Prognóstico e Tratamento

Se não for tratado, o choque geralmente é fatal.

Quando tratado, o prognóstico depende da causa, de outras doenças que o indivíduo apresenta, do período transcorrido entre o início do choque e o início do tratamento e do tipo de tratamento oferecido. Independentemente do tratamento, a probabilidade de morte devida ao choque após um infarto do miocárdio ou ao choque séptico em um paciente idoso é alta.

Enquanto esperam por socorro médico, as pessoas que se encontram próximas devem manter o doente aquecido e seus membros inferiores devem ser lentamente elevados para para facilitar o retorno do sangue ao coração.

Qualquer sangramento deve ser interrompido e a respiração deve ser controlada.
A cabeça da vítima deve ser virada para o lado, para evitar a aspiração de vômito.
Nada deve ser administrado pela via oral. A equipe médica de emergência pode prover a respiração mecânica assistida.
Todo medicamento será administrado por via intravenosa.

Em geral, não são administrados narcóticos, sedativos e tranqüilizantes, pois eles tendem a diminuir a pressão arterial.

Podem ser feitas tentativas para aumentar a pressão arterial com calças antichoques militares (ou médicas).
Essas calças exercem pressão sobre a parte inferior do corpo e, dessa forma, o sangue dos membros inferiores (pernas) é direcionado para o coração e para o cérebro. São administrados líquidos pela via intravenosa.

Geralmente, é realizada a prova cruzada de sangue antes de uma transfusão sangüínea.
No entanto, em uma situação emergencial na qual não há tempo para a sua realização, o sangue do tipo O negativo pode ser administrado em qualquer pessoa.

A administração de líquidos pela via intravenosa e a transfusão sangüínea podem ser medidas insuficientes para combater o choque quando o sangramento ou a perda líquida persistir ou quando o choque é decorrente de um infarto do miocárdio ou de um outro problema não relacionado ao volume sangüíneo.

Drogas que promovem a constrição dos vasos sangüíneos podem ser administradas para favorecer o fluxo sangüíneo ao cérebro ou ao coração, mas essas drogas devem ser usadas durante o menor tempo possível, pois elas podem reduzir o fluxo sangüíneo aos tecidos.

Quando o choque é causado por um bombeamento cardíaco ineficaz, devem ser tomadas providências para melhorar o desempenho cardíaco.
As anomalias da freqüência e do ritmo cardíacos devem ser corrigidas e, quando necessário, o volume sangüíneo deve ser aumentado.

A atropina pode ser administrada para acelerar um ritmo cardíaco lento, assim como outras drogas para melhorar a capacidade de contração do miocárdio. Nos pacientes, vítimas de um infarto do miocárdio, uma bomba com balão pode ser inserida na aorta para reverter o choque temporariamente.

Após esse procedimento, pode ser necessária a realização emergencial de uma cirurgia de revascularização do miocárdio ou de uma cirurgia de correção de defeitos cardíacos.
Em alguns casos de choque secundário a um infarto do mocárdio, uma angioplastia coronariana transluminal percutânea de emergência, para desobstrução da artéria bloqueada, pode melhorar a função de bomba do coração lesado e combater o choque resultante.
Geralmente, antes desse procedimento, os pacientes recebem drogas intravenosas que visam destruir os coágulos (drogas trombolíticas).

Quando não é realizada uma angioplastia coronariana transluminal percutânea ou uma cirurgia cardíaca de emergência, é administrada uma droga trombolítica o mais precocemente possível, exceto quando isto pode agravar outros problemas clínicos apresentados pelo paciente.
O choque causado pela dilatação excessiva dos vasos sangüíneos é tratado principalmente com drogas que promovem a constrição dos vasos, concomitantemente com a correção da causa subjacente da dilatação excessiva.

fonte:.Bayerscheringpharma.