Nada mais gostoso do que comer uma fruta no pé. Ver as flores surgindo das árvores frutíferas, acompanhar o crescimento dos frutos e depois disputar do prazer de comê-las.
Saiba quais são as arvores frutíferas do Nordeste mais populares para sua região.

O Nordeste brasileiro possui inúmeras frutas, apreciadas por todos.
Algumas são de outras regiões ou até provenientes de outros países e se adaptaram bem ao clima.

Ter árvores frutíferas no seu jardim favorece ao meio ambiente,com a fauna e flora local, e permite o prazer único das frutas fresquinhas.
O consumo de frutas in natura, isto é, que se come ao natural é bem variado.

O consumo da fruta crua pode ser da forma em que está, inteira ou descascada e também na forma de sucos e sorvetes.
Algumas também são excelente matéria prima para doces em compotas, geleias e licores.

Veja a seguir uma listagem de frutíferas típicas do Norte e do Nordeste do Brasil, e suas principais características quanto ao plantio.

O jambo rosa (Syzigium jambos)

Frutíferas do Nordeste
Jambo vermelho

Oriundo da Ásia e adaptado ao Nordeste temos o jambo-rosa (Syzigium jambos).
Trata-se de uma árvore de copa irregular e altura até 15,0 m.

Produz um fruto de formato piriforme de casca com coloridos que divergem conforme o local.
Podendo ser frutos de casca rosada ou até amarelada.

Desta mesma família, existe o jambo-vermelho, de casca vermelha escura e polpa branca.
Suas flores são comestíveis e muito ornamentais.

A colheita ocorre entre os meses de janeiro a maio.
Seu plantio é adequado somente para grandes espaços em sítios de produção.
Seus frutos são comercializados em feiras livres para o preparo de geleias e doces tipo compota.

O cajazeiro (Spondias mombin) – está entre as frutíferas de grande porte

Frutiferas do Norte e Nordeste

Produzida desde a região da Floresta Amazônica até o Rio de Janeiro o cajá ou cajazeiro (Spondias mombin) é uma árvore de até 25,0 m.
Sua copa é em forma de sombrinha, propiciando excelente sombra.

Costuma apreciar terrenos levemente úmidos.

A Região Norte produz grande quantidade de frutos comercializados em mercados, com a época da colheita entre outubro e janeiro.

Devido as grandes dimensões destas frutíferas, não se recomenda seu cultivo em quintais pequenos.
Por outro lado, em sítios maiores, produtores de frutíferas tem no cajá uma boa opção.

Seus frutos são ovoides de casca verde e polpa branca adocicada.
É mais consumido ao natural, mas também pode ser usado para geleias e compotas.

O araçá (Psidium cattleianum)

frutíferas pé de araçá

E quem não conhece o araçá?

O nome botânico é Psidium cattleianum e suas árvore frutíferas tem altura em torno de 6,0 m.
Adapta-se bem a vasos de tamanho grande.

Pode ser cultivada da Bahia até o Rio Grande do Sul em pomares domésticos, sítios e nos canteiros de avenidas.

Produz grande quantidade de frutos globosos de casca fina verde ou avermelhada, com polpa amarelada repleta de pequenas sementes.

O maior consumo dos frutos é in natura, mas pode ser cozido e coado para retirar as sementes.
Adicionando açúcar, produzirá uma pasta semelhante à goiabada, bem gostosa.

Frutíferas típicas do Nordeste: o Umbu (Spondias tuberosa)

Frutíferas do Nordeste: umbuzeiro

Uma fruta bem conhecida é o umbu (Spondias tuberosa), árvore de 4,0 até 7,0 m com formato de sombrinha característico da região da caatinga nordestina.

O umbuzeiro é frutífera típica das chapadas de clima semi-árido, na região ocorrendo desde o Ceará até o Norte de Minas Gerais.

Produz frutos muito aromáticos, de formato globoso com polpa clara de sabor doce com um toque ácido.
Sua colheita costuma ocorrer entre os meses de janeiro e fevereiro.

Sua polpa é muito apreciada em sucos e sorvetes.
Também é usado numa receita com leite conhecido como imbuzada.

Adequado para quintais e pequenos sítios, tolera seca e solos pobres.

A mangaba (Hancornia speciosa)

Mangabeira

Em feiras livres e carrinhos de sorvete espalhados pelas cidades, a mangaba ou manguba é proveniente de uma árvore nativa, a mangabeira (Hancornia speciosa).
Esta frutífera pode ter entre 5 e 7,0 m de altura.

Seus frutos são de formato ovoide, casca fina e polpa esbranquiçada.
Seu sabor é levemente ácido, e ao mesmo tempo delicado.
Pode ser degustado in natura, ou ainda, em sucos com água gelada e na forma de sorvetes.

Em quintais com espaço, sítios e arborização de ruas a mangaba é uma excelente opção.

Sendo que tem a vantagem de ser uma frutífera tolerante a solos pobres e arenosos.

Além do que, é uma excelente opção de produção para pequenos agricultores.

Sua colheita é feita entre outubro e dezembro.
Para uma boa produção de frutos, acrescentar abonos orgânicos periodicamente.

A pitomba (Talisia esculenta)

pé de pitomba

A pitomba ou olho-de-boi (Talisia esculenta) é um fruto de formato esférico, nativo da região do Amazonas e disseminado pelo Nordeste.

É frequentemente vendido em feiras livres, sendo que seu fruto é muito apreciado.

A pitombeira é uma árvore de 6 a 8,0 m de altura, com formato arredondado, que pode ser cultivado em quintais ou sítios.

São necessárias adições de abonos orgânicos para melhor produção.
Esta frutífera, produz frutos com casca dura amarelada e polpa esbranquiçada, suculenta, doce com um toque de acidez.
É consumida na forma em que se apresenta ou com a polpa batida com água gelada.

Sua colheita ocorre entre os meses de janeiro a março.

O pé de sapoti (Manilkara achras)

sapoti (manilkara achras)

Outra fruta muito apreciada é o sapoti (Manilkara achras).
Esta árvore é proveniente da América Central, mas encontra-se disseminada pelo mundo.

Tem 15,0 m de altura, mas em algumas condições poderá atingir até 30,0 m.

Seu tamanho inviabiliza seu cultivo em quintais, mas em sítios maiores sua produção será uma excelente adição.

Seus frutos são ovoides, de casca marrom fina e polpa amarelada, com muitas sementes.
Seu sabor é doce e perfumado e pode ser consumido in natura ou para fabricar doces.

Uma curiosidade: a planta é latescente e o látex é usado para fabricar chicletes.

O Jenipapo-liso (Genipa americana)


Frutíferas

Um fruto muito apreciado, é o jenipapo-liso.

Esta árvore (Genipa americana) é nativa do Espírito Santo e Sul da Bahia e disseminado por muitas regiões onde há boa umidade no solo.

Tem copa irregular e aberta, altura no máximo até 14,0 m e pode ser cultivada em pomares domésticos e sítios de produção familiar.

A colheita dos frutos é feita de novembro a dezembro.

O fruto tem formato de baga grande e globosa de cor marrom ferrugem quando maduro.
Sua polpa é adocicada, suculenta e perfumada e contém inúmeras sementes.

É usada para produzir licores, doces.
Com o suco fermentado pode ser preparado um tipo de vinho.

A frutífera de nome popular de Fruta-pão (Astocarpus altilis)

fruta pão

A população de baixa renda tem na fruta-pão (Astocarpus altilis) um alimento que é o substituto do pão feito com trigo.

A planta é originária das Ilhas do Pacífico, cresce acima dos 12,0 m e adaptou-se muito bem ao clima do Nordeste Brasileiro.

Ela é encontrada desde o Pará até São Paulo, onde pode ser cultivada em pomares domésticos com bom espaço ou em sítios de produção de agricultura familiar.

A fruta-pão aprecia um clima tropical úmido e solo com boa fertilidade e abonos no plantio e manutenção.
A partir de seu terceiro ano de vida, a árvore produz um fruto grande com casca amarela e polpa amarelada, aromática e doce.

A colheita é feita quando o fruto apresenta a casca, o qual, pode pesar até 2 kg.

A fruta-pão é consumida cozida com água e sal ou assada e tem sabor muito bom. Bastante apreciada em alguns pratos vegetarianos.
É especialmente rica como fonte de potássio e de magnésio.