A gastroplastia, também conhecida como cirurgia bariátrica ou redução do estômago, é indicada para pessoas com IMC (índice de massa corporal) acima de 40. Ou entre 35 e 39, associado a condições como pré-diabetes, síndrome dos ovários policísticos, apneia do sono e outras comorbidades. Veja a seguir se ela é a saída para você.
Indivíduos que ainda não estão na faixa da obesidade mórbida podem recorrer à cirurgia. Desde que já apresentem problemas que indiquem que o excesso de peso está comprometendo sua saúde.
Esta é uma informação importante, porque muitas pessoas que podem se beneficiar da cirurgia pensam que apenas os muito gordos devem se submeter a ela. O que é um mito, pois obesos muito severos precisam perder um pouco de peso para garantir a segurança do procedimento.
[h2 type=”2″ width=””]A Obesidade é uma Doença sem Cura[/h2]
O caminho a ser percorrido até a operação é longo e envolve uma equipe multidisciplinar de médicos. Ela avalia se o procedimento é verdadeiramente a melhor saída para o candidato.
Os especialistas concordam que, em muitos casos, a obesidade é uma doença que ainda não tem cura.
Para essas pessoas, a fórmula “dieta e exercícios” não é eficaz para a eliminação da gordura e a manutenção do peso ideal.
Muitos sofrem com o famoso efeito sanfona, recuperando todo o peso perdido e acumulando outros mais.
Outros, por questões metabólicas, sentem muita fome. E, por diversos motivos, não podem tomar remédios que os auxiliem na supressão da mesma.
Nestes casos, emagrecer clinicamente se torna muito difícil.
[h2 type=”2″ width=””]Etapas Até a Cirurgia Bariátrica[/h2]
O ponto de partida é conversar com um endocrinologista. Ele pedirá alguns exames e, com base neles, descobrirá se o excesso de peso tem causa hormonal e se pode ser corrigido com tratamento.
Se não for o caso, e dependendo do histórico do paciente, ele poderá julgar que a gastroplastia é a saída correta. Então, ele redigirá um laudo com a indicação para um cirurgião especializado nesse tipo de cirurgia.
O cirurgião poderá ser indicado pelo próprio endocrinologista ou por alguém da confiança do candidato ao procedimento.
Muitas vezes, no entanto, os pacientes recorrem diretamente a profissionais listados pelos planos de saúde. Isso porque o procedimento pode custar até R$40 mil.
A primeira consulta é marcada com o próprio cirurgião. Ele recebe a indicação do endocrinologista e prescreve outros exames que visam avaliar as condições de saúde do candidato.
O paciente é, então, encaminhado a um nutricionista. Ele corrigirá hábitos alimentares e até mesmo indicará um regime pré-operatório que melhore as condições de saúde do indivíduo.
A visita a um psicólogo também é obrigatória. O profissional ajudará o candidato a assimilar a grande mudança de vida que a gastroplastia representa. Ou avaliar se aquele candidato está psicologicamente pronto para ela.
Após pelo menos dois encontros com cada profissional, nutricionista e psicólogo redigem seus laudos e encaminham ao cirurgião.
[h2 type=”2″ width=””]Planejando a Cirurgia[/h2]
Com os resultados dos exames em mãos, é hora de falar para valer sobre a cirurgia. Qual a técnica que será empregada, como será o processo de recuperação, as metas da perda de peso.
A data é finalmente marcada e uma visita ao anestesista é realizada. Lá, mais esclarecimentos serão dados ao paciente.
O entendimento que o tratamento cirúrgico é muito mais do que operar permite a maior participação de nutricionistas, nutrólogos, psicólogos, psiquiatras, educadores físicos e outros profissionais da saúde.
Essa atuação conjunta evita complicações cirúrgicas imediatas e tardias, obtém resultados satisfatórios e abre caminho para o treinamento mais qualificado da equipe cirúrgica. – Site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
[h2 type=”2″ width=””]Gastroplastia É um Desafio Forte[/h2]
Acima de tudo, o candidato deve ter muita força de vontade – a mesma exigida de qualquer um durante os regimes normais.
Apesar da ausência de fome pós-cirúrgica, desafios como o desejo por antigos alimentos e grandes porções continua.
As fases de dieta líquida (15 a 20 dias após o procedimento) e em seguida pastosa são as de maior perda de peso, mas também de desafios psicológicos.
É ali que o paciente entende para valer a grande mudança que está em curso, e deve seguir à risca todas as recomendações e consultas médicas.
Depois de perdido todo o peso, avalia-se a necessidade de cirurgias plásticas corretivas.
A cirurgia bariátrica não é uma saída fácil como muitos pensam. Ela é para os fortes!
Mas é eficiente, praticamente indolor e compensa.