A quantidade de edificações que estão ganhando certificação LEED, de liderança em design ambiental, verde, vem aumentando velozmente no Brasil. Já estamos em quarto lugar no ranking mundial.[clear]
Mas o que faz uma casa, prédio ou outra construção ser verde, ou seja, com mínimo impacto ambiental?
A resposta é: o uso de materiais de construção sustentáveis, que devem ser seguros, salubres, baratos, isentos de impactos sociais e passíveis se serem reciclados.
Para tanto, esses materiais foram desenvolvidos com pesquisas bastante avançadas, com resultados surpreendentes. Confira a seguir.
[h2 type=”2″ width=””]Isolante de Lã de Ovelha[/h2]
A lã de ovelha possui uma altíssima margem de desperdício na indústria têxtil, com aproveitamento de apenas 10% do que é tosqueado do animal.
Com vistas nisso, a empresa norte-americana Bellwether Materials desenvolveu um material isolante utilizando os 90% restantes da lã – totalmente segura para pessoas e animais.
Ela é à prova de combustão, impedindo o alastramento do fogo em caso de incêndio. Além disso, é antialérgica e resistente ao mofo. Sua instalação é mais em conta que a da fibra de vidro.
O isolante térmico de lã de ovelhas pode forrar telhados e paredes, atrás de painéis. Ele também é capaz de filtrar poluentes presentes no ar.
Caso a edificação passe por obra ou mesmo demolição, a lã pode ser reaproveitada em outro projeto.
[h2 type=”2″ width=””]Painéis StormWall[/h2]
O StormWall substitui, com vantagens, pisos, paredes e forros estruturais em drywall. Além de serem mais leves, diminuindo o peso que recai sobre paredes e vigas, são de rápida montagem, reduzindo o tempo de conclusão da obra.
Em sua fabricação, absorvem mais de três vezes o volume de CO2 emitido em sua cadeia de produção. Para completar, é completamente reciclável.
O painel StormWall é duplo, facilitando instalações elétricas e hidráulicas. Ainda assim, são mais finos, economizando espaço útil dos cômodos. E mesmo mais finos, são capazes de suportar ventos superiores a 250 milhas por hora e terremotos.
[h2 type=”2″ width=””]Myco Board: Isolante à Base de Fungos[/h2]
É isso mesmo que você leu: o Myco Board foi desenvolvido a partir de experiências com o micélio, que são filamentos que sustentam e absorvem nutrientes para os fungos.
Ele se reproduz com incrível rapidez: em cinco dias, pode atingir 13 quilômetros de comprimento, perfeito para produção em larga escala.
Além disso, é bem grudento, formando uma rede bem densa e adquirindo a forma que se desejar.
A partir daí ele acaba se tornando uma espécie de espuma com aspecto visual de isopor. E é oferecido ao mercado em forma de painéis de isolamento térmico e acústico para residências. É 100% biodegradável.
[h2 type=”2″ width=””]Tintas Ecodomus Matte[/h2]
Essa tinta para superfícies é feita a partir de minerais naturais e é indicada para acabamentos em paredes internas. Não se utiliza de petróleo em sua formulação, característico das tintas acrílicas.
Ela é antialérgica, absorve CO2 e impede o surgimento de mofo e bactérias, contribuindo bastante para um ambiente mais saudável. É lavável, o que é ótimo para quem tem crianças ou animais de estimação em casa.
Podem ser usadas em qualquer tipo de superfície, inclusive drywall. É à prova até mesmo de manchas de óleo.
[h2 type=”2″ width=””]Painéis Isolantes de Palha[/h2]
Os painéis isolantes de palha foram feitos para proporcionar isolamento térmico de primeira. As paredes são levantadas com a própria palha, ao invés de tijolos.
A palha que sobra é cortada com máquinas especiais. Todo esse processo costuma ser muito mais rápido: uma área de 100 metros quadrados podem ser levantados em um dia.
Em seguida, ela pode ser revestida com uma quantidade muito menor de gesso.[clear]
[h2 type=”2″ width=””]Outros Materiais Sustentáveis e Inovadores[/h2]
O biobrick é uma espécie de tijolo biológico feito a partir da atividade de microorganismos. Sua produção é praticamente não poluente, já que não exige fornos de cozimento – sem falar que o biobrick é totalmente biodegradável.
Na esteira dessa ideia a mesma empresa também desenvolveu o cimento orgânico.
Há, ainda os painéis Ecor, compostos por fibra de celulose. Ele reutiliza quase 100% da água necessária para o ciclo de produção.