O Aterramento do Pára-Raios é uma técnica que permite dirigir o excesso de energia de um raio para um ponto de dissipação.

É por meio deste que as correntes elétricas se dissiparão no solo evitando as consequências mais perigosas de uma grande descarga elétrica.

Estando a captação pronta e as descidas executadas, chegou o momento de se fazer os aterramentos, que é por meio deste que as correntes elétricas se dissiparão no solo.

Atendendo as exigências da norma, cada descida deverá possuir no mínimo duas hastes de aterramento de 5/8″ x 2,40 metros, apesar de que na grande maioria das vezes são colocadas 3 hastes, de forma a garantir um bom valor de resistência ôhmica, e estas hastes podem estar distribuídas no solo de 3 formas, que são:

– Distribuição em triângulo – neste posicionamento, as 3 hastes são distribuídas em triângulo, de forma que este triângulo tenha uma distância mínima entre as hastes de 2,40 metros, e estejam interligadas entre si com cabo de cobre nu de 50mm², e com conectores tipo grampo U em latão, ou com solda exotérmica.

– Distribuição em linha – neste posicionamento as hastes em número de 3 ou de 2, são colocadas em linha, com espaçamento entre si de 2,40 metros, sempre interligadas com cabo de cobre nu de 50mm² e com conectores tipo grampo U em latão ou solda exotérmica.

– Distribuição prolongada – neste posicionamento, as hastes em número de 2 ou 3 são cravadas no solo uma sobre a outra, ficando uma única haste de 4,80 ou com 7,20 metros.

Esta instalação é feita com a cravação da primeira haste, sendo em seguida colocada uma luva cônica de latão que estará interligando a primeira haste com a segunda, e tão logo a segunda esteja cravada, repete-se o processo para se adicionar uma terceira haste.

Este processo é muito utilizado em locais onde se torna difícil à quebra de pisos e em locais com pouca área para se fazer os aterramentos.

Em qualquer tipo de distribuição, é necessário uma caixa de inspeção de 8″ ou de 12″ com tampa, se possível em todas as hastes, ou na pior das hipóteses, pelo menos na primeira haste mais próxima da edificação, para o caso da distribuição ser em linha ou em triângulo, caixa esta que serve para verificações das hastes e de suas conexões.

A norma recomenda que se for utilizado caixa de inspeção no solo, pode-se utilizar conector para conectar o cabo às hastes, porém se for ficar tudo enterrado, obrigatoriamente, deverá ser utilizado solda exotérmica.

Outro item que a norma recomenda, é a interligação de todos os aterramentos, a ser executado com cabo de cobre nu de 50mm², circundando toda a edificação, e enterrado aproximadamente 0,50 metros.

Esta malha de aterramento, muitas vezes por questão de custo e até por questões físicas das construções, não são executadas, e se esta for a opção, torna-se mais importante ainda se ter um valor de resistência ôhmica o mais baixo possível, já que os aterramentos estarão individualizados.

A norma recomenda uma resistência ôhmica abaixo de 10 ohms, para se garantir um bom funcionamento do sistema de pára-raios.

Estruturas metalicas

Para-Raios

Toda estrutura metálica que estiver próxima do sistema de pára-raios deve ser interligada ao sistema de proteção, mesmo que estas estejam próximas das descidas.

As edificações construídas totalmente metálicas, desde que avaliada a sua utilização, e a espessura do telhado, não necessitam de sistema de captação, pois a própria estrutura já é um captor natural, e se ainda esta estrutura se prolongar até o solo, desde que garantidas as continuidades elétricas entre suas partes, está poderá simplesmente ser aterrada, utilizando-se para saber quantos aterramentos, o mesmo calculo do perímetro.

No caso de ser metálico somente a estrutura de cobertura e as paredes serem de alvenaria, neste caso será necessário efetuar as descidas, partindo da estrutura metálica até os aterramentos.

Calculos

Como forma de proteção, o pára-raios é um dispositivo simples e eficiente, desde que corretamente dimensionado e instalado.

 

Calculando Aterramentos
clique

 

Os suportes de sustentação dos cabos de cobre, devem ser instalados a cada 2 metros, e como existem suportes simples e suportes reforçados, a utilização é de 5 suportes simples para 1 suporte reforçado, lembrando que a finalidade dos suportes reforçados são garantir o tencionamento dos cabos de cobre, portanto, em cada lance de cabo a ser tencionado, pelo menos em cada extremidade do cabo, deve ter um suporte reforçado que deverá ser travado no cabo com conector do tipo split-bolt e tencionado com esticador de cabo adequado.

Nas informações relacionadas quanto à utilização de suportes adequados, dependendo da edificação onde se vai instalar o sistema de pára-raios, por exemplo, se for metálica, se for alvenaria ou outro tipo de construção, deve-se consultar o catálogo de produtos da Raycon, pois temos todos os componentes, suportes simples e reforçados com varias fixações, captores, mastros, caixas de inspeção e conectores necessários para se instalar um sistema de pára-raios, e principalmente componentes que atendem todas as exigências da norma NBR-5419/2005 da ABNT.

fonte: Raycon