Imunoterapia Alergênica

Quando um alergeno não pode ser evitado, a imunoterapia alergênica (injeções contra a alergia) pode prover uma solução alternativa.

Na imunoterapia, quantidades diminutas do alergeno são injetadas sob a pele (via subcutânea) em doses progressivamente maiores, até ser atingido um nível de manutenção.
Esse tratamento estimula o organismo a produzir anticorpos bloqueadores ou neutralizadores que podem atuar na prevenção de uma reação alérgica.

Finalmente, a concentração sérica de anticorpos IgE, os quais reagem com o antígeno, também pode diminuir.
Contudo, a imunoterapia deve ser realizada com cuidado, pois a exposição demasiadamente precoce a uma dose elevada do alergeno pode desencadear uma reação alérgica.

Embora muitos indivíduos sejam submetidos à imunoterapia alergênica e os estudos demonstrem que ela é útil, as relações custo-benefício e risco-benefício nem sempre são favoráveis. Alguns indivíduos e algumas alergias tendem a responder melhor que outros.

A imunoterapia é mais freqüentemente utilizada para pessoas alérgicas a pólens, ácaros da poeira doméstica, venenos de insetos e caspa animal.
A imunoterapia para os indivíduos com alergia alimentar geralmente não é aconselhável devido ao risco de anafilaxia.

O procedimento é mais eficaz quando são aplicadas injeções de manutenção durante o ano.
Geralmente, o tratamento é inicialmente administrado uma vez por semana.

A maioria dos indivíduos pode continuar com injeções de manutenção a cada 4 a 6 semanas.

Como podem ocorrer reações adversas após a aplicação de uma injeção de imunoterapia, o médico deve insistir para que o paciente permaneça no consultório durante pelo menos 20 minutos após o procedimento.

São sintomas possíveis de uma reação alérgica os espirros, a tosse, o rubor, a sensação de formigamento, o prurido, a sensação de aperto no peito, os sibilos e a urticária.

Quando ocorrem sintomas leves, a medicação (tipicamente um anti-histamínico, como a difenidramina ou a clorfeniramina) pode ajudar a bloquear a reação alérgica.

As reações mais graves exigem uma injeção de epinefrina (adrenalina).

fonte: msd-brazil