Computadores, tablets e celulares estão amplamente difundidos no dia-a-dia da população em todo o mundo. É normal que as crianças apresentem curiosidade e queiram explorá-los.

Por conta disso, a princípio não há problema algum em algum tempo de brincadeira diária com esses aparelhos eletrônicos. Eles são parte do mundo em que os pequenos estão crescendo.

No entanto, assim como a tevê, é preciso haver limites muito bem delimitados – e bastante supervisão por parte dos adultos.

Saiba a seguir até onde é saudável permitir o acesso a esses equipamentos.

Tecnologia e Infância: Por Que o Limite é Necessário?

criancas-tabletsSe para os adultos já é difícil estabelecer para as crianças – e para eles mesmos – limites saudáveis para o uso de computadores, tablets e smartphones, para as crianças é muito mais.

E não se trata apenas da quantidade de tempo diante do conteúdo eletrônico. Trata-se, também, do discernimento entre o que é verdadeiro e o que é falso.

Até no mínimo sete anos de idade, a criança não sabe exatamente separar as duas coisas. Depois disso, o jovem simplesmente pode não saber fazer juízo de valor sobre se o que está acessando é bom ou mal.

Outro aspecto que pode ficar prejudicado é o da criatividade. Como jogos eletrônicos e roteiros de histórias em vídeos possuem desfechos mais ou menos previsíveis, a capacidade de imaginar e criar soluções próprias fica prejudicada, atrapalhando até mesmo no aprendizado escolar.

Neste ponto, é como se a criança não conquistasse sua capacidade de calcular contas porque aprendeu a fazer isso diretamente em uma calculadora.
No caso das redes sociais, o perigo é ainda maior. A criança fica exposta ao contato com desconhecidos, tornando-se vulneráveis a eles.

Tudo isso sem mencionar os já conhecidos vilões: obesidade infantil por conta do sedentarismo, hiperatividade, depressão infantil e dificuldade de socialização e relacionamento.

O Papel dos Pais no Uso da Tecnologia

menina-tabletOs especialistas, no entanto, são unânimes: os pais não devem proibir o uso de computadores e outros aparelhos eletrônicos, e sim mediar a relação da criança com eles.

Afinal de contas, se bem orientados e supervisionados pelos adultos, eles são capazes de trazer vários benefícios cognitivos para a criança.

Além disso, fora de casa os pequenos e os adolescentes terão contato com esses itens de qualquer forma. O importante, portanto, é que estejam bem preparados para lidar com eles.

Sempre verifique quais jogos estão instalados em tablets e celulares. Eles devem ser adequados para a faixa etária do seu filho.

Se a criança já sabe acessar vídeos no Youtube, sempre supervisione o conteúdo dos mesmos. Nunca deixe o pequeno tempo demais na internet sem checar o que ele está assistindo.

Na infância, o tempo máximo em contato com computadores, celulares e tablets deve ser de no máximo duas horas.

No caso de pré-adolescentes, é praticamente impossível evitar que eles criem um perfil numa rede social. Isso requer uma boa conversa com eles, alertando para os riscos da exposição excessiva nesses ambientes virtuais.

Esse diálogo, inclusive, deve ser constante. Nunca deixe de acompanhar a movimentação do seu filho nas redes e comentar com ele algum movimento de terceiros que você acredita que precisa de maior reflexão.

Até os 17 anos de idade o adolescente não está preparado para livre acesso ao computador; portanto, deixe o aparelho na sala, não no quarto dele.

Atividades Extras: A Saída Ideal

Em geral o uso abusivo de aparelhos eletrônicos por parte da criança está estreitamente associado ao tempo ocioso que ela tem nas mãos.

Portanto, além de todos esses cuidados, ainda é possível ajustar o contato entre crianças e aparelhos eletrônicos. Isso ocorre por meio de atividades complementares à rotina do seu filho.

Quanto mais o pequeno se ocupa com outros assuntos, menos tempo ele passa na frente da tevê, do computador ou do tablet. Frequentar cursos de idiomas, de artes ou praticar esportes podem ser ótimas saídas.

Mesmo em casa, mantenha a criança em ação: envolva-o nas tarefas domésticas, por exemplo.

Aproveite o que a Tecnologia tem de Bom

criancas-computadorTendo em vista esses limites, o universo tecnológico pode, sim, ser benéfico durante a infância.

Junto aos pais, a criança pode ampliar seu conhecimento sobre o mundo natural diante do Google Images, por exemplo. Se quiser mais detalhes, e já for alfabetizada, será possível buscar ainda mais informações.

Google Earth, Youtube e vários outros programas podem ilustrar de formas estimulantes o que o pequeno está aprendendo na escola.

A tecnologia, no entanto, deve ser sempre complementar à introdução prévia dos conteúdos na escola ou em conversas com adultos.