Exame de Papanicolaou:

Células são coletadas através da raspagem do colo do útero para se investigar a presença de um possível câncer.
Geralmente, recomenda-se que as mulheres realizem este exame anualmente, a partir da primeira relação sexual ou após os 18 anos.
Trata-se de um procedimento seguro e é realizado em alguns segundos.

Colposcopia:
É utilizada uma lente de aumento binocular de grau 10 para inspecionar o colo do útero em busca de sinais de câncer.
Usualmente, ele é realizado em conseqüência de um resultado anormal do exame de Papanicolaou.
Este exame é indolor e não exige anestesia.
Ele é realizado em poucos minutos.

Biópsia:
Uma biópsia do colo do útero e da vagina usualmente é realizada com o auxílio de um colposcópio, de modo que as amostras de tecido possam ser coletadas da área que parece mais anormal.
Uma biópsia de uma pequena área da vulva costuma ser realizada no consultório médico com anestesia local.
A biópsia do colo do útero geralmente não exige anestesia.
Em casos de suspeita de câncer, pode ser removido menos de 0,5 centímetro de tecido para exame microscópico.

Curetagem endocervical:
Um pequeno instrumento é inserido no canal do colo do útero para raspar o tecido, o qual será examinado ao microscópio por um patologista. Este procedimento é geralmente realizado durante a colposcopia.

Conização do colo do útero (biópsia em cone):
Um fragmento de tecido em forma de cone (cuneiforme) com aproximadamente 0,5 a 2,5 centímetros de comprimento e 1,5 centímetro de largura é removido do colo do útero.
O corte pode ser realizado com um laser, um eletrocautério (calor) ou um bisturi.
É necessária a aplicação de uma anestesia.
A conização é algumas vezes realizada após o resultado de uma biópsia revelar anormalidades, para ajudar no estabelecimento do diagnóstico ou para remover a área anormal.

Biópsia endometrial:
Um pequeno tubo, metálico ou plástico, é inserido através do colo do útero no interior da cavidade uterina.
O tubo é movimentado para a frente, para trás e em movimentos circulares, sendo realizada a aspiração através da extremidade externa, para desalojar e coletar amostra do endométrio (tecido que reveste o útero internamente).
O tecido é enviado ao laboratório, usualmente para determinar a causa de um sangramento anormal.
A biópsia endometrial pode ser realizada no consultório médico. Ela não exige anestesia e produz uma dor semelhante à cólica menstrual.

Histeroscopia:
Um tubo finco com aproximadamente 10 milímetros de diâmetro é inserido através do colo do útero no interior da cavidade uterina.
O tubo contém uma fibra óptica que transmite a luz, permitindo a visualização da cavidade escura e pode conter um instrumento de biópsia ou de eletrocauterização (coagulação térmica).
A fonte do sangramento anormal ou outras anormalidades usualmente podem ser observadas. Além disso, pode ser realizada uma biópsia (coleta de amostras de tecido para exame microscópico), uma cauterização ou uma extirpação.
Este procedimento costuma ser realizado no consultório médico ou num hospital concomitante com a dilatação e a curetagem.

Dilatação e Curetagem:
O colo do útero é dilatado (é distendido até abrir) com bastões metálicos, de modo que um instrumento em forma de colher (cureta) possa ser inserido para a realização da raspagem do revestimento uterino.
Este procedimento pode ser utilizado para o diagnóstico de alterações do endométrio sugeridas por resultados de biópsias ou para o tratamento de um aborto incompleto.
Para o aborto incompleto, a cureta utilizada é um tubo plástico com aspiração aplicada em sua extremidade externa.
A dilatação e curetagem é um procedimento freqüentemente realizado num hospital com o uso de anestesia geral.

Histerossalpingografia:
São realizadas radiografias após uma injeção de contraste através do colo do útero, que pode ser visualizado nas imagens, para delinear a cavidade uterina e as tubas uterinas, freqüentemente como parte da investigação de causas de infertilidade.
O teste é feito no consultório médico e pode causar desconforto, por exemplo cólicas. Por essa razão, deve ser administrado um sedativo.

Ultra-sonografia:
Ondas sonoras (com uma freqüência demasiadamente alta para ser ouvida) são aplicadas através da parede abdominal ou da vagina.
O padrão de seu reflexo fora das estruturas externas pode ser visualizado através de um monitor, para ajudar a determinar a condição e o tamanho do feto e para auxiliar no diagnóstico de alterações fetais, gravidez, gestação múltipla, gravidez tubária, tumores, cistos ou outras anormalidades dos órgãos pélvicos.
A ultra-sonografia é indolor. Ela também é utilizada na amniocentese e em outros procedimentos para coletar amostra.

Laparoscopia:
Um tubo de visualização, fino e de fibra óptica, é inserido na cavidade abdominal através de uma incisão realizada na parte inferior da cicatriz umbilical (umbigo).
O dióxido de carbono é utilizado para insuflar o abdômen, de modo que órgãos abdominais e pélvicos possam ser visualizados nitidamente.
Freqüentemente a laparoscopia é utilizada para se determinar a causa de dor pélvica, infertilidade e outros problemas ginecológicos.
O médico pode usar um laparoscópio com outros instrumentos para realizar biópsias, procedimentos de esterilização e outros tipos de cirurgia.
Ele também pode ser utilizado para a obtenção de óvulos para a fertilização in vitro.

Este procedimento é realizado em hospital e requer anestesia.
Nos procedimentos limitados, a paciente pode ser submetida a uma anestesia local, mas a anestesia geral é a mais freqüentemente utilizada.

Culdocentese:
Uma agulha é inserida através da parede vaginal, logo atrás do colo do útero, até atingir a cavidade pélvica.
Geralmente, este procedimento é realizado para a investigação de sangramentos quando existe suspeita de uma gravidez ectópica (gravidez que ocorre fora do útero).
Normalmente, a culdocentese é realizada no serviço de emergência e sem anestesia.

Para examinar os órgãos genitais internos, os médicos utilizam várias ferramentas diagnósticas, incluindo instrumentos de fibra óptica.
As fibras ópticas são feixes finos e flexíveis de plástico ou de vidro que transmitem a luz.
Um cabo de fibra óptica acoplado a um tubo de visualização (denominado laparoscópio) pode ser utilizado para examinar o útero, as tubas uterinas ou os ovários sem exigir uma incisão grande.
O laparoscópio também pode ajudar o médico a realizar procedimentos cirúrgicos do trato genital.

fonte:Manual Merck