O estresse que todos conhecemos é um sinalizador do limite do ser humano diante de uma situação adversa.
Pressão no trabalho, problemas domésticos, sobrevivência! Na vida de hoje todos estamos sujeitos a ficar estressados em algum momento! [clear]
[h2 type=”2″ width=””]Estresse Pós-Traumático[/h2]
O estresse pós-traumático é um distúrbio da ansiedade causado pela exposição a uma situação traumática avassaladora, no qual o indivíduo, posteriormente, vivencia repetidamente a situação.
As situações que ameaçam a vida ou que lesam gravemente um indivíduo podem afetá-lo durante muito tempo após a sua ocorrência.
O medo intenso, o desamparo ou o terror podem tornar-se uma obsessão. A situação traumática é repetidamente revivida, geralmente em pesadelos ou em imagens que vêm à memória (flashbacks).
O indivíduo evita constantemente as coisas que fazem com que ele recorde do traumatismo. Algumas vezes, os sintomas manifestam-se apenas muitos meses ou inclusive anos após o evento traumático.
O indivíduo apresenta uma redução de sua capacidade geral de reação e sintomas de hiperreatividade (como a dificuldade para conciliar o sono ou assustar-se com facilidade). Os sintomas de depressão são comuns.
O estresse pós-traumático afeta pelo menos 1% das pessoas durante a vida.
Os indivíduos de alto risco (p.ex., veteranos de guerra e vítimas de estupro ou de outros atos violentos) apresentam uma maior incidência.
O estresse pós-traumático crônico não desaparece, mas, freqüentemente, torna-se menos intenso com o passar do tempo, mesmo sem tratamento.
No entanto, alguns indivíduos permanecem indevidamente marcados por esse distúrbio.
Tratamento
O tratamento do estresse pós-traumático inclui a terapia comportamental, a terapia medicamentosa e a psicoterapia.
Na terapia comportamental, o paciente é exposto a situações que podem desencadear recordações da experiência dolorosa.
Após um aumento inicial do mal- estar, a terapia comportamental geralmente diminui o sofrimento do indivíduo.
A contenção dos rituais, como o lavar-se excessivamente para sentir-se limpo após haver sofrido uma violência sexual, também pode ser útil.
Os medicamentos antidepressivos e ansiolíticos parecem ser úteis.
A psicoterapia de apoio tem um papel particularmente importante porque freqüentemente, o indivíduo apresenta uma ansiedade intensa em relação à recordação dos eventos traumáticos.
O terapeuta demonstra uma empatia franca e reconhece de modo simpático a dor psicológica do indivíduo.
Ele confirma ao indivíduo que a sua reação é normal, mas o estimula a encarar suas recordações durante a terapia comportamental dessensibilizante.
Também lhe é ensinado como controlar a ansiedade, o que o ajuda a modular e integrar as recordações dolorosas em sua personalidade.
Os indivíduos com estresse pós-traumático freqüentemente sentem-se culpados.
Por exemplo, eles podem crer que se comportaram de forma inaceitavelmente agressiva e destrutiva durante o combate ou podem ter vivenciado uma experiência traumática na qual familiares ou amigos morreram e sentem culpa por terem sobrevivido.
Se este for o caso, a psicoterapia orientada para a introspecção pode ajudar os indivíduos a compreender a razão pela qual eles estão se punindo e pode ajudá-los a eliminar os sentimentos de culpa.
Essa técnica psicoterapêutica pode ser necessária para auxiliar o indivíduo a recuperar memórias traumáticas fundamentais que haviam sido reprimidas, de modo que elas possam ser trabalhadas de forma construtiva.