Atemoia: Polinização manual para ter mais frutos 

Annona atemoyaA polinização da atemoia apresenta alguns problemas, pois a parte feminina está madura e apta para a reprodução antes que as anteras soltem o pólen.

A polinização natural é feita por besouros, mas é considerada muito baixa, sendo então feita a polinização manual por pessoal treinado, o que é mais lento e mais caro, mas muito mais eficaz, atingindo cerca de 90% de resultado contra os 9% da polinização natural.

Em casa, usaremos um cotonete, passando delicadamente nas anteras e depois esfregando também levemente nos estigmas da flor.

Os tratos culturais são de controle de inços, principalmente.

O uso de mulching também é recomendado, usando materiais vegetais secos disponíveis na região.
Para o mulching em casa poderemos usar aparas de grama e folhas secas de árvores.

Poda de frutificação da Atemoia

 É desejável uma muda bem formada e para tal será necessário conduzir uma poda de formação. 

A inicial é feita na gema do ponteiro para desenvolver as gemais que ficam abaixo, depois em ramos, deixando quatro ramos principais com orientação no sentido dos pontos cardeais Norte-Sul, Leste e Oeste.

As gemas dos ponteiros destes ramos também são eliminadas, o que incentiva as brotações laterais.
Para incentivar maior produção de frutos, a poda de frutificação é feita na ponta dos ramos, onde começa a diminuir o lenho e a casca começa a ficar mais verde.
Na ocasião é feito também o raleio da folhagem de forma leve, deixando o suficiente para a fotossíntese e os produtos do metabolismo da planta.

Não esquecer que poda de ramos implica em menor área vegetal, portanto é aconselhável adubar para fortalecer a muda.

Colheita

A colheita é feita com o fruto ainda não totalmente maduro, para evitar seu amadurecimento que é rápido.

Em cultivo caseiro será melhor permitir que amadureça no pé. Um fruto de sabor delicado, doce, com alto teor de proteínas, cálcio e potássio e que ainda é pouco procurado.
O mercado consumidor no Brasil fica nas Regiões de Sul e Sudeste, podendo ser incentivado seu consumo com mais propaganda sobre ele.

Fonte de pesquisa:  Boletim, IAC, 200, 1998
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Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.