Aprenda a plantar e cuidar do cajueiro (Anacardium occidentalis L.) – sim, a árvore que dá caju! Ele é originário daqui mesmo, do Brasil, região Nordeste. [clear]
Nome botânico: Anacardium occidentalis L.
Nome popular: cajueiro
Angiospermae – Família Anacardiaceae
Origem: nativo do Nordeste brasileiro[clear]
[h2 type=”2″ width=””]Descrição do Cajueiro[/h2]
Árvore de altura em torno de 5 até 10,0 m, copa arredondada, muito ramificada tronco curto de casca áspera e escamosa. Folhas glabras levemente rosadas quando jovens.
Flores bem pequenas em inflorescências tipo panícula, com o florescimento ocorrendo de junho a novembro. O fruto é o que conhecemos por castanha, de cor marrom e com formato de gota.
O que parece ser o fruto, polpudo, é o pedúnculo desenvolvido, carnoso e suculento de sabor ácido.
O amadurecimento dos frutos ocorre de setembro a janeiro. É cultivado no Nordeste, principalmente Piauí e Maranhão.
[h2 type=”2″ width=””]Modo de Cultivo do Pé de Caju[/h2]
O cajueiro desenvolve-se bem em regiões de chuvas regulares. Quando há regime de invernos secos é preciso instalar irrigação controlada, principalmente na época da floração e frutificação.
Solos de textura média e profundos do tipo argilosos ou areno-argilosos. Para a instalação de produção recomenda-se a análise do solo e a correção para um pH de 6,5.
Locais declivosos e pedregosos devem ser evitados. Os melhores são solos planos e com uma profundidade de pelo menos 2,0 m de terra. Isso garante bom desenvolvimento de raízes.
O tipo de cajueiro usado para comercializar é o cajueiro anão enxertado. Evite mudas oriundas de plantio direto da castanha, chamado de pé-franco.
A irregularidade de floração, copa e tempo de colheita diferentes entre si prejudicariam o produtor.
As mudas devem ser adquiridas em viveiros idôneos e credenciados. Devem ser inspecionadas para evitar doenças ou plantas já atacadas por pragas.
O plantio é feito durante a época das chuvas para terrenos não irrigados. Se houver irrigação, qualquer época do ano será satisfatória.
Para plantar abrir uma cova do tamanho do torrão, na maioria das vezes é de 30 x 30 x 30 cm ou 50 x 50 x 50 cm. Isso conforme se o solo for argiloso ou areno-argiloso, respectivamente.
Se houver a análise de solos, seguir as recomendações. Caso não possuir, colocar 500 g de superfosfato simples e 100 g de calcáreo dolomítico, que serão misturados a composto orgânico e parte da terra que está na superfície.
A terra do fundo do buraco irá por cima. Usar mulching de capim seco para proteção da muda. Em solos mais arenosos ou locais com muito vento, usar tutores.
Amarre-os com corda de algodão em formato de oito para não danificar o tronco.
O espaçamento mais usado é o de 7,0 x 7,0 m, mas também poderá ser usado o de 8,0 x 6,0 m, entre plantas e entre linhas.
[h2 type=”2″ width=””]Como Adubar o Cajueiro[/h2]
Adubações de cobertura são feitas todos os anos na época anterior à floração. Para a primeira adubação, feita dois meses após o plantio, é recomendado 30 g de cloreto de potássio (KCl).
No primeiro ano, 130 g de ureia e 70 g de KCl e no segundo ano 180 g de ureia e 300 g de superfosfato simples. No terceiro e quarto ano, 270 g de ureia e 450 g de superfosfato simples.
A partir do quinto ano aplicar todos os anos 300 g de ureia e 500 g de superfosfato simples.
A quantidade de ureia deverá ser dividida em três aplicações. No início, no meio e no final da estação das chuvas, enquanto o superfosfato simples é dose única por ano.
Os tratos culturais para o cajueiro são a capina, mantendo o mato rasteiro para evitar competitividade com as mudas. E a irrigação quando não houver chuvas e o controle rígido e constante sobre pragas que podem surgir.
[h2 type=”2″ width=””]Pragas Comuns na Árvore do Caju[/h2]
As pragas mais comuns são de besouros, como as larvas da broca do tronco e lagarta-saia-justa, que penetram no tronco, fazendo galerias podendo levar a planta à morte.
O serra-pau é um besouro que corta ramos finos reduzindo a produção.
A lagarta-véu-de-noiva e a lagarta verde, que na fase adulta são mariposas, possuem pelos urticantes que podem causar queimaduras se tocadas. Elas causam a queda das folhas.
A doença mais comum do cajueiro é a antracnose, causada por um fungo, que surge na época das chuvas. Ataca folhas, inflorescências e frutos.
Também o mofo-preto que se desenvolve sobre as folhas, prejudicando a fotossíntese.
Outros, como o oídio, praga de muitas lavouras se desenvolve em época de seca. Algumas rachaduras no tronco e ramos com exsudação de seiva, chamada de resinose poderá ser indicativo do ataque de um fungo.
O controle de pragas e das doenças deve ter acompanhamento de profissional da área. Com recomendações de defensivos adequados.
[h2 type=”2″ width=””]Frutos e Pseudofrutos do Cajueiro[/h2]
O cajueiro fornece dois tipos de produto. O pseudofruto e a castanha. A colheita e o manejo dos produtos dependem do tipo de comercialização desejada.
Para produção de castanha, estas em geral são colhidas no pé ou caídas no chão. São secas ao sol em tabuleiros ou no chão mesmo, com proteção embaixo de lona.
Após a secagem são armazenados em sacos de aniagem e em local seco e ventilado. É necessário cuidado no manuseio pois podem queimar a pele se descascados ainda cruas.
Para o pseudofruto, este é colhido manualmente na muda, com cuidado para não danificar sua casca. Afinal é muito perecível e qualquer lesão o tornaria inviável para comercialização.
São acondicionados em caixas sem empilhamentos e colocados em câmaras frias por curto período para levar ao mercado consumidor.
O cajueiro é uma árvore que muitas famílias cultivam em quintais e o uso do pseudofruto para geleias, sucos, sorvetes, passas e doces em calda é muito apreciado.
A castanha, após a retirada do invólucro é torrada. E poderá ser embalada em latas, caixas ou vendidas a granel, simples ou salgadas.
[h2 type=”2″ width=””]O Caju e a Saúde[/h2]
Como adição a uma dieta saudável, podemos dizer que o pseudo fruto do caju é usado para dietas de perda de peso. Diminui o colesterol e é excelente antioxidante.
Na sua composição contém carboidratos, açúcares, cobre, fósforo, manganês, zinco , vitaminas do complexo B e vitamina C.