Quais eram as plantas mais em voga nos tempos do jardim de minha avó?
Os jardins de muitos anos atrás tinham um design bem diferente do que temos hoje.
Conheça as plantas da moda dos anos 40/50.
Agora, o minimalismo parece ter tomado conta do paisagismo.
Ou seja, há uma tendência para poucas plantas, todas verdes, muitos pedriscos e quase nenhuma flor.
A maioria dos jardins são projetados para espaços verdes de baixa manutenção e projetos que levam em conta a sustentabilidade verde.
No tempo do jardim da minha avó encontrávamos muito mais plantas misturadas
Nossas avós cuidavam dos jardins como joias preciosas, distribuindo plantas floríferas entre as de folhagem decorativa.
Eram jardins cheios de cor e vida, pois os insetos polinizadores visitavam os espaços continuamente desde o nascer do sol.
Eram jardins que davam trabalho, muitos tinham jardineiros com trabalho mensal agendado.
Isto significava também que haviam flores secas a recolher e mudas novas a substituir nos canteiros.
O resultado deste trabalho todo era espetacular.
De parar transeuntes na rua que apreciavam as flores e até pediam para tirar fotos.
Plantas floridas mais usadas no tempo do jardim da minha avó
Muitos proprietários de jardins ainda usam estas plantas e estão novamente entrando nos projetos de jardins, principalmente para particulares e em condomínios.
Também está voltando uma nostalgia dos jardins antigos, misturados a objetos antigos decorativos vintage ou a bancos de jardins, como era no passado.
Plantas de ciclo curto, médio e bianuais são usadas para colorir espaços, de canteiros, jardineiras e vasos.
Para uma abordagem mais atual, a inclusão destas plantas envasadas e escondidas em canteiros pode ser feita em manchas.
Para isto, plante um conjunto de mesma cor em combinação com plantas de folhagem decorativa ou de floração sazonal.
Ao terminar o ciclo, estes vasos, poderão ser retirados e substituídos por outras plantas, dando assim nova cara ao espaço.
Dentre as plantas de cultivo desde muito tempo está a calêndula (Calendula officinalis), de até 0,40 m, com capítulos amarelos ou alaranjados, excelente para bordaduras de canteiros de plantas somente verdes.
Ela é de verão e pode ser cultivada na mesma época da crista-de-galo ou celosia (Celosia cristata), de inflorescências em amarelo, rosa ou vermelhas.
Como a celosia tem altura maior, até 0,80 cm, estas plantas ficam com visual mais bonito em maciços de média altura.
O efeito é espetacular.
Usar folhagens verdes no fundo, como se fossem uma cortina.
Podem ser podocarpos (Podocarpus salignos) ou nandinas (Nandina domestica).
A gardênia (Gardenia jasminoides) também ficaria muito bem neste tipo de conjunto.
Sua floração no meio da primavera é de flores brancas e quando a celosia estiver em cultivo, o arbusto somente terá a folhagem verde escura e brilhante.
Também muito apreciada nos jardins e de cultivo no verão, com possibilidade de ser cultivada em todo o país temos a perpétua (Gomphrena globosa), flores minúsculas em pequenas inflorescências em forma de globo.
Forma grande ramagem e fica interessante para colocar junto a plantas de flores brancas ou folhagem clara.
Uma adorável planta de cultivo antigo é a cravina (Dianthus chinensis), de flores delicadas e perfumadíssimas, que eram usadas para bordaduras de canteiros, jardineiras e vasos baixos.
Seu cultivo é perene, então não há necessidade de substitui-las por outras a cada estação.
Tem floração a partir do inverno, quando o jardim em geral tem poucas flores.
Ao mesmo tempo, podemos considerar que estas flores, além de bordadura podem também ser cultivadas como cobertura vegetal em grande manchas, sob arvoretas ou arbustos como jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides) ou azaleias-anãs (Rhododendron indicum).
Escolher azaleias de cor rosa clara ou brancas para maior impacto. É mais adequada a climas amenos a frios.
Forrações para canteiros muito usadas no tempo do jardim de minha avó
As bordaduras de canteiros ou mesmo coberturas vegetais do tempo do jardim de minha avó, eram bastante usadas.
Elas propiciavam uma cobertura colorida de folhagem ou flores para unificar o espaço com as diversas plantas mais altas do canteiro.
Temos uma suculenta, muitos a conhecem por cacto-margarida (Mesembryanthemum productum), de folhas suculentas e flores com numerosas pétalas finas na cor rosa.
Outra planta muito usada pelas jardineiras amadoras dos tempos antigos, era o periquito (Alternanthera ficoidea), ainda hoje fazendo parte de projetos.
Suas folhas variegadas ao sol assumem um tom avermelhado muito ornamental, principalmente se cultivado junto a mudas mais verdes.
Arbusto muito em moda nos tempos antigos
Falando de plantas cultivadas pela vovó não podemos deixar de citar o coleus (Solenostemum scutellariodes), de folhagem variegada e ornamental.
Ideal para jardins de temperaturas amenas a quentes, a colheita de suas sementes sempre propiciava a obtenção de novas estampas de folhas devido à polinização.
Como sua propagação por estacas é altamente viável, vem daí a história de troca de mudinhas com as vizinhas, palco de conversas e amizades.
Existem inúmeras herbáceas e arbustos que eram usados nos jardins antigos.
Pesquisar entre os familiares sobre as plantas que eram usadas, procurar no comércio e trazer para o jardim pode ser uma tarefa prazerosa, resgatando memórias de nossas antepassadas.
