Textura do solo:

soloA textura de um solo é devido aos seus componentes em maior ou menor quantidade, compostos basicamente de areia, argila e silte.

A areia tem textura grosseira com tamanho maior que 0,2 mm. a argila tem partículas menores que 0,02 mm e o silte entre 0,2 e 0,02 mm.

A combinação destes elementos é que dá a consistência do solo e o classifica para ser argiloso: mais de 40% de argila; arenoso menos de 20% de argila e de 20-49% de argila é areno-argiloso.

Os solos conforme sua consistência:

– Solo argiloso – de cor vermelha, pesado, em geral fértil e ácido.

Alta capacidade de retenção de água, compactado, dificultando o desenvolvimento das raízes, PH em torno de 4,5.
Tem reduzido teor de cálcio e magnésio; alto teor de alumínio, ferro, manganês e boro; presença de toxinas orgânicas; pouco nitrogênio e fósforo.

Será preciso correção de acidez, para tornar disponível os nutrientes para as plantas, dependendo do tipo de cultivo.

– Solo arenoso – região de antigos cursos d’água, tem facilidade de percolação e lixiviação de nutrientes, mas é compacto na seca.
Acidez ou alcalinidade acentuada, com pH maior que 6. Se for o caso, contém muito cálcio e magnésio, nenhum alumínio tóxico; baixos teores de Fósforo e Ferro; indisponíveis para as plantas: micronutrientes manganês, zinco,cobre e boro. Nitrogênio solúvel.

Adicionar adubo animal e composto vegetal, que aumentam a fertilidade e retenção da água disponível para as plantas. Mas se for um solo arenoso e ácido que sofre lixiviação, pode ter problemas com a falta de micronutrientes.
É necessário corrigir a acidez, adicionar adubo animal (gado, aves), composto vegetal, e nutrientes de formulação química para tornar o solo mais fértil e permitir um bom desenvolvimento das plantas.

Cada região de produção tem análise de solos feitas pelos laboratórios, pela EMBRAPA que tem, inclusive, indicações do tipo de vegetal possível de cultivo para a região.
Para quem cultiva será preciso fazer uma análise do solo do seu terreno antes de aventurar-se na produção comercial, seja de plantas de lavoura, frutíferas e hortaliças, que utilizam o solo mineral.

Os dados de análise do solo trazem o índice de acidez (pH), componentes do solo, nutrientes disponíveis que possibilitam a elaboração de cálculos por técnico especializado, para correções e adições do que está em pouca quantidade.

– Substratos para cultivo – Substrato na Ecologia refere-se a todo o material, superfície, base e meio que possa servir de suporte para desenvolvimento de um ser vivo, planta ou animal. Desde substâncias fixas, como rochas a outras móveis brita, cascalho, areia, lodo e partes vegetais residuais de indústria.

O substrato ideal deve ter mais de 85% de porosidade, 10 a 30% de capacidade de aeração e 20 a 30% de água disponível.
Alguns substratos são fornecidos prontos para os produtores e devem obedecer às instruções governamentais, segundo a Instrução Normativa nº14 de 15.12.2004, onde existem especificações sobre materiais utilizados, capacidade de retenção de água, opacidade de troca de cátions (CTC), condutividade elétrica, etc.

Os substratos são classificados segundo sua origem, de matérias primas como minerais, orgânicos, sintéticos ou mistos.
Não devem conter resíduos tóxicos, agentes patogênicos para o homem, animais ou plantas, metais pesados tóxicos ou ervas daninhas.

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Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.