Doença Sexualmente Transmissível !
A candidíase genital
A candidíase genital é uma infecção fúngica da vagina ou do pênis, comumente denominada “sapinho” , causada pela Candida albicans.
O fungo Candida vive normalmente na pele ou nos intestinos. A partir dessas áreas, a Candida pode disseminar-se até os órgãos genitais.
Em geral, a Candida não é transmitida sexualmente.
A candidíase é uma causa muito comum de vaginite.
A candidíase genital tem-se tornado mais comum por causa do crescente uso de antibióticos, de contraceptivos orais e de outras drogas que alteram o ambiente vaginal e favorecem o crescimento de Candida.
A candidíase é mais comum em mulheres grávidas ou que estão menstruando e em diabéticas.
Menos freqüentemente, o uso de certas drogas (p.ex., corticosteróides ou quimioterapia contra o câncer) e doenças que suprimem o sistema imunológico (p.ex., AIDS) podem facilitar a infecção.
Os Sintomas e o Diagnóstico
As mulheres com candidíase genital geralmente apresentam prurido ou irritação vaginal e vulvar e podem apresentar secreção vaginal.
É freqüente uma irritação muito intensa, mas a secreção é pequena.
A vulva pode tornar-se avermelhada e edemaciada.
A pele pode ficar em carne viva e apresentar fissuras.
Na maioria dos casos, a parede vaginal encontra-se recoberta por um material caseoso (semelhante ao queijo), mas pode apresentar um aspecto normal.
Geralmente, os homens são assintomáticos, mas a glande e o prepúcio (em homens não circuncidados) podem estar feridos e irritados, em especial após uma relação sexual.
Às vezes, os homens podem observar uma discreta secreção uretral.
A glande e o prepúcio podem tornar-se hiperemiados, apresentar pequenas vesículas ou feridas com crostas e podem ser recobertos por uma material caseoso.
O médico pode estabelecer rapidamente o diagnóstico pela coleta de amostras da vagina ou do pênis e pelo exame microscópico das mesmas.
As amostras também podem ser enviadas a laboratório para cultura.
O Tratamento
Nas mulheres, a candidíase pode ser tratada através da lavagem vaginal com água e sabão, secando-se a área em seguida com uma toalha limpa e aplicando-se um creme antifúngico que contenha o clotrimazol, o miconazol, o butoconazol ou tioconazol e terconazol.
Como alternativa, o cetoconazol, o fluconazol ou o itraconazol podem ser administrados pela via horal.
Nos homens, o pênis (e o prepúcio em homens não-circuncidados) devem ser lavados e secos antes da aplicação de um creme antifúngico (contendo, por exemplo, nistatina).
Algumas vezes, as mulheres que fazem uso de contraceptivos orais devem interromper o seu uso por vários meses durante o tratamento para candidíase vaginal, pois essas drogas podem piorar a infecção.
As mulheres que apresentam um risco inevitável de candidíase vaginal (p.ex., aquelas com comprometimento do sistema imunológico ou aquelas que vêm utilizando antibióticos durante um longo tempo) podem necessitar de uma droga antifúngica ou de uma outra terapia preventiva.