Como capturar a serpente?

Recomenda-se que o coletor esteja utilizando botas.

Não se deve capturar a serpente com as mãos.

Deve-se utilizar um laço, forquilha ou gancho.

Evite colocar as mãos ou qualquer parte do corpo desprotegida próxima de uma serpente, pois uma espécie venenosa pode dar um bote com alcance equivalente a 1/3 de seu tamanho corporal.

Ao capturar o animal deve-se colocá-lo dentro de uma caixa de madeira com pequenos furos e sem frestas que permitam a fuga do animal.
Não coloque água nem alimento e leve ao Instituto Butantan ou a um veterinario.

 Acidentes com cobras

O diagnóstico do tipo de serpente causador do acidente é feito, na maioria dos casos, com base nas manifestações clínicas que o paciente apresenta no momento do atendimento, uma vez que nem sempre é possível a identificação do animal. Deste modo, são os acidentes são classificados em:

Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada; sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.

Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarréia e queda da pressão arterial.

Acidente crotálico (causado por cascavel): no local sensação de formigamento, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.

Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

Convém lembrar que serpentes não peçonhentas também podem causar acidentes e que nem sempre as serpentes peçonhentas conseguem inocular veneno por ocasião do acidente.
Cerca de 40% dos pacientes atendidos no Hospital Vital Brazil são picados por serpentes consideradas não-peçonhentas ou por serpentes peçonhentas que não chegaram a causar envenenamento.

Soro Antiofídico

Ao contrário do que se pensa, o soro antiofídico não estimula a produção de anticorpos no organismo da vítima. Ele já contém anticorpos, retirados do sangue de cavalos hiperimunizados.
Injeta-se o veneno da serpente no animal, em pequenas doses, fazendo com que o cavalo desenvolva os anticorpos.
Entretanto, o soro contém substâncias estranhas ao corpo do paciente. A pessoa submetida ao tratamento também desenvolve anticorpos contra o próprio soro.
Os efeitos colaterais vão desde uma urticária ou insuficiência renal até o choque anafilático, que pode ser fatal.
Por isso, costuma ser feito um teste alergênico antes da aplicação do soro antiofídico.

ANTIBOTRÓPICO – contra o veneno das jararacas (incluindo as jararacuçus, urutus, caiçacas e jararacas pintadas)

ANTICROTÁLICO – contra o veneno das cascavéis

ANTIBOTRÓPICO-CROTÁLICO – contra o veneno de jararacas e cascavéis

ANTIBOTRÓPICO-LAQUÉTICO – contra o veneno das jararacas e surucucus