Foram necessários muitos e muitos anos para que os diferentes tipos de ativismo pelos direitos civis e humanos tomasse o fôlego transformador que vemos hoje. Conheça alguns dos principais movimentos em evidência hoje.[clear]
O engajamento por uma causa é um fenômeno que ganhou muito mais poder com o advento das redes sociais.
Com a exposição online dos problemas que as minorias enfrentam, cada vez mais simpatizantes passam a divulgar e dar mais voz às questões sociais, humanitárias e ecológicas.
Essa conscientização está rapidamente mudando comportamentos e gerando debates importantes. O ativismo via internet se tornou tão intenso que muitas vezes sai da esfera digital e toma às ruas em formas de atos e passeatas pelas cidades.
A sociedade está assimilando os novos caminhos que os ativistas estão exigindo. A necessidade de leis e uma sociedade que abranja todas as minorias está se impondo com força.
A própria publicidade já está substituindo antigos símbolos de persuasão (sensualidade feminina, homens ricos, carros vermelhos) por diversidade racial, mulheres empoderadas e consciência ecológica.
É muito importante lembrar que ativistas não exigem privilégios, mas apenas equanimidade de direitos.
[h2 type=”2″ width=””]Feminismo[/h2]
O feminismo é um dos movimentos mais em evidência da atualidade. Afinal, mulheres são metade da população mundial. E ainda hoje elas sofrem imensamente simplesmente por serem mulheres.
Uma das principais causas da morte de mulheres no Brasil é devido à violência doméstica, perpetrada pelo próprio companheiro. Mesmo com a implementação da Lei Maria da Penha, esses números ainda continuam muito altos.
Outro crime hediondo cometido contra mulheres é o próprio estupro. A cada onze minutos uma mulher sofre violência sexual no país.
Segundo as feministas, tudo isso ocorre sobretudo porque ainda persiste a noção de que a mulher é uma espécie de propriedade do homem, sem vontade legítima.
Essa ideia de que a mulher deve obediência ao homem e não é realmente competente para desempenhar outra função além de ser esposa e mãe, compõe o chamado patriarcado: uma cultura extremamente arraigada em praticamente todas as sociedades do planeta.
A mulher ainda é vista como frágil e incompleta sem um homem ao seu lado. Por isso, elas ainda ganham menos do que seus colegas do sexo masculino. Sem contar que, por conta de uma possível maternidade, é constantemente colocada em cargos periféricos nas empresas.
Isso na verdade ocorre porque a própria sociedade e economia foi criada pelo homem para a manutenção dos privilégios do homem. Portanto, o que o feminismo pretende é igualdade de oportunidades e direitos entre os sexos.
Direitos reprodutivos, como a opção por uma interrupção segura da gravidez, tem sido reivindicados. A divisão equânime da criação dos filhos e dos trabalhos domésticos também são outras das tônicas das feministas.
Segundo elas, tudo isso é necessário para que as mulheres sejam plenamente respeitáveis e livres para viverem da forma que desejarem.
[h2 type=”2″ width=””]Movimento Negro[/h2]
A escravidão pode ter acabado, mas ainda hoje os negros estão longe de participar plenamente de um mundo feito por, e para, o homem branco.
Por isso o movimento negro: para denunciar como o racismo ainda está presente na sociedade, dificultando a entrada dessa população em espaços de poder.
E isso não é tudo. Ainda hoje o próprio racismo internalizado promove um olhar preconceituoso sobre os negros. O racista os vê como uma ameaça à ordem social ou como incompetentes na realização de tarefas profissionais mais sofisticadas.
Esta é a principal explicação para o fato de que os negros ainda ganham menos, mesmo desempenhando o mesmo trabalho dos brancos.
A mulher negra sofre ainda mais. Além do machismo, ela tem que lidar com o racismo, colocando-a numa posição de dupla opressão.
[h2 type=”2″ width=””]Direitos LGBT[/h2]
Quando a sociedade se choca com demonstrações de afeto alguma coisa está muito errada. A população gay, lésbica, bissexual e transexual sente isso na pele.
A predominância do pensamente heteronormativo (quando apenas relacionamentos homem e mulher são validados como “naturais”) acaba condenando os LGBTs ao obscurantismo.
Ao se assumirem, muitos são expulsos de casa pelas famílias e perdem o emprego – ou não conseguem um. Sofrem pesada hostilidade social. Crimes de homofobia, motivados pelo ódio ao LGBT, caminham para o pleno reconhecimento jurídico.
O Brasil, inclusive,é o país que mais mata essa população no mundo.
O casamento gay e o reconhecimento do nome social de pessoas trans, no entanto, são duas grandes vitórias do ativismo LGBT.
[h2 type=”2″ width=””]Crianças com Necessidades Especiais[/h2]
Em geral os ativistas que saem em defesa das crianças com necessidades especiais são seus pais e familiares. Essas crianças podem ser portadoras da Síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral ou outras doenças físicas crônicas.
Uma das grandes reivindicações é pelo aparelhamento de escolas e instituições para oferecer o melhor desenvolvimento cognitivo e físico para a criança excepcional.
Um dos enfrentamentos ocorre por conta das escolas comuns, que muitas vezes faz de tudo para não aceitar o aluno especial. Embora devesse aceitá-lo sem obstáculos.
Outra luta relevante é humanizar a criança excepcional, quebrando preconceitos sociais e aumentando a integração do menor junto à comunidade.
Esses foram apenas alguns dos movimentos de maior evidência atualmente. Outros deles são ecológicos em diversas frentes, de proteção aos povos indígenas e humanitários, como relativos a refugiados de guerra.