Saiba mais sobre essa terapia que já tem mais de um século e é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como parte da medicina alternativa.

Desde que nascemos, estamos expostos a diferentes tipos de lesões.
Elas podem ser físicas, por exemplo devido a cirurgias ou acidentes; químicas – pela alimentação, o uso de medicamentos, intoxicações; ou emocionais, por conta do estress, fobias, etc.

Assim, uma pontada ou um mal jeito em um acidente pode repercutir depois de anos em tonturas, um parto traumático pode resultar, com o tempo, em uma escoliose, uma cicatriz de cesárea pode provocar dores lombares e assim por diante.

Isso é o que explica a osteopatia, uma terapia alternativa criada nos Estados Unidos durante o século XIX, que utiliza tratamentos manuais para reestabelecer a saúde e o equilíbrio do nosso organismo.

A osteopatia compreende que todas as partes e sistemas do corpo humano funcionam de maneira integrada.
Assim, cada função que desempenhamos – está relacionada à nossa estrutura física: o esqueleto.

Se por algum motivo essa estrutura se encontra desalinhada, o movimento normal dos nossos fluidos e fluxos internos (vascular, linfático, nervoso) fica prejudicado e isso pode provocar ou favorecer o aparecimento de doenças.

Restabelecer esses movimentos é um dos objetivos do osteopata e para isso se desenvolveram diferentes técnicas ao longo do tempo.

O tratamento osteopático


O tratamento osteopático consiste em intervenções manuais sobre os tecidos do corpo (articulações, músculos, ligamentos, vísceras, etc.).

A proposta é realinhar a musculatura e a estrutura esquelética.

osteopatia Não se usam medicamentos ou cirugias, mas pode haver conselhos sobre alimentação, exercícios ou postura, de acordo com a situação de cada paciente.

É considerada uma terapia alternativa porque, diferente da medicina tradicional, busca centrar-se no ser humano de maneira global e não na doença e seus sintomas.

Na primeira consulta é feito um diagnóstico osteopático, ou seja, se identificam quais são as estruturas afetadas e se busca localizar as lesões existentes.

Também é feito um exame clínico que pode ser ortopédico, neurológico, cárdio-vascular, etc. Nesse primeiro encontro, que pode durar de 1h a 1h30, pode ser feito um primeiro tratamento.

Como ocorre em uma sessão de massagem, na primeira consulta pode ser necessário tirar algumas peças de roupa.

Por isso é aconselhável usar roupas íntimas confortáveis durante as consultas.

As consultas seguintes podem ter duração de 30 a 45 minutos.

O osteopata conta com uma ampla variedade de técnicas que pode usar para o tratamento das diferentes doenças de acordo com o diagnóstico inicial do paciente.

Para a osteopatia, o corpo é uma unidade e cada parte atua em benefício do organismo como um todo.
E é por isso também que se entende que o sistema imunológico é o principal responsável pela cura.

Assim, o trabalho do osteopata consiste em grande medida em auxiliar as defesas naturais do corpo e eliminar as barreiras que impedem o seu funcionamento correto.

Quando procurar pelo osteopata

Ainda que pouco conhecida no Brasil, a osteopatia é muito popular na Europa e Estados Unidos.

É uma terapia muito procurada para o tratamento de dores na coluna, dores lombares, lombalgias (agudas ou crônicas), protusões e hérnias de disco, ciáticas, torcicolos e tendinites (LER/DORT).

Apesar dessas serem as principais motivações para a busca de um tratamento com osteopatia, ela é recomendada para lesões das costas e decorrentes de atividades físicas, artroses, artrites, osteosporose, cefaleia, exaquecas, vertigens, tontura, transtornos digestivos, circulatórios, respiratórios, nervosos e psicossomáticos.

Além disso, recomenda-se iniciar um tratamento osteopático depois de períodos  que envolvam traumas físicos ou psicológicos, como: acidentes, ainda que não haja nenhuma ferida aparente; tratamentos prolongados com medicamentos; intervenções cirúrgicas; períodos estressantes ou de esgotamento físico ou intelectual, entre outros.

Nesses momentos a osteopatia ajuda a liberar tensões acumuladas e permite uma recuperação rápida do organismo.

A osteopatia não é indicada para casos de reumatismos inflamatórios, câncer nos ossos ou osteoporose avançada.

Formação do osteopata

osteopata

No Brasil, é considerada uma especialidade da fisioterapia pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).

Portanto, para se tornar osteopata é necessário concluir uma formação universitária em fisioterapia e posteriormente realizar um curso de pós-graduação específico na área.

De acordo com as regulamentações existentes, as especializações em osteopatia devem ter uma duração mínima de dois anos e uma carga horária mínima de 1500 horas, sendo um terço destinada a atividades práticas.

Em alguns países a osteopatia é considerada uma especialidade médica, e em outros trata-se de uma profissão independente com uma formação universitária específica.

Além de dominar as diferentes técnicas utilizadas nos tratamentos, os osteopatas precisam contar com amplos conhecimentos na área da saúde, principalmente em anatomia e fisiologia.

Se interessou? Nas seguintes páginas web você pode encontrar mais informações sobre a osteopatia e buscar profissionais registrados próximos à sua cidade.

Associação Brasileira de Fisioterapeutas Osteopatas

– Registro Brasileiro de Osteopatas

Jamila Venturini é jornalista e colaboradora do Faz Fácil. É realizadora audiovisual independente, com experiência em diversos meios de comunicação e organizações de direitos humanos.