O Reino dos Fungos

Certamente você já ouviu falar de frieira, pé-de-atleta, micose-de-praia, “tinha” (ou tínea), unheiro, sapinho, boqueira… estes são alguns exemplos de doenças de pele muito freqüentes.
Elas têm em comum o fato de serem causadas por fungos.

Assim como existe o Reino Animal e o Reino Vegetal, também existe o imenso Reino dos Fungos, ao qual pertencem não só os cogumelos “champignon”, mas também os minúsculos seres que causam as famosas micoses.

As micoses são causadas por fungos diversos, assim também se apresentam de diferentes maneiras.

A famosa “micose de praia” surge geralmente nos ombros, “costas” e braços na forma de manchinhas esbranquiçadas e arredondadas, discretamente descamativas.
Seu aparecimento é mais comum no verão e nem sempre está relacionada à praia.

Existem também as micoses denominadas “tinhas” (ou tíneas), causadas por fungos “dermatófitos”.

Tipos de tíneas:

– Tínea do corpo: onde as lesões costumam ser arredondadas ou ovaladas, com bordas avermelhadas, descamativas e que coçam muito, tendo o centro mais claro e menos descamativo.
Costuma acometer a região das virilhas ou axilas, mas pode atingir qualquer outro local.

– Tínea do pé: caracterizada por descamação e coceira entre os dedos e/ou na planta do pé.

-Tínea do couro cabeludo: ocorre em determinadas áreas do couro cabeludo, tornando o cabelo fraco e quebradiço.

– Micose de unha: pode ser facilmente percebida pois causa amarelamento, descamação e engrossamento das unhas.

Dicas para evitar

Embora os fungos estejam em todo lugar, há algumas boas dicas para evitarmos que esses “bichinhos” nos peguem.

Primeiramente, lembre-se de que os fungos adoram locais quentes e úmidos, por isso:

Seque muito bem as dobras e os vãos de todos os dedos após os banhos (dica: você pode usar secador de cabelos para esta tarefa)
Verifique se os pés estão devidamente secos antes de calçá-los

Deixe todos os calçados em local bem ventilado e ao sol várias horas por dia.

Aplique talcos ou pós antissépticos dentro dos calçados, meias e luvas
Evite usar calçado sem meias e prefira sempre as de algodão.

Prefira sempre usar tecidos leves de fibras naturais (algodão, linho, etc.), especialmente as roupas íntimas; evite assim fibras sintéticas ou roupas muito apertadas.

Nunca ande descalço em saunas, academias, clubes, hotéis, balneários, banheiros públicos

Evite coçar as lesões de pele diretamente com as unhas.

Mantenha as unhas sempre curtas e limpas; evite cortá-las muito rentes à pele ou arredondadas; prefira cortá-las mais “quadradinhas” nos cantos para evitar que encravem (principalmente as unhas dos “dedões”).

Ao “fazer as unhas” procure sempre usar seu próprio material (tesourinha, lixa, alicate, “trim”, etc.). Nem sempre as esterilizações feitas nos salões são confiáveis

Procure um médico caso note sua(s) unha(s) ficando oca(s), manchada(s), espessa(s) ou com a formação de uma massa amarelo-esbranquiçada abaixo dela(s)

Evite a utilização de roupas, calçados e objetos de outras pessoas.

Nunca aplique álcool, violeta de genciana, pomadas, cremes ou qualquer medicamento sem o conhecimento do seu médico.

Procure auxílio médico caso surjam áreas de coceira, avermelhadas e descamativas, principalmente nas virilhas, mãos, pés, axilas.
O surgimento de manchas mais claras nas costas e pouco descamativas nem sempre é “micose-de-praia”, fazendo-se necessária também uma consulta médica

Outros lembretes

Crianças podem apresentar “sapinho” na boca e micose na região das fraldas.
Elas também apresentam com maior freqüência um tipo de micose na região do couro cabeludo onde ocorrem uma ou mais áreas com descamações, queda de cabelos, coceira e até pus;

Diabéticos ou pessoas com “baixa resistência” também tendem a apresentar mais micoses e outras infecções com maior freqüência que a população geral;

Unhas: o tratamento da micose nas unhas costuma ser bem mais demorado, trabalhoso e caro que os demais, por isso vale muito a pena prevenir, considerando as dicas acima;

Nomes populares dados a outras doenças de pele como cobreiro (herpes), impinge, pelada (queda de cabelo não causada por fungos), freqüentemente se confundem com micoses.

O diagnóstico e tratamento mais adequados deveriam sempre ser efetuados por médicos dermatologistas, e não por benzedeiras ou “vizinhas” que, apesar da boa intenção, ainda levam muitos pacientes a sofrerem complicações de suas enfermidades em nosso país.

fonte:.Bayerscheringpharma.