O tratamento imediato para quase todas as lesões esportivas consiste no repouso, na aplicação de gelo, na compressão e na elevação.

A parte lesada é imediatamente colocada em repouso, para que sejam minimizados o sangramento interno e o edema e também para se evitar o agravamento da lesão.
O gelo produz constrição dos vasos sangüíneos, ajudando a limitar a inflamação e a reduzir a dor.

O enfaixamento da parte lesada com esparadrapo ou com uma faixa elástica (compressão) e a elevação da parte lesada em um nível acima do coração (elevação) ajudam a limitar o edema.

Pode ser feita a aplicação de uma bolsa de gelo ou um saco plástico contendo gelo esmagado ou picado (que se ajusta aos contornos do pé melhor que o gelo em cubos) sobre a parte lesada, com uma toalha entre ele e a pele, durante dez minutos.
Pode ser feito um enfaixamento frouxo com uma faixa elástica em torno da bolsa ou do saco de gelo e da parte lesada.

A parte lesada é mantida elevada, mas o gelo é removido por dez minutos e, em seguida, é reaplicado por mais dez minutos ao longo de um período de uma hora a uma hora e meia
Esse processo pode ser repetido várias vezes durante as primeiras 24 horas.

O gelo reduz a dor e o edema de várias maneiras. A parte lesada incha porque ocorre escape de líquido dos vasos sangüíneos.
Ao provocar a contração dos vasos sangüíneos, o frio reduz a tendência ao escape e, conseqüentemente, restringe a quantidade de líquido e o edema na área lesada.
A diminuição da temperatura da pele sobre a lesão pode reduzir a dor e os espasmos musculares.

Ela também limita a destruição dos tecidos através do alentecimento dos processos celulares.
Entretanto, a aplicação de gelo durante muito tempo pode lesar produzir lesão tissular.

A pele reage de forma reflexa quanto ela atinge uma temperatura baixa (em torno de 15 °C) provocando uma dilatação dos vasos sangüíneos da região.

A pele torna-se vermelha, quente e pruriginosa e pode doer.

Geralmente, esses efeitos ocorrem 9 a 16 minutos após a aplicação de gelo, desaparecendo aproximadamente 4 a 8 minutos após o gelo ser removido.
Por essa razão, o gelo deve ser removido quando esses efeitos ocorrerem ou após 10 minutos, mas ele pode ser reaplicado após um intervalo de10 minutos.

As injeções de corticosteróides em uma região lesada ou no tecido circunjacente aliviam a dor, reduzem o edema e, em alguns casos, podem ser um adjuvante útil ao repouso.
No entanto, essas injeções podem retardar a cura, aumentam o risco de lesões tendinosas e cartilaginosas e permitem que o indivíduo use uma articulação lesada antes que ela esteja totalmente curada e pode agravar a lesão.

Além dos exercícios propriamente ditos, os fisioterapeutas podem adicionar o calor, o frio, a eletricidade, ondas sonoras, a tração ou os exercícios na água ao plano terapêutico.
Pode ser recomendado o uso de palmilhas especiais para calçados ou outros tipos de órteses.

A duração da fisioterapia dependerá da gravidade e da complexidade da lesão. A atividade ou o esporte responsável pela lesão deve ser evitado até a sua cura.

A prática de atividades substitutas que não sobrecarreguem a parte lesada é preferível à abstenção de todas as atividades físicas, pois a inatividade completa faz com que os músculos percam massa, força e resistência.
Por exemplo, uma semana de repouso exige pelo menos duas semanas de exercício para que o indivíduo retorne ao nível de condicionamento que ele apresentava antes da lesão.

As atividades substitutas incluem o ciclismo, a natação, o esqui e o remo, quando a lesão for localizada na perna ou no pé; a corrida sem sair do lugar ou preso a uma uma correia, a natação e o remo, quando a lesão for localizada na coxa; o ciclismo e a natação, quando a lesão for na região lombar; e a corrida (jogging), a patinação e o esqui, quando a lesão for no ombro ou no membro superior.