O cobogó é um muro ou parede feita de tijolo e cimento vazados. Ele surgiu nos anos 20 em Recife com o objetivo de trazer luz e ventilação naturais para dentro das casas. Veja a seguir como separar cômodos utilizando o cobogó.[clear]
O nome cobogó reúne as iniciais dos sobrenomes de seus três criadores, os engenheiros Amadeus Coimbra (Portugal), Ernesto Boeckmann (Alemanha) e Antônio de Góis (Brasil). Eles se inspiraram nas treliças de madeira árabes utilizadas na arquitetura.
Nos anos 50 e 60 o cobogó foi difundido pelo arquiteto Lúcio Costa, criador da cidade de Brasília. Assim, passou a fazer parte do vocabulário visual arquitetônico brasileiro.
Atualmente são oferecidos em cerâmica e outros materiais e estão presentes em um número cada vez maior de residências. Veja a seguir.
[h2 type=”2″ width=””]Funcionalidades do Cobogó[/h2]
Por ser vazado, o cobogó permite observar alguma parte do que está por trás dele. No entanto, ele também promove uma boa porção de privacidade.
Se for empregado numa parede que separa os ambientes externo e interno, ele facilita o aproveitamento da iluminação natural e, ao mesmo tempo, da brisa, que ajuda a manter amena a temperatura dentro da casa.
Ou seja, é uma opção sustentável.
Caso seja colocado para separar ambientes internos, seus orifícios levam a luz de um cômodo para o vizinho. Além disso, o frescor produzido pelo ar condicionado em um ponto pode invadir o outro.
Nos dois casos, a conta de luz chega mais barata no final do mês.
Mas é preciso levar em conta que os blocos são mais frágeis do que tijolos (por serem peças vazadas) e por isso não podem fazer papel de base de apoio, só mesmo de alvenaria de fechamento.
[h2 type=”2″ width=””]Efeitos Decorativos do Cobogó[/h2]
Mas o cobogó é mais que uma divisória e faz mais que incrementar a troca de luz e amenizar a sensação térmica.
Com a incidência da luminosidade, seus desenhos vazados produzem belíssimas sombras, com efeitos semelhantes a de uma luminária. Além disso são, em termos absolutos, muito atraentes em si.
Seu visual é retrô, alegre e criativo – e cada vez mais. Afinal, o mercado tem inovado nos materiais, cores e no formato de seus recortes – alguns fabricantes produzem modelos personalizados.
Porcelana, vidro, madeira, cerâmica, aço e até mesmo pedras como mármores e granitos podem ser empregados para a produção de cobogós. Isso multiplica seu potencial de participação nos mais diversos estilos de decoração.
Enfim, sua poética objetiva (o próprio painel) e subjetiva (suas sombras) são o segredo do seu encanto.
[h2 type=”2″ width=””]Cobogós em Espaços Internos[/h2]
A decoração ganha muito com o cobogó: ele é uma divisória que define diferentes espaços e, ao mesmo tempo, mantém a integração do ambiente.
Outra vantagem de cobogós dentro de casas e apartamentos é que dão muito mais leveza do que paredes inteiras e seus recortes são um elemento marcante.
Tanto é que a recomendação geral é que as paredes próximas a um cobogó devem conter a menor quantidade possível de informações.
Quadros muito grandes ou chamativos ou estantes com grande quantidade de livros, porta-retratos e outros objetos polui visualmente o cômodo. A saída é instalá-lo com algum afastamento da parede.
Por outro lado, uma maneira interessante de utilizar o cobogó para decoração é colocá-lo em contraste com uma parede de cores que combinem com ele.
Por fim, eles podem ser usados como suporte para bares e balcões, como estantes e até mesmo laterais de poltronas.
Cobogós com recortes redondos amplos servem até mesmo de adega, acomodando garrafas de vinho.