GORDO

Riscos relativos a problemas de saúde frequentemente associados ao excesso de peso.

O excesso de peso é um factor de risco independente para a ocorrência de doença cardiovascular.

O peso corporal é um factor de previsão de doença coronária melhor do que a pressão arterial, o tabagismo ou a intolerância à glicose.

Para além disso, o excesso de peso também aumenta o risco de desenvolvimento de outros problemas de saúde, incluindo alguns tipos de cancro, doenças gastrintestinais, perturbações respiratórias e doenças articulares.

 O excesso de peso prejudica significativamente a qualidade de vida

Muitos indivíduos com excesso de peso sofrem de dores, apresentam limitações da mobilidade e desenvolvem uma baixa auto-estima, depressão, perturbações ansiosas e outros problemas psicológicos, em virtude da existência de preconceitos sociais, discriminação e isolamento.

O excesso de peso constitui um importante fardo economico para a sociedade

Os custos económicos associados ao excesso de peso e às doenças a ele relacionadas são substanciais. Incluem tanto os custos directos, relacionados com os cuidados de saúde, como os custos indirectos, associados à perda de produtividade secundária a doenças e incapacidade.

Um inquérito, realizado nos EUA a mais de 17 000 membros de uma organização de manutenção da saúde, verificou que os custos directos com os cuidados de saúde aumentam com o aumento do IMC.

Os custos com os cuidados de saúde foram 25% e 44% mais elevados, respectivamente, em doentes com um IMC de 30 a 34,9 kg/m2 e com um IMC de 35 kg/m2 ou mais, comparativamente com doentes apresentando um IMC normal (20 a 24,9 kg/m2).

Causas da Obesidade

A obesidade e o excesso de peso são fruto da interacção entre factores genéticos e ambientais (apenas num pequeníssimo número de casos se deve a outras causas, como doenças endócrinas, síndromas genéticos, tumores, etc…).

Os hábitos alimentares incorrectos aprendem-se maioritariamente na infância. É comum aceitar a frase “de pais gordos, filhos gordos”.
A sociedade actual impõe determinados hábitos alimentares que condicionam, em grande parte, o excesso de peso e a obesidade.

Ocorrem muitas condicionantes que impedem o seguimento de um regime alimentar correcto, pois, em muitas ocasiões, por necessidade de trabalho, falta de tempo, etc, as pessoas são obrigadas a comer fora de casa. A este tipo de alimentação chama-se “padrão alimentar de cafetaria”.

O tabaco é outro dos factores que se destaca na sociedade em relação ao excesso de peso. A obesidade ocorre, muitas vezes, quando uma pessoa deixa de fumar. Isto deve-se ao fato do fumador possuir um metabolismo basal mais elevado enquanto fuma do que depois de deixar de fumar. Por este motivo, aumenta de peso quando deixa o cigarro.

Outro hábito relevante é o consumo de álcool. O álcool aporta muitas calorias “vazias” (sem nenhum valor nutritivo), que são utilizadas pelo organismo imediatamente.
A energia fornecida pelos alimentos ingeridos, que passa a estar em excesso, é, por isso, armazenada, favorecendo o aumento de peso.
É esta a razão da sua supressão na maioria dos planos de emagrecimento.

Tanto a obesidade como o excesso de peso são factores que intervêm de forma significativa na evolução e prognóstico de diversas doenças, que devem ser tidas em conta no programa de emagrecimento. O conhecimento destas e da respectiva medicação levará a actuar de formas diferentes.