Spam pelo Bluetooth
Na categoria das aplicações questionáveis, chamam a atenção o Bluejacking e o Bluesnarfing.
O primeiro, apesar do nome que sugere um seqüestro (hijacking, em inglês), é inofensivo, mas pode ser irritante.
Consiste em enviar mensagens, inclusive spam, para os eletrônicos alheios, via bluetooth.
A técnica surgiu inocentemente, quando um usuário cujo apelido era “ajack” identificou nas proximidades um telemóvel(telefone celular) Nokia com Bluetooth ativo e enviou, por diversão, uma mensagem que dizia “Compre Ericsson”.
Empresas de marketing levaram o conceito adiante e criaram o Bluecasting, em que um equipamento especial dispara propaganda para todos os aparelhos que passam perto.
A prática é classificada como spam e proibida em muitos países.
Bluejacking (Roubo de dados)
Mas o Bluejacking também tem suas utilidades nobres, como as variantes Bluedating e Bluechating – respectivamente, paquera e bate-papo via bl
2 – Só habilitar o Bluetooth na hora de fazer a transferência de dados;
3 – Mudar o código PIN usado para a conexão Bluetooth;
4 – Usar o modo Stealth (invisível) pois o aparelho fica com a conexão Bluetooth ativa, mas sem ser visto por outros;
Aplicativos como o Nokia sensor e o Mobiluck permitem que você cadastre suas informações e o perfil de quem você procura em um aparelho com a tecnologia e passam a buscar ao seu redor pessoas afins que também estejam usando o recurso.
Existem até locais específicos nos EUA e na Europa – geralmente em parques, lojas, bares e restaurantes – para essas buscas, batizados de Blueplaces.
Já o Bluesnarfing – este sim, perigoso – consiste em surrupiar informações dos aparelhos alheios.
Basta que o seu celular (só os modelos mais antigos são vulneráveis) esteja com o bluetooth ligado e em modo “discoverable” para que uma pessoa mal-intencionada nas proximidades possa invadi-lo e roubar o conteúdo de sua agenda e catálogo de endereços, por exemplo.
O pior é que a expressão “nas proximidades” não é exatamente verdadeira.
Embora o alcance típico de um telemóvel bluetooth seja de 10 m e de um laptop chegue a 100 m, isso não é obstáculo para a criatividade humana.
Uma equipe da Flexilis, grupo de pesquisa em aplicações sem fio, construiu um “rifle bluetooth” capaz de captar sinais de dispositivos localizados a mais de 1 km.
Apesar da aparência ameaçadora, o equipamento nada mais é do que um transmissor/receptor de alta potência acoplado a uma antena direcional que deve ser apontada para o alvo.
Um micro portátil recebe os sinais da antena e mostra as identificações dos aparelhos bluetooth, abrindo caminho para ações de Bluejacking e Bluesnarfing.
Durante os testes do equipamento em Los Angeles, o grupo conseguiu encontrar dezenas de aparelhos bluetooth em minutos, simplesmente apontando a “arma” para prédios comerciais ao redor.
A brincadeira recebeu o nome de bluetooth Sniping.
Resumo
Bluetooth já se transformou em um padrão comum mundial para a conectividade sem fio.
No futuro, é provável que seja um padrão utilizado em milhões de celulares, PCs, laptops e em toda uma gama de dispositivos eletrônicos.
Portanto, o mercado exigirá novas aplicações inovadoras, serviços de valor agregado e soluções completas.
As possibilidades de conectividade sem fio que a tecnologia Bluetooth nos oferece são praticamente ilimitadas.
Além disso, como a radiofreqüência utilizada está disponível em âmbito mundial, a tecnologia Bluetooth pode oferecer acesso rápido e seguro a conexões sem fio em todo o mundo.
Com um potencial assim, não será surpresa se a Bluetooth se transformar em uma das tecnologias de mais rápida adoção da história.