Jardim Oriental

Como fazer um jardim estilo oriental

Jardins orientais espalhados pelo mundo todo mostram a fascinação pela forma e arranjo paisagístico que os povos da região do Japão, China e arredores organizam seus espaços particulares.

São países que têm grande população e o problema de espaço é uma característica comum a todos eles.

Com um pequeno espaço conseguem criar recantos de grande encanto, propiciando lugares para meditação e estar.

Têm grande senso estético e com pouco dizem muito.

[h2 type=”2″ width=””]O que caracteriza um jardim oriental?[/h2]

Interpretando estes jardins, o que podemos tirar como lições para organizar um espaço com características orientais no meio de uma cidade brasileira?

jardim_orientalEles têm árvores e arbustos, principalmente.
Plantas herbáceas algumas e nenhuma anual de estação.
Estas são mais usadas em jardins europeus e por tradição vemos lindos palácios e praças da Europa repletas de canteiros de flores de curta duração.

O sentido de perenidade marca então o jardim oriental.

jardim-interno-orientalPlantas que possam viver por muitos anos, passando de pais a filhos. Herança e cultura.

As árvores e muitos arbustos têm, na maioria das vezes, folhas caducas, que caem no outono deixando o tronco desnudo, verdadeira escultura viva.

Naqueles lugares longínquos cai neve cobrindo tudo e as plantas em dormência aguardam a primavera para brotar e encher tudo novamente de vegetação.

[h2 type=”2″ width=””]Árvores que dão um toque oriental ao jardim[/h2]

maple

Árvores como as do gênero Acer de folhas verdes (Acer palmatum)ou o Acer palmatum‘Atropurpureum’  de folhas cor de vinho são um bom exemplo de vegetação decídua de grande efeito.

É um gênero de árvores que apresenta diversos formatos de folhas e no outono mudam a coloração e passam para amarelas ou vermelhas, antes de tombar enchendo o chão de folhas coloridas.
É um espetáculo para os olhos.

Dentre as árvores que florescem e são usadas também no paisagismo oriental estão a magnólia ou tulipa-de-árvore (Magnolia liliiflora).

Não podemos esquecer da cerejeira-japonesa-rosa (Prunus campanulata) e da cerejeira-branca (Prunus serrulata).
Ambas são de folhas decíduas.

As cerejeiras, principalmente, ao iniciar seu florescimento com os ramos ainda desnudos causam um efeito emocional nas pessoas, atraindo gente de todos os cantos para apreciar o espetáculo.

[h2 type=”2″ width=””]Arbustos para o jardim oriental[/h2]

Arbustos também fazem parte dos jardins orientais.

magnolia-O pitosporo (Pittosporum tobira), o pinheiro-buda (Podocarpus)muitas coníferas tipo tuias (Chamaecypares), juníperos (Juniperus horizontalis) são usados, tendo a folhagem perene mesmo no inverno.

Dentre os floridos a grande preferência é a azaléia de grande porte (Rhododendron simsii), com sua floração exuberante em cores chamativas, misturadas a arbustos verdes.

Forrações de grama do tipo japonesa (Zoysia japonica) conhecida aqui como grama-esmeralda ou então da grama-coreana (Zoysia tenuifolia). 
Esta tem folhas menores e delicadas e muitas vezes podemos deixar que se desenvolva sem poda, na sua altura natural de 10 a 15 cm, estranho ao nosso gosto ocidental de podar bem mais curto.

Isto propicia um visual interessante, aliado à presença de lanternas e outros artefatos de jardim.

Postado por
Eng. Agr. Míriam Stumpf
Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.
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