Apesar da maior parte das casas e principalmente edifícios serem projetadas para a completa utilização de iluminação artificial, o aproveitamento da luz natural na arquitetura é muito celebrada.[clear]
Afinal, uma construção que traz a luminosidade externa para dentro do ambiente não só proporciona economia de energia elétrica como também ajuda a criar um ambiente mais acolhedor, com grande conforto visual.
Além disso, está mais que comprovado que doses diárias de luz solar estimula a produção de vitamina D e regula o humor e ciclos de sono dos indivíduos.
Veja a seguir como se valer da luz natural para iluminar ambientes internos.
[h2 type=”2″ width=””]Iluminação Natural: Analise o Terreno[/h2]
De fato o astro-rei da iluminação natural na arquitetura é o sol: é a incidência de seus raios sobre o terreno que deverá ser observado – não só ao longo do dia mas durante as diferentes estações do ano.
Em outras palavras, deve-se levar em conta aonde ele nasce e se põe durante o verão, o outono, o inverno e a primavera.
O Brasil, por ser um país tropical, se beneficia especialmente com a iluminação natural em interiores.
A ideia é construir o imóvel no ponto que mais recebe ação solar ao longo do ano. Se isso não for possível, a arquitetura do imóvel deverá se valer de algumas técnicas para favorecer ao máximo a entrada da luz.
Mesmo durante as estações mais frias a casa ou edifício se beneficia da iluminação natural, já que os vidros funcionam como uma estufa, conservando o calor dos raios solares no interior.
[h2 type=”2″ width=””]Iluminação Natural para Interiores: Cuidados[/h2]
A iluminação natural deve ser muito bem pensada: não é uma simples questão de criar janelas maiores.
Isso porque, se mal pensada, a iluminação externa acaba não apenas ofuscando a visão de quem está do lado de dentro como também aquece em demasia o ambiente.
O resultado é que a desejável economia com energia elétrica acaba não se realizando – afinal, cortinas precisarão ser instaladas, consequentemente levando à necessidade da luz artificial, e ventiladores e aparelhos de ar condicionado deverão ser acionados para resfriar o ambiente.
O ideal é que a entrada de luz natural não ultrapasse 10% da área do piso.
[h2 type=”2″ width=””]Iluminação Zenital: Como Aproveitar a Luz Natural em Interiores[/h2]
A chamada iluminação zenital é a maneira mais comum de fazer a luz do dia entrar na casa.
Trata-se de trechos translúcidos criados no teto, telhado ou cobertura do imóvel. É especialmente indicado para lugares de grandes dimensões e com pé-direito amplo.
Proporciona iluminação mais uniforme e também podem gerar ventilação vertical.
Oferece maior uniformidade de iluminação, em alguns tipos pode ocorrer ventilação natural, através do efeito chaminé.
Sua limpeza deve ser constante e sua vedação precisa estar sempre em dia. É importante verificar a necessidade de vidro de segurança extra, para evitar invasões.
A iluminação zênite pode ser dos seguintes tipos:
- Lanterim: vão com dois lados opostos para receber a luz, orientado para o sentido norte-sul;
- Shed: abertura no telhado orientada para o sentido sul – portanto, com luz solar entrando indiretamente;
- Claraboia: vão horizontal que permite luz mais direta ao meio-dia;
- Claraboia tubular: aqui o vão tem formato de meia esfera. Tubos reflexivos levam a luz exterior para o ambiente interno;
- Átrio: mais utilizado em grandes construções que necessitam de iluminação natural em áreas comuns.[space]
[h2 type=”2″ width=””]Luz Natural por Fachada[/h2]
Se você prefere que a iluminação natural entre pelas fachadas, escolha a que está voltada ao norte.
Dessa forma os raios solares entram de forma mais homogênea, sem causar ofuscamento – ou seja, com qualidade.
A luz natural por fachada é refletida para o interior do cômodo a partir de sua laje de forro.
Para maximizar esse efeito, prefira cores claras nas paredes e tetos.
[h2 type=”2″ width=””]Formas de Regular a Iluminação Natural em Interiores[/h2]
Como no zênite é mais difícil controlar a intensidade da iluminação, deve ser muito bem estudada pelos arquitetos. Alternativas como coberturas retráteis podem ser avaliadas.
Uma das melhores soluções para essa questão é a utilização do brise (também conhecido como brisesoleil ou quebra-luz). Ele regula a incidência de luz solar no ambiente interno, controlando o ofuscamento e o calor.
É encontrado em metal, madeira ou menos em concreto. Podem ser permanentes ou articulados – com os primeiros levando vantagem, já que podem ser regulados conforme o desejo do morador.
No caso de iluminação de fachada, o brise é instalado horizontalmente se o sol predomina na direção norte e verticalmente se o sol predomina na fachada virada para o sul, leste ou oeste.
Há, também, as chamadas bandejas de luz, que podem inclusive serem instaladas junto aos brises.
Seu papel é o de refletir a luz para a laje interna da casa ou edifício, otimizando a iluminação natural.