gatos que ficam agressivos

Outras causas de agressividade em gatos

– Gato com Tédio:

Depois do medo, o tédio é outra grande causa de agressividade felina.

Muitos gatos são felizes dormindo o dia inteiro dentro de casa, porém há aqueles que possuem muita energia e, se não encontram formas de gastá-la, acabam por se tornarem irritadiços.

São os famosos gatos “mau humorados”- que se irritam com frequência, não se deixam acariciar e não formam laços afetivos fortes com as pessoas da família.
Este tipo de gato morde fácil durante uma brincadeira, por serem irrequietos e irritáveis.

– Gato com Dor:

O gato morde pode estar sentindo dor.
Se seu gato apresenta mudanças de comportamento, leve-o para um check up com o veterinário.

Doenças periodontais (nos dentes ou gengivas), problemas na coluna, fraturas fechadas, são alguns exemplos de patologias comuns que podem causar muita dor e desconforto ao animal.

– Gato com Doenças neurológicas ou hormonais:

Patologias neurológicas, excesso ou falta de determinados hormônios podem causar comportamentos agressivos nos gatos.

Se a agressividade do seu felino não aparenta nenhuma outra causa, convém uma visita ao veterinário para checar sua saúde.

– Falta de socialização do gato quando filhotes:

Gatos que não conviveram com pessoas nos primeiros meses de vida podem ser animais mais agressivos por não terem aprendido a confiar nos seres humanos.
Semi-selvagem, este gato morde com facilidade, como forma de se defender.

Com um pouco de paciência, amor e carinho, pode-se mudar esse quadro.

Linguagem corporal – como reconhecer um gato zangado

Quando estão zangados ou irritados, os gatos normalmente começam a bater a cauda com força, de um lado para o outro, ou contra o chão se estiverem deitados.

Se estiverem sendo acariciados, podem nos dar uma mordiscada, que significa “chega!”, um aviso de que o gato quer ser deixado sozinho.

gato agressivo
As orelhas voltadas para trás sinalizam que o gato está irritado ou zangado.

 

As orelhas voltadas para trás, coladas à cabeça, também significam que o gato está irritado e potencialmente agressivo.

Um gato em estresse e prestes a atacar exibe pêlos arrepiados, principalmente no dorso e cauda, pupilas dilatadas, olhar fixo, postura curvada, tentando parecer maior.

Normalmente esta postura é acompanhada de um miado forte e longo.
O gato pode rosnar, mostrando os dentes, e bufar.

Existe agressividade por dominância em gatos?

Não, os gatos não são agressivos com pessoas por dominância.

Até porque, os felinos domésticos são animais que vivem de forma independente, e não em grupos como os lobos ou cães.

Os gatos apenas disputam território com outros gatos, mas não com as pessoas.

Evitando a agressividade nos gatos

Em resumo, alguns passos simples podem ser seguidos para evitar a agressividade nos nossos pequenos felinos:

– Não retire os filhotes cedo demais do convívio com a mãe e irmãos (não antes das 10 semanas de vida).

– Socialize o gatinho com pessoas.

– Não deixe que crianças brinquem com gatos sem supervisão de um adulto e ensine-as a lidar com os gatos com calma e gentileza.

– Não grite ou assuste o gato na tentativa de educá-lo, isto o deixará inseguro e amedrontado e, consequentemente, mais agressivo.

– Nunca use punições físicas com seu gato, isto o ensinará a ter medo de você e que você não é confiável.

– Estimule o gato a brincar com brinquedos próprios para ele.

– Ofereça ao seu gato formas de gastar energia e se manter ativo.

– Nunca tente pegar um gato assustado à força.

– Recompense o bom comportamento do gato com comida e carinho.

socialize o gato
Socialize o gato com pessoas.

– Respeite o espaço e sinais do gato: se demonstrar estar pouco à vontade ou irritado, deixe-o sozinho e não tente obrigá-lo a ficar no colo ou receber carinho.

– Castre seu gato. Animais castrados são mais tranquilos por não estarem sujeitos às variações hormonais.

– Leve seu gato regularmente ao veterinário para checar sua saúde.

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Livia é médica veterinária e trabalha com treinamento de cães há mais de dez anos. Prepara animais para atuarem em cinema e televisão e compete em esportes caninos. Cursou Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas decidiu seguir sua grande vocação: trabalhar com animais.