Se há alguns anos atrás o sonho de consumo de toda criança era um brinquedo do seu personagem favorito, hoje, com as grandes inovações tecnológicas, esse item de desejo passou a ser aparelhos móveis como smartphones e tablets.[clear]
Esse interesse dos pequenos por celulares acaba gerando uma série de dúvidas e inseguranças nos pais, que não sabem ao certo se eles são indicados para a garotada – ou, ainda, como deve ser o uso correto da tecnologia.
Se seu filhote já andou te pedindo um celular e você não sabe o que fazer, entenda melhor sobre como inserir a tecnologia na vida dos filhos de forma saudável.
[h2 type=”2″ width=””]Crianças: A Idade Certa para Ganhar um Celular[/h2]
Cada vez mais cedo as crianças despertam interesse – e domínio – pela tecnologia e acabam entrando no mundo virtual.
Através do smartphone, os pequenos têm contato com a Internet, usada por eles principalmente para se comunicar com coleguinhas e amigos, além de jogar. É esse contato precoce com a web gera certo receio nos pais.
Para Monica Fantin e Pier Cesare Rivoltella, doutores em Educação e Filosofia, respectivamente, esse tipo de interação tem potencial positivo – se utilizado da forma correta.
No artigo “Crianças Na Era Digital: Desafios Da Comunicação e da Educação”, os autores afirmam que pesquisas demonstram que o grande interesse das crianças pela Internet e pelas mídias eletrônicas não é só “interagir com o computador”, e sim pelo seu caráter lúdico e social.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, produtos eletrônicos devem ser usados por crianças menores de três anos somente quando forem educativos e interativos.
Ainda de acordo com a Academia, as crianças mais velhas e adolescentes não devem ficar mais do que duas horas por dia envolvidas com produtos eletrônicos, como o celular.
Como muitos dos aspectos que envolvem a educação dos filhos, não há um “número mágico” ou idade padrão em que a criança está mais ou menos apta a ter um celular.
O importante é considerar questões como a responsabilidade e a disciplina que a criança apresenta no seu dia a dia, se ela realmente conseguiria utilizar o aparelho de forma saudável.
Se você perceber que seu filho não está pronto para ter a responsabilidade de cuidar de um aparelho caro e frágil, ou considera que ele não tem domínio da tecnologia, é melhor esperar um pouco para dar-lhe o primeiro smartphone.
[h2 type=”2″ width=””]Celular para Crianças: Uso Responsável[/h2]
É fundamental que os pais conversem com os filhos e ensinem o uso consciente e responsável do aparelho.
Cabe aos responsáveis não apenas impor limites de horário e tempo de uso do celular, mas também dialogar sobre os perigos da Internet.
No caso de crianças menores, o ideal é que o celular não tenha um plano de Internet – assim o pequeno usará a web somente em ambientes com Wi-Fi, como em casa, sob a supervisão de um adulto.
Explique como você espera que a criança use o celular e deixe claro que, caso ela tenha alguma questão ou se meta em alguma situação duvidosa ou suspeita, você estará lá para ajudar.
Dê dicas e imponha condições: não usar o celular durante a aula, não se deixar fotografar por outras crianças, não expor a si mesmo ou a outras pessoas demais, sempre atender quando você ligar e instrua sobre para quem se deve ligar em caso de emergências.
[h2 type=”2″ width=””]Crianças e Celulares: Controle Sobre Conteúdos Inapropriados[/h2]
Ponto central na discussão sobre se as crianças devem ou não ter acesso à Internet, o controle sobre conteúdo inapropriado é uma grande preocupação para os pais.
E não é à toa, já que a web pode oferecer uma grande quantidade de material inapropriado para a garotada, desde conteúdo adulto até mesmo ameaças à sua segurança.
Hoje, existem ferramentas que ajudam os pais a bloquearem certos sites e aplicativos (que você confere mais abaixo). Por isso, a dica é configurar essa “proteção” no aparelho antes de dá-lo para a criança.
Além disso, também é aconselhável que os pais mostrem interesse sobre o que seus filhos estão consumindo na Internet – avaliando assim se são apropriados ou não.
O McAfee Family Protection, por exemplo, está disponível para Android e sua versão gratuita do app fica disponível por 30 dias – depois desse período, é preciso comprá-lo para seguir usando o software.
É um investimento que vale a pena, já que o aplicativo é muito completo e bloqueia sites impróprios automaticamente.
Você escolhe categorias de conteúdo – como “sexo”, “álcool”, “drogas”, “chat” e o app bloqueia páginas que tenham esse tipo de material.
O software faz essa avaliação do que exibir ou não com base na idade da criança: existem as categorias Criança (7 a 12 anos), Adolescente (13 a 17 anos) e Adulto (mais de 18 anos), além de uma opção customizável.
Já o Norton Family Parental Control é totalmente gratuito. Disponível para Android e iOS, ele também permite que os pais bloqueiem categorias de conteúdo evitando assim que as crianças acessem páginas com esses materiais.
Além disso, também possibilita que os pais vejam quais sites os pequenos acessam e tentam acessar.
O K9 Web Protection Browser é um navegador que bloqueia automaticamente sites que considera impróprios (por exemplo, que apresentem pornografia, violência, drogas, sites de apostas, entre outros).
O lado ruim fica por conta do app ser ainda bastante básico – sem muitas funções além do bloqueio aos sites – e sua compatibilidade restrita (apenas para aparelhos com Android 4.3 ou inferior).