Sintomas e Diagnóstico
Se um indivíduo desenvolveu hipersensibilidade a uma poeira orgânica, normalmente ele apresenta febre, tosse, calafrios e dificuldade respiratória, sintomas esses que, tipicamente, ocorrem de quatro a oito horas após a reexposição à substância.
Outros sintomas podem incluir a perda de apetite, náusea e vômito. A ocorrência de sibilos é incomum.
Se o indivíduo não mais tiver contato com o antígeno, os sintomas normalmente diminuem em questão de horas, mas a recuperação completa poderá levar semanas.
Em uma forma de reação alérgica mais lenta (forma subaguda), o indivíduo pode apresentar tosse e dificuldade respiratória durante dias ou semanas e, em alguns casos, o quadro pode ser tão grave a ponto de exigir a hospitalização.
No caso de uma pneumonite de hipersensibilidade crônica, o indivíduo entra várias vezes em contato com o alérgeno em um período de meses ou mesmo anos e pode ocorrer a for mação de cicatrizes difusas nos pulmões, uma condição denominada fibrose pulmonar.
A dificuldade respiratória durante a prática de exercícios, a tosse produtiva, o cansaço e a perda de peso pioram no decorrer de meses ou anos.
Em última instância, a doença pode levar à insuficiência respiratória.
O diagnóstico da pneumonite de hipersensibilidade depende da identificação do tipo de poeira ou de outra substância que esteja causando o problema, o que pode ser difícil.
Os indivíduos expostos a esses produtos no ambiente de trabalho podem apresentar sintomas horas mais tarde, quando encontram-se no domicílio.
Um bom indício de que o ambiente de trabalho pode ser a origem do problema é o indivíduo sentir-se mal durante os dias de trabalho e não durante os finais de semana e feriados.
Freqüentemente, o diagnóstico é suspeitado por causa de uma radiografia torácica anormal.
Neste caso, a realização de provas da função pulmonar – que medem a capacidade pulmonar de retenção de ar e as capacidades inspiratória e expiratória, assim como a troca de oxigênio e de dióxido de carbono – podem auxiliar o médico a estabelecer o diagnóstico de pneumonite de hipersensibilidade.
A dosagem de anticorpos no sangue podem confirmar a exposição ao antígeno suspeito.
Quando não é possível realizar a identificação do antígeno e o diagnóstico for duvidoso, pode ser realizada uma biópsia pulmonar (remoção de um pequeno fragmento de tecido pulmonar, que é submetido a um exame microscópico).
O tecido pode ser removido durante uma broncoscopia (exame das vias aéreas com o auxílio de um tubo de visualização), uma toracoscopia (exame da superfície pulmonar e do espaço pleural com o auxílio de um tubo de visualização) ou uma toracotomia (cirurgia na qual a parede torácica é aberta).
O Que Provoca Pneumonite de Hipersensibilidade?
Doença
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Origem das
Partículas de Poeira |
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Pulmão de fazendeiro | Feno mofado | |||
Pulmão do criador depássaros, pulmão docriador de pombos,pulmão do avicultor | Dejetos de periquitos,pombos, galinhas | |||
Pulmão docondicionador de ar | Umidificadores,condicionadores de ar | |||
Bagaçose | Resíduos dacana de açúcar | |||
Pulmão do cultivadorde cogumelos | Compostos (adubos) decogumelos | |||
Pulmão do trabalhadorde cortiça (suberose) | Cortiça mofada | |||
Doença da casca dobordo | Casca de bordoinfectada | |||
Pulmão do trabalhadorde malte | Cevada ou maltemofado | |||
Sequoiose | Serragem mofada desequóia | |||
Pulmão de queijeiro | Mofo de queijo | |||
Pulmão do moedor | Farelo de trigo infectado | |||
Pulmão do cafeicultor | Grãos de café | |||
Pulmão do trabalhadorde teto de palha | Palha ou junco utilizadosna confecção de tetos | |||
Pulmão do trabalhadorquímico | Agentes químicosutilizados na produçãode espuma depoliuretano, moldagem,isolamento, borrachasintética e materiais deembalagem |