O patchouli é uma planta medicinal e aromática nativa das Índias. Se tornou bastante conhecida nos anos 70 pelo seu perfume. Ele é mais cultivado no Maranhão e Pará. Veja a seguir como plantar.[clear]
Nome botânico: Pongostemon cablin Benth
Nome popular: patchouli, oriza
Angiospermae – Família Lamiaceae
Origem: Indonésia, Índias Orientais e Ocidentais
[h2 type=”2″ width=””]Descrição do Patchouli[/h2]
Planta herbácea com característica de arbusto. Pode crescer cerca de 0,80-1,00 m de altura, com caule quadrangular ereto e grosso.
Tem folhas verdes com sombra arroxeada, ovais acuminadas e serrilhadas irregularmente nas margens. Elas tem textura lisa e aveludada. São providas de glândulas de óleo tanto na parte de cima como na parte de baixo da página.
As ramificações são concentradas na parte superior dos ramos. Flores cor rosa a roxas reunidas em inflorescência do tipo espiga.
As folhas são de interesse farmacológico e cosmético. Para cultivo somente em regiões de clima quente.
Há três tipos do gênero: Pogostemon cablin, que é o mais usado para produção de óleo. Rende de 2,5 a 3,5 % a partir do material seco.
Também há o Pogostemon heyneanus, que rende menos, cerca de 1,5 %. E o Pogostemon hortensis com menos de 1,5 %, sendo conhecido como patchouli-sabão e usado para produzir sabão de roupa.
[h2 type=”2″ width=””]Como Plantar o Patchouli[/h2]
No seu habitat nas selvas tropicais cresce espontâneo em altitudes entre 900 e 1800 m acima do nível do mar. Para cultivo de produção intensa a altitude melhor é a de 500 m acima do nível do mar.
As temperaturas ideais são de 24 a 28 0C, clima quente e úmido. Com umidade relativa do ar em torno de 75%.
O solo melhor é o argiloso com alto teor de nutrientes e pH entre 5,5 e 6,0. A adubação da área deve seguir as orientações de um profissional da área, após análise de solos.
Adubações pré-plantio e adubações complementares serão indicadas, para bom desenvolvimento das mudas.
A irrigação pode ser feita por aspersão leve conforme a região e a umidade do solo. O indicado é de 3 a 4 vezes por dia logo após o plantio para melhor aclimatação das mudas.
Posteriormente é mais comum irrigar de forma mais abundante a cada 10 ou 15 dias.
A preparação do solo mais usada é em camaleão. Ou seja, varia a altura de baixa para solos mais arenosos até alta para solos mais argilosos e compactos. Entre os canteiros o espaço deverá permitir bom escoamento das águas de regas e de chuva, para não encharcar a terra demasiado.
O espaçamento é de 0,45 m entre mudas e 0,60 m entre linhas. Desencontre as mudas para melhor aproveitamento de luz.
Plantar cada muda abrindo uma cova do tamanho do torrão. Acomodar a muda e aconchegar terra, apertando de leve para fixar. As regas devem ser feitas logo em seguida.
[h2 type=”2″ width=””]Mudas e Propagação do Patchouli[/h2]
A propagação pode ser feita por sementes, estacas ou in vitro. As sementes nem sempre são viáveis e demoraria muito para produção em grande escala.
A propagação por estaquia é uma das mais usadas. Embora a propagação por meristema, feita em laboratório especializado, propicie maior número de plantas.
Para fazer a propagação por estacas deve-se escolher as mudas para matriz entra aquelas que recebem mais sol. Mudas com ambiente mais sombreados tendem a ter espaço de entrenós mais longos, não desejáveis.
Usar estacas com 20-30 cm de comprimento, colocando em enraizador AIB (ácido indol-butírico) por alguns minutos. Deixe depois sobre jornais para secar o hormônio antes de plantar.
Usar canteiros ou bandejas de cultivo com boa altura para melhor desenvolvimento das raízes.
O substrato melhor é o composto orgânico com areia de construção na proporção de 1:1. Mantenha este substrato levemente úmido e em local protegido do sol.
Quando as mudas estiverem próximas do transplante, levar para local aberto. Lá receberá um pouco de sol todos os dias para fortalecer a muda.
[h2 type=”2″ width=””]Colheita do Pongostemon cablin Benth[/h2]
A colheita ocorre entre 60 e 65 dias após o plantio. Deve-se selecionar os ramos mais desenvolvidos e maduros.
Sabe-se que estão prontos para a colheita quando as folhas junto ao ponteiro começam a amarelar. Esta é a primeira colheita.
Cerca de 30 dias após a segundo já poderá ser feita. Corte os ramos e deixe cerca de 43 a 4 nós junto ao solo para posterior rebrote. Colher de manhã, em dia nublado e sem chuvas.
A etapa seguinte é a secagem do material. Ele deve ser posto sobre esteiras secas e ao sol, revirando uma vez por dia até 10 dias no máximo.
O armazenamento é feito em sacos de aniagem em ambiente protegido por no máximo 3 meses. Só depois levar para a destilação. A obtenção do óleo é feita por arraste a vapor em destilarias especializadas.
[h2 type=”2″ width=””]Pragas do Patchouli[/h2]
Pragas podem atacar as mudas, como o fungo Synchytnum pogostemonis e os nematoides, insetos que se reproduzem rapidamente.
Eles contaminam a terra e que atacam as raízes, diminuindo a produção e a qualidade do produto.[clear]
[h2 type=”2″ width=””]Uso Medicinal e Aromático do Patchouli[/h2]
O óleo de patchouli é muito apreciado e requisitado em todo o mundo.
No século XIX era usado para perfumar tapetes e tecidos. Levado para a Inglaterra começou a ser usado para perfume durante a época vitoriana.
Os maiores produtores mundiais são a Malásia, a China e o Brasil.
Seu uso em sabonetes, perfumes, produtos de higiene pessoal e cosméticos o faz muito requisitado pela indústria cosmética.
Na medicina natural o óleo de patchouli é considerado importante como estimulante digestivo, bactericida, antifúngico analgésico e regenerador de tecidos.