– Diagnóstico

O médico tenta determinar a causa subjacente dos desmaios porque algumas são mais graves que outras.
A cardiopatia, por exemplo um ritmo cardíaco anormal ou a estenose da válvula aórtica, pode ser fatal; outras causas, porém, são muito menos preocupantes.

Os fatores que facilitam o diagnóstico incluem a idade do paciente no momento em que os episódios de desmaio iniciaram, as circunstâncias em que os desmaios ocorrem, qualquer sinal de alerta que precedem os episódios de desmaio e as medidas que ajudam a pessoa a se recuperar – como deitar-se, prender a respiração ou beber suco de laranja.

Descrições realizadas por testemunhas do episódio de desmaio podem ajudar. O médico também precisa saber se o indivíduo apresenta qualquer outro distúrbio e se está fazendo uso de algum medicamento de receita obrigatória ou de venda livre.

O médico pode reproduzir um episódio de desmaio sob condições seguras, solicitando ao paciente que ele respire rápida e profundamente. Ou, enquanto controla os batimentos cardíacos através um eletrocardiograma (ECG), ele pode pres sionar suavemente a região sobre o seio carotídeo (a parte da artéria carótida interna que contém sensores que controlam a pressão arterial). Um eletrocardiograma (ECG) pode indicar uma doença pulmonar ou uma cardiopatia subjacente.

Para descobrir a causa do desmaio, pode ser necessária a utilização de um monitor Holter – um pequeno aparelho que registra os ritmos cardíacos durante 24 horas, enquanto o indivíduo realiza suas atividades comuns. Se uma arritmia cardíaca coincidir com um episódio de desmaio, ela poderá ser – mas não necessariamente – a causa. Outros exames, como a ecocardiografia (técnica de obtenção de imagens por meio de ondas ultra-sônicas), podem determinar se o coração apresenta uma anormalidade estrutural ou funcional.

Os exames de sangue podem revelar um nível sangüíneo baixo de açúcar (hipoglicemia) ou uma contagem eritrocitária baixa (anemia). Para diagnosticar uma epilepsia – a qual, algumas vezes, pode ser confundida com desmaio – o médico pode utilizar a eletroencefalografia, um exame que revela os padrões de ondas elétricas cerebrais.

– Tratamento

Em geral, a colocação do paciente em decúbito dorsal é o suficiente para que ele recupere consciência. A elevação dos membros inferiores pode acelerar a recuperação por aumentar o fluxo sangüíneo ao coração e ao cérebro.

No entanto, se o indivíduo sentar-se com demasiada rapidez ou se ele for apoiado ou carregado em uma posição ereta, pode ocorrer outro episódio de desmaio.
Geralmente, nos indivíduos jovens que não apresentam cardiopatia, os desmaios não são graves e, raramente, são necessárias investigações diagnósticas extensas ou tratamento.
Entretanto, nas pessoas idosas, o desmaio pode ser decorrente de diversos problemas interrelacionados, os quais impedem o ajuste adequado do coração e dos vasos sangüíneos a uma redução na pressão arterial.

O tratamento dependerá da causa.

O batimento cardíaco demasiadamente lento pode ser corrigido pelo implante cirúrgico de um marcapasso, aparelho eletrônico que estimula os batimentos cardíacos.
A freqüência cardíaca muito elevada pode ser reduzida através da terapia medicamentosa.

Se o paciente apresentar uma arritmia cardíaca ocasional, é possível a implantação de um desfibrilador que restaure o ritmo cardíaco normal.
Também podem ser tratadas outras causas de desmaio como, por exemplo, a hipoglicemia, a anemia ou o baixo volume sangüíneo

. A intervenção cirúrgica deve ser aventada nos casos de valvulopatias, independentemente da idade do indivíduo.