Substratos e solos…

Vamos entender os solos para cultivo !

Que materiais podem compor um substrato?

Tipos de materiais para substratos:

Turfa – combustível fóssil, a idade geológica é recente, resultante da decomposição de vegetais em ambiente de água doce.
Antes de apodrecerem os vegetais foram carbonizados.

solos turfa

solos

É formada basicamente por musgo (Sphagnum), juncos e outros vegetais e se as condições fossem favoráveis teria virado carvão vegetal.

Contém macronutrientes nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre emicronutrientes cobre, ferro, manganês, zinco, molibdênio e níquel, além de substâncias húmicas, ácidos fúlvicos e humina, compostos orgânicos.

O pH fica de 3,0 a 3,3, muito ácido.

  substratos - vermiculita

Vermiculita – é um mineral micáceo natural do grupo dos filosilicatados, que expande até duas vezes ao ser aquecido, sólido, coloração bege.

A vermiculita expandida não é combustível, é insolúvel em água, resistente a mofos e estéril.

São fornecidas em granulometrias grande, média, fina, superfina e mícron e muito utilizadas na construção civil para isolamento térmico, acústico, etc.

Seu pH é de 7,5 a 8,5.

Casca de tungue – proveniente de uma árvore (Aleurites fordii Heens) cuja madeira é utilizada para fabricação de tintas e vernizes.
Após período de exposição do material a céu aberto pode ser utilizado como substrato.

Apresenta diversas granulometrias, seu pH fica em torno de 7,0, muito alto para a maioria das plantas.
Sua velocidade de decomposição é lenta, devido à presença de ligninas e taninos que, no entanto não causam problemas de cultivo de plantas no substrato.

Contém carbono orgânico, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, cobre, zinco, sódio e boro.
No entanto possui alta umidade após drenagem, o que indica que a mistura com outros substratos de maior capacidade de drenagem, como casca de arroz carbonizada, poderá funcionar melhor.

Casca ou pó de coco, coximCasca ou pó de coco, coxim – oriundo da indústria de beneficiamento do coco ou de recolhimento em locais de uso do produto in natura, foi pesquisado e tem sido utilizado pelos produtores para substrato de produção de sementeiras e estacas.

Contem lignina, celulose e hemicelulose, fração esta facilmente decomposta pelos microorganismos e tanino.

Na casca há compostos tóxicos de cloreto de potássio sendo necessário lavar o material para lixiviar.

Pode ser fornecido com várias granulometrias de 2,0 a 0,50mm.

Contém nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, cálcio, cobre, manganês, zinco e matéria orgânica.
Sua densidade apresenta aumento ao longo do tempo, bem como a retenção de água.

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Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.