A costela-de-adão (Monstera deliciosa) ganhou o mundo inteiro, principalmente depois do boom dos cantinhos verdes em apartamentos. Suas folhas são imponentes e cheias de curvas inconfundíveis, tornando-a ainda mais vistosa quando sobe por suportes verticais, pilastras ou paredes. Sua versão variegata é a grande vedete de colecionadores mundo afora, chegando a custar milhares de dinheiros. Aprenda a cultivar as duas variações e conheça dicas essenciais para cuidar da deslumbrante variegata.
Um pouco mais sobre a costela-de-adão
Frutos da Monstera deliciosa
O nome científico da costela-de-adão, Monstera deliciosa, entrega uma característica nem tão conhecida dessa espécie: ela produz um fruto que, quando maduro, é bem doce e nutritivo. A textura e a acidez se assemelha com a do abacaxi, mas o paladar doce lembra o da banana.
Você vai saber que o fruto está pronto para consumo quando ele começar a inchar e se desfazer em gomos. Então você poderá recolhê-la do pé e embalá-lo em papel toalha. Dá para consumi-lo ao natural ou em compotas. Fica ótimo em saladas de frutas, em sorvetes e até em drinks.
A costela-de-adão é venenosa?
Quem sabe que o fruto da costela-de-adão é comestível fica confuso quando escuta que essa planta é, sim, prejudicial quando ingerida. Então como fazer isso com segurança? Basta que tenha certeza de que ele está maduro. Antes disso tanto ele próprio quanto a planta em si são perigosos.
Na verdade a parte ornamental da planta sempre conterá oxalato de cálcio – a mesma substância que torna o ruibarbo e a comigo-ninguém-pode ameaçadores. Não se trata de veneno em si mas de pequenos cristais perfurantes que causam micro lesões na língua e garganta. O resultado é a falta de ar, inchaços e potencialmente asfixia.
Mesmo que você não pretenda experimentar o fruto da Monstera é importante ficar por dentro dessas informações. Isso porque se você conta com crianças ou animais de estimação em casa deverá colocar sua costela-de-adão num local de difícil acesso para eles.
Ficha técnica da Monstera deliciosa
- Nome popular: costela-de-adão, banana-do-mato, abacaxi-do-reino,Ceriman
- Nome científico: Monstera deliciosa
- Família: Araceae
- Espécie: M. deliciosa
- Origem: América do Sul e América Central
Descrição
A costela-de-adão tradicional possui folhas em forma de coração e grandes – daí o nome científico Monstera, ou “monstra”. Elas podem ir de 20 a 90cm de comprimento e 25 a 75cm de largura. Possui pecíolos longos e flores aromáticas que, entre agosto e outubro, costumam estar até 15 graus centígrados mais quentes do que o ambiente ao redor, intensificando ainda mais seu perfume.
Possui raízes aéreas que a permitem subir verticalmente até 20 metros de altura quando na natureza. Em ambientes fechados pode chegar a até 3 metros de altura.
Seus frutos possuem forma de espiga e alcançam até 25cm de comprimento e até 5cm de diâmetro. Levam até um ano para crescerem e amadurecerem.
Como plantar a costela-de-adão
Para crescer saudável a Monstera precisa de solo sempre úmido mas nunca encharcado – e rico em matéria orgânica. Ela aprecia muita claridade e algumas horas de sol, mas não o dia inteiro.
No jardim é muito importante que seja plantada próxima a uma árvore alta, de modo que esta sirva como apoio para o crescimento vertical da costela-de-adão. Que, já mencionamos, é uma trepadeira.
Em apartamentos é recomendável que o vaso fique próximo a uma janela que permita a entrada de bastante luz natural. Também precisa estar próxima a uma superfície vertical, tipo uma parede ou coluna. No entanto, enquanto ainda for uma muda, um suporte enterrado no vaso é suficiente.
Dentro de casa o florescimento da Monstera é muito difícil. Contudo em jardins e florestas o surgimento de flores e do famoso fruto é bastante provável e costumam ocorrer aos 3 anos de vida da planta.
A temperatura mínima constante que a Monstera tolera fica entre 13 e 15 graus centígrados.
Monstera deliciosa variegata, ou costela-de-adão variegata
A costela-de-adão variegata podem ser de dois tipos diferentes: a alba-variedata, de folhagem parcial ou totalmente branca (foto à esquerda); e a thai constellation, com partes claras mais puxadas para o creme e superfície pintadinha como o céu da noite (foto à direita).
Sua forma de plantio e adubação é praticamente a mesma de um exemplar todo verde. Contudo há de se ter alguns cuidados com as folhagens: suas partes claras são assim porque não possuem clorofila, a substância essencial no processo de fotossíntese do vegetal.
Desta forma a Monstera variegata se esforça duas vezes mais para realizar essa função vital. A solução é oferecer a ela um local muito mais intensamente iluminado e por mais horas ao dia. O que não quer dizer receber luz direta do sol, que poderá prejudicá-la.
Se isso não for possível por via naturais você pode apelas para as lâmpadas especialmente desenvolvidas cultivo e manutenção de verdinhas mais exigentes.
Mesmo assim é de se esperar que a costela-de-adão variegata viva um pouco menos que as completamente verdinhas.
