As artes marciais, praticadas há séculos por monges para harmonizar mente e corpo, trazem grandes benefícios à saúde física e mental de crianças.[clear]
Na verdade, a princípio, sua utilização para defesa pessoal é secundária. Tanto é que as melhores academias de judô, jiu-jitsu, aiki do, karatê, tae kwondo, kung-fu e outras modalidades focam na filosofia não violenta dessas lutas.
Dentro dessa abordagem, as artes marciais são de grande ajuda na disciplina e na boa conduta da criança. Não é à toa que o judô é um dos esportes olímpicos mais populares do mundo.
Saiba a seguir como essas lutas, que incluem a capoeira, podem beneficiar o seu filho.
[h2 type=”2″ width=””]Valores das Artes Marciais[/h2]
As artes marciais, fundamentalmente, trabalham valores de não-violência, respeito mútuo e observação a regras. Elas ensinam que, primeiramente, a competição deve acontecer dentro do próprio indivíduo, desafiando suas próprias desarmonias.
Apenas uma vez dominados os desequilíbrios individuais é que o lutador poderá competir com outro.
Mesmo assim, o senso de honestidade, ou fair play, deve estar presente o tempo todo: golpes proibidos são intoleráveis segundo a moral das artes marciais, e se um lutador cometer um erro não computado pelo juiz, ele mesmo deverá assinalá-lo.
Vale lembrar que as artes marciais não condenam a agressividade em si, já que ela ajuda o ser humano a avançar sobre seus objetivos; a agressividade somada à intenção destrutiva, sim, é que deve ser combatida, já que ela leva à violência.
A capoeira é um bom exemplo do que esperar das artes marciais: através da “roda” formada pelos praticantes, desenvolvem-se hierarquias não impostas, o que só pode ser estabelecido com grande respeito entre todos. A amizade, o companheirismo e o respeito são essenciais.
Além disso, aprimora o senso de igualdade entre indivíduos de raças, gêneros e condição sócio-econômica.
[h2 type=”2″ width=””]Benefícios das Artes Marciais para Crianças[/h2]
Por conta dessas características, o judô, karatê, jiu jitsu, capoeira e outras lutas são cada vez mais procurados para ajudar crianças com problemas de gerenciamento de raiva e reconhecimento de autoridades.
Entrando em contato com seu mundo interno, a criança passa a se conhecer melhor e aprende a lidar com suas próprias dificuldades. Tendo bons professores como exemplo, a criança leva o exemplo para o seu próprio dia a dia.
Como a competitividade é colocada de forma harmoniosa, os pequenos aprendem a lidar consigo próprios e com o outro, refletindo melhor sobre seus impulsos antes de atacar física ou verbalmente alguém.
O resultado é uma maior auto-estima, o alívio da insegurança e da timidez excessiva. O relacionamento com a família e o rendimento escolar refletem diretamente o aprimoramento físico e mental da criança.
Por conta disso, cada vez mais escolas públicas e particulares estão incluindo a prática de judô, karatê, jiu jitsu e outros em seu planejamento de Educação Física.
Por meio das artes marciais a escola encontra uma forma direta de melhorar o condicionamento físico, a socialização, a concentração e a integração afetiva dos alunos, combatendo, inclusive o problema do bullying.
O autocontrole e a naturalidade diante das mudanças é exercitado por meio da variedade de movimentos ensinada. Na parte física, a criança adquire um enorme aprimoramento motor, flexibilidade, equilíbrio e força.
[h2 type=”2″ width=””]Como Escolher uma Academia de Artes Marciais para Crianças[/h2]
Se a escola do seu filho não oferece programas de artes marciais – ou se você pretende aprofundar a prática já existente na escola, o mais indicado é buscar uma academia especializada.
No entanto é preciso estar atento: alguns centros de prática estão totalmente voltado para competições, deixando passar os valores mais profundos e construtivos das lutas.
Além disso, mesmo numa academia que fomenta a boa prática das artes marciais, observe se o professor sabe lidar com as crianças: nem sempre os mestres em artes marciais conseguem passar todas as suas benesses adiante para o público infantil de forma pedagógica.
É importante que ele tenha não apenas uma didática mas também uma personalidade que possa servir como modelo para a criança.
É importante que o profissional inclua, além das técnicas físicas, elementos lúdicos, culturais e educativos nas aulas. O clima deve ser de espontaneidade e cooperação, mais do que de competição.
Se o seu filho ou sua filha fizerem uma aula experimental, peça para assistir a aula e concluir, você mesmo, se é o lugar ideal para a prática. Não confie totalmente na opinião positiva da criança: a crítica madura de um adulto deve ser levada em conta.