Nome botânico: Colocasia esculenta (L.) Schott
Sin.:Arum esculentum (L.) Vent.

Nome popular: inhame, taioba, taro

Angiospermae – Família Araceae

Origem provável: Malásia

Descrição:

canteiro de inhame

Planta herbácea perene sem caule, rizomatosa com altura em torno de 0,70 m, folhas grandes cordadas cor verde-escuras ou até roxas, com longo pecíolo ereto verde-arroxeados que saem diretamente do rizoma.

A inflorescência é em espádice, com as flores femininas na base, as estéreis no meio e as masculinas no ápice.

Os rizomas, também chamados de tubérculos são ovais e cilíndricos ficam quase ao nível do solo semi-enterrados.

Esta planta pode ser cultivada em quase todo o país, mas pode apresentar sensibilidade ao frio.

Modo de cultivo:

O local de cultivo pode ter sol pela manhã, mas a sombra à tarde propiciará folhas mais bonitas.

O substrato de cultivo deve ser fértil, rico em matéria orgânica, então para plantar usar húmus de minhoca, composto orgânico e areia em partes iguais, acrescentando cerca de 100 gramas de adubo de aves bem curtido.

Para plantar fazer montículos para plantios isolados ou camalhão para cultivo em fileiras, quando então é recomendado o espaçamento de 1,10 m entre mudas em fileiras duplas ou 0,50 m em linha simples, quando para a comercialização de folhas e rizomas.

Além de canteiros também poderá ser cultivado em vasos, que deverão ter pelo menos 0,60 m de diâmetro para o bom desenvolvimento da touceira.

As regas deverão ser regulares e para lavouras de produção é recomendada a irrigação por gotejamento.

Alguns problemas de cultivo podem surgir, como presença de nematóides no solo, fungos que tornam o tubérculo enegrecido e impróprio para consumo e queima das folhas por ataque de fungos.
Os tratamentos para lavoura deverão ter a recomendação de profissional.

Mudas e propagação do inhame

Muda do inhame
Inhame com brôto.

 

A propagação é feita por tubérculos inteiros ou em pedaços, sendo que os mais próximos à região apical são mais rápidos no desenvolvimento da muda.

Plantar em substrato preparado e semelhante ao já recomendado.

Uso culinário:

O inhame tem grande quantidade de amido nos tubérculos e é considerado alimento de boa qualidade, principalmente na culinária mineira.

Entram as folhas e também os rizomas na preparação de pratos com carne.

Um alerta porém, como todas as plantas da família Araceae, as folhas e tubérculos contêm oxalato de cálcio, que desaparece na cocção.

Recomenda-se também deixar os pedaços de molho em água na temperatura ambiente por algumas horas, descartando a água depois.

inhame

Observação: por inhame também são conhecidas outras plantas, pertencentes a família Dioscoreaceae, como o inhame-mimoso (Dioscorea trifida), o inhame-fígado ou cará-moela (Dioscorea bulbifera).

No paisagismo atual a mistura de plantas ornamentais e produtivas para alimento está sendo muito bem aceita, como acontece em todos os lugares do mundo.

 

Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.