Com o passar dos anos a Aids deixou de ser uma sentença de morte para se tornar uma condição de saúde ainda muito séria, mas possível de ser controlada.

Para isso é fundamental que o portador da doença tenha comprometimento total não apenas com seu estado de saúde geral (bons hábitos de alimentação, atividade física orientada, não fumar, não beber em excesso, não usar drogas) como também com as práticas da Medicina para conter o vírus HIV dentro do organismo.

Atualmente o indivíduo soropositivo conta com vários tratamentos para controlar a doença, podendo levar uma vida normal e contar com um aumento significativo da longevidade.

Sintomas da Aids

hivA contaminação pelo vírus HIV possui quatro fases:

  • Infecção Aguda, quando o vírus fica incubado no organismo. Dura de 3 a 6 semanas. Os sintomas se assemelham ao de uma gripe: febre, mal estar;
  • Período Assintomático: aqui o organismo começa a tentar combater o vírus HIV através de suas células de defesa. Essa fase pode durar muitos anos e não apresenta sintomas;
  • Fase Sintomática Inicial: as células de defesa – em especial os glóbulos brancos – se tornam cada vez mais ineficientes, até serem totalmente destruídas, deixando o corpo vulnerável a doenças comuns. Diarréias, febres, emagrecimento e suores noturnos surgem nessa época;
  • Aids: a rigor, o termo “Aids” se refere à esta última fase da doença, quando doenças oportunistas atacam o organismo. Aqui surgem hepatites virais, toxoplasmose, pneumonias, tuberculose e alguns tipos de câncer.

Atualmente a maioria esmagadora de pessoas que chegam ao último estágio da infecção por HIV é composta por aqueles que não sabiam que estavam doentes e pelos pacientes que não seguiram as orientações e tratamentos médicos disponíveis.

Quando Buscar Tratamento

Não é preciso desenvolver a doença para procurar tratamento médico. Pelo contrário: quanto mais cedo o portador do vírus buscar orientação e tratamento, maior suas chances de levar uma vida próxima à normalidade e de garantir uma maior longevidade.

Portanto, o momento ideal para começar a se cuidar é logo que receber o resultado positivo do exame. De modo que os especialistas afirmam: é muito vantajoso realizar um teste de HIV tão logo a suspeita de contaminação tenha sido levantada.

Além da iniciação adiantada de cuidados, outro grande segredo do sucesso do tratamento é o uso correto dos medicamentos antirretrovirais (que evitam o enfraquecimento do sistema imunológico, grande alvo do vírus da Aids).

Eles são distribuídos gratuitamente pelo governo brasileiro desde 1996.

Novos Tratamentos para a Aids

Em março deste ano o Governo Federal começou a distribuir a dose tripla combinada, o chamado três em um, combinação dos medicamentos tenofovir (300 mg), lamivudina (300 mg) e efavirenz (600 mg).

A distribuição foi iniciada pelos estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, por conterem o maior número de casos do país.

O maior trunfo da dose tripla combinada é a melhor adesão ao tratamento, já que os três medicamentos num único comprimido facilita a ingestão, evitando esquecimentos ou faltas.

A Pílula da Prevenção

truvadaEm maio de 2014 o governo dos Estados Unidos recomendou o uso do medicamento Truvada para indivíduos com maiores probabilidades de contrair HIV, como homossexuais cujos parceiros são portadores do vírus; indivíduos que praticam sexo com maior número de parceiros e não usam preservativo; e indivíduos ou parceiros de indivíduos que fazem uso de drogas injetáveis.

O remédio, no entanto, não é capaz de evitar a doença sozinho. Seu uso é recomendado em conjunto com a adoção da camisinha. Desta forma, o risco de contaminação de pessoas saudáveis cai em 44%.

Como se Prevenir do HIV

Apesar do sucesso da dobradinha Truvada + preservativo, a contaminação ainda é possível. Portanto, as formas tradicionais de prevenção continuam sendo mandatórias:

  • Uso de preservativos em todas as relações sexuais, inclusive por casais heterossexuais;
  • Nunca dividir ou reaproveitar agulhas, seringas ou objetos cortantes;
  • Acompanhamento durante a gravidez da mulher soropositiva, para evitar a contaminação vertical (de mãe para filho). O tratamento da mãe com antirretrovirais, a realização do parto por cesariana e a substituição do aleitamento no seio pela mamadeira de leite em pó reduz as chances de infecção do bebê para 1%.