O que significam os números (20W/40, 50, etc.) que aparecem nas embalagens de óleo?

Estes números que aparecem nas embalagens dos óleos lubrificantes automotivos (30, 40, 20W/40, etc.) correspondem à classificação da SAE (Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos óleos a 100oC, apresentando duas escalas: uma de baixa temperatura (de 0W até 25W) e outra de alta temperatura (de 20 a 60).

A letra “W” significa “Winter” (inverno, em inglês) e ela faz parte do primeiro número, como complemento para identificação.

Quanto maior o número, maior a viscosidade, para o óleo suportar maiores temperaturas.
Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.

Um óleo do tipo monograu (como o Lubrax MG-1) só pode ser classificado em um tipo escala (o MG-1 apresenta os graus 20W, 30, 40 ou 50).

Já um óleo com um índice de viscosidade maior pode ser enquadrado nas duas faixas de temperatura, por apresentar menor variação de viscosidade em virtude da alteração da temperatura.
Desta forma, um óleo multigrau SAE 20W/40 se comporta a baixa temperatura como um óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e em alta temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.

O Lubrax MG-4, o Lubrax SJ e o Lubrax Sintético são alguns exemplos de óleos multigrau de nossa linha de lubrificantes automotivos.

Uma outra especificação muito importante é o nível API (American Petroleum Institute)
Quando for usar um óleo em seu carro, consulte o manual e fique atento a estas especificações.

Eis alguns exemplos:

– Lubrax MG-4 SAE 20W/40 – API SF

– Lubrax SL SAE 20W/50 – API SL

– Lubrax TECNO SAE 20W/50 – API SL

– Lubrax SJ SAE 20W/50 – API SJ

– Lubrax Sintético SAE 5W/50 – API SJ

A especificação de fluido para freio SAE J 1703 é a mesma que DOT-3?

Não. Ambas atendem a normas americanas e são para freios a tambor e a disco, no entanto, uma foi definida pela entidade SAE e outra pelo Departamento de Transporte da FMVSS.
Na prática elas se equivalem, isto é, onde se recomenda uma pode-se usar a outra e vice-versa.

Em relação a óleos para caixas de câmbio de automóveis, qual a diferença entre as especificações API GL-4 e GL-5? Existe algum problema em se usar o GL-5 ao invés do GL-4?

A especificação API GL-4 designa um serviço de engrenagens hipóides de carros de passageiros e outros equipamentos automotivos, operando sob condições de alta velocidade e baixo torque ou vice-versa. O produto da BR para esta aplicação é o LUBRAX TRM-4.

Já a especificação API GL-5 é designada também para engrenagens hipóides, operando sob condições de alta velocidade e cargas instantâneas (choque), situação encontrada em caixas de mudanças de caminhões e em eixos traseiros (diferenciais).
Os produtos BR para esta aplicação são o LUBRAX GL-5 e o LUBRAX TRM-5.

A utilização de um óleo API GL-5 na transmissão ao invés do GL-4 irá gerar problemas de engate e “arranhamento” durante a troca de marchas, comprometendo a vida útil da caixa de mudanças.

Este problema é decorrente do maior teor de aditivos dos óleos API GL-5 em relação aos API GL-4, que acabam interferindo negativamente no funcionamento do mecanismo de sincronização das marchas.

fonte: Petrobras