A Displasia Coxofemoral e a criação de cães

Verificar historico de displasia

A criação intensiva, a consanguinidade, a reprodução sem controle radiográfico e sem acompanhamento da prole foram fatores que influenciaram um forte aumento da incidência de animais com displasia coxofemoral grave nos últimos anos.

Ultimamente tem havido uma crescente preocupação com a doença por parte dos criadores, acompanhada por uma maior conscientização dos proprietários, que incentivam o controle da doença ao buscarem mais informação no momento de adquirir um filhote.

A Displasia Coxofemoral é uma doença grave, dolorosa e que implica em altos custos financeiros para o proprietário do animal.

É muito necessário, portanto, que se exija o laudo negativo dos pais antes de adquirir um filhote.
Por mais bonitinho que seja e por mais saudáveis que pareçam os pais, não se pode garantir sua saúde sem laudos comprovativos.

Pais pouco afetados, com grau leve de displasia – que podem não apresentar qualquer sintoma – podem gerar filhotes com displasia grave. Por isso, fique atento!

Como evitar a Displasia Coxofemoral Canina

Ainda não há consenso sobre a origem da doença, mas sabe-se que existe um importante componente genético, motivo pelo qual os cães que apresentam displasia não devem nunca ser acasalados.

Portanto, a melhor prevenção é sempre o exame negativo dos animais antes de se considerar uma ninhada.

Se a displasia já for diagnosticada, é possível tomar medidas para que ela não se agrave, tais como:

– Moderar a intensidade dos exercícios físicos do animal,
– Não deixar que o animal suba e desça escadas,
– Manter o animal em local com piso áspero ou encarpetado,
– Utilizar suplementos alimentares próprios para as articulações,
– Manter o cão sob dieta rigorosa, para evitar o sobrepeso,
– Se possível, estimular o cão a nadar ou se exercitar dentro d’água,
– Procurar um médico veterinário especializado em ortopedia para acompanhar o caso do cão,
– Muitas vezes os cães com DCF podem se beneficiar de sessões de acupuntura.

Podemos evitar a displasia já com filhotes:

Além disso, devemos sempre ter atenção com os filhotes, pois filhotes de cães submetidos a esforços intensos ou criados em ambiente inadequado podem também apresentar a displasia adquirida.
Portanto, até que o cão tenha 12 (cães pequenos e médios) ou 18 meses (cães grandes e gigantes), devemos tomar os seguintes cuidados:

– Manter o filhote em local com piso áspero ou encarpetado,
– Não fazer o filhote correr em piso liso,
– Não forçar o filhote a fazer exercícios físicos intensos,
– Não forçar o filhote a se exercitar quando já está notadamente cansado,
– Não deixar que o filhote suba e desça escadas com frequência,

displasia e natação
A natação é ótima para fortalecer os músculos.

– Controlar a alimentação do filhote, para que este não se torne um adulto obeso,
– Utilizar sempre alimento de qualidade e próprio para a idade,
– Não utilizar suplementos alimentares sem indicação expressa do médico veterinário,
– Estar atento a quaisquer sinais de dor ou alteração na mobilidade do filhote.

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