Quais são as causas da borra em motores?

Os problemas de presença de borra em motores são decorrentes principalmente dos seguintes fatores:

 

a) Uso do óleo lubrificante incorreto no motor
– Geralmente quando se utiliza um lubrificante com nível de desempenho inferior ao recomendado pelo fabricante do veículo.
Mesmo reduzindo o período de troca, pode haver problemas de formação de borra devido ao envelhecimento (oxidação) precoce do lubrificante;

 

b) Uso de aditivação extra
– Não é recomendado o uso de aditivação suplementar de desempenho em óleos lubrificantes.

Os óleos lubrificantes de qualidade (boa procedência) já possuem, de forma balanceada, todos os aditivos para que seja cumprido o nível de desempenho ao qual foi desenvolvido.
Não há testes padronizados que avaliem o desempenho de mistura de óleos com aditivos extras.
Pode haver incompatibilidade entre o óleo lubrificante e a aditivação suplementar e a borra é uma conseqüência deste problema;

 

c) Combustíveis adulterados
– O uso de gasolina adulterada pode gerar borra no cárter.

O óleo lubrificante é contaminado por subprodutos da queima do combustível durante sua vida útil.
Essa contaminação ocorre e faz parte da operação do motor.
Mas se o combustível for adulterado estes subprodutos serão de natureza diferente e resíduos com aspecto de resina poderão se formar no motor, aumentando a probabilidade da formação de borra, entupindo passagens de óleo e prejudicando a lubrificação e refrigeração interna do motor;

 

d) Extensão do período de troca
– Mesmo utilizando o óleo correto e combustível de qualidade assegurada, períodos de troca além do recomendado podem levar à formação de borra, devido ao excesso de contaminação e de oxidação do lubrificante.

Nos manuais dos veículos há a informação dos Kms recomendados para cada intervalo de troca.
É importante diferenciar o tipo de serviço do veículo.

Para carros de passeio, valores como 10.000, 15.000 e 20.000Km geralmente fazem referência a serviço leve (uso rodoviário).

Mas na maioria dos casos o serviço é severo (uso urbano do tipo anda e pára, distâncias curtas) e o período adotado para a troca deve ser a metade (5.000, 7.500 ou 10.000Km, respectivamente).

Essa informação não está clara em todos os manuais e se não for observada com atenção, problemas de borra podem ocorrer.

fonte: Petrobras