de forma descontrolada (polidipsia).

Aí começam os problemas.

As células não recebem a glicose e nem os outros nutrientes que são controlados pela insulina (proteínas e gorduras).

O sistema nervoso central acha que está faltando comida (energia) e ativa artifícios de ação para conseguir alimentos; só que esses artifícios colocam o fígado para trabalhar na produção de glicose e determina que ela vá para o sangue, além de colocar o tecido gorduroso a queimar as reservas para produzir mais energia.

Nesse caso o resultado é devastador, pois a glicose sobe mais, e a pessoa começa a emagrecer e sentir fraqueza (falta de energia).

Esse efeito leva a sentir fome (polifagia) e eleva os níveis de glicose no sangue.

Com a queima das gorduras para a produção de energia, forma-se um subproduto: os corpos cetônicos que passam a ser eliminados pela respiração, dando um hálito cetônico com cheiro adocicado e a cetonúria pela a urina.

Sabendo como a doença se manifesta, começamos a entender as exigências do tratamento.

Diagnóstico do Diabetes

diabetes tipo 1

 

Para diagnosticar o diabetes o médico costuma solicitar um teste de glicemia (dosagem de açúcar no sangue) e de glicosúria (dosagem de glicose na urina).

Existem dois tipos de diabetes principais: Tipo I e Tipo II.

Diabetes Tipo I

Acontece quando a insulina não é produzida pelo pâncreas ou sua produção é quase inexistente.

O organismo não faz a absorção de glicose do sangue, as células “passam fome” e o açúcar fica alto no sangue.

Conclusão: o único jeito é o uso de insulina injetável subcutânea (embaixo da pele) para que possa ser absorvida pelo sangue.

Uma vez diagnosticado diabetes do tipo I, não há como reverter o quadro. Logo, alimentação adequada e o tratamento com dosagens de insulina são por toda a vida.

A ciência ainda não elucidou a causa da destruição das células produtoras de insulina do pâncreas. A hereditariedade parece ser um dos fatores de risco, mas nem sempre é diretamente herdado.

Quando o paciente não faz o uso de insulina recomendado, o quadro se agrava e pode levar ao coma diabético.

A ocorrência é mais comum em jovens e crianças.

Diabetes Tipo II

O Diabetes Tipo ll pode ser controlado com alimentação equilibrada e com comprimidos (hipoglicemiante oral).

A ocorrência é mais frequente em pessoas com mais de trinta anos mas, como já mencionamos, essa idade vêm baixando de tempos em tempos.

A causa do Diabetes Tipo II também não é conhecida. Acredita-se que nestes casos a hereditariedade tem uma consideração bem maior do que no Diabetes Tipo I.

Existe ainda uma ligação entre a obesidade e o Diabetes Tipo II, embora a obesidade nem sempre leve à doença.

Quando feito o diagnóstico do Diabetes Tipo II, as células produtoras de insulina ainda produzem a insulina.

A resistência à insulina é a incapacidade das células musculares e adiposas de aproveitá-la; com isso os níveis de glicose se mantém altos, e as células aproveitam muito pouco dessa glicose, continuando “com fome” e levando ao diabetes.

O Diabetes Tipo ll é considerado silencioso, pois os sintomas podem ficar despercebidos e, quando feito o primeiro diagnóstico, 50% dos indivíduos já apresenta algumas complicações.

Por esse motivo é sempre bom estar em dia com as consultas médicas, principalmente na presença de familiares serem diabéticos.