As doenças sexualmente transmissíveis (DST ou doenças venéreas) são infecções que são freqüentemente, se não sempre, transmitidas de pessoa a pessoa através do contato sexual.
Como a atividade sexual provê uma oportunidade fácil para os microrganismos encontrarem novos hospedeiros, uma grande variedade de microrganismos infecciosos pode ser disseminada através do contato sexual.
Eles variam desde vírus microscópicos (p.ex., o vírus da imunodeficiência humana) até insetos macroscópicos (p.ex., o piolho pubiano ou chato).
A transmissão de algumas doenças sexualmente transmissíveis não depende de penetração genital.
Embora essas doenças normalmente sejam decorrentes da prática do sexo vaginal, oral ou anal com um parceiro infectado, elas algumas vezes podem ser transmitidas através do beijo ou do contato corpóreo íntimo.
Os agentes de determinadas doenças sexualmente transmissíveis podem ser transmitidos através da água, dos alimentos, de transfusões de sangue, de instrumentos médicos contaminados ou de agulhas utilizadas por usuários de drogas injetáveis.
– Incidência
As doenças sexualmente transmissíveis encontram- se entre as infecções mais comuns do mundo.
Nos países ocidentais, o número de indivíduos com essas doenças aumentou continuamente a partir da década de 1950 até a década de 1970, mas acabou se estabilizando na década de 1980.
Contudo, no fim da década de 1990, o número de indivíduos afetados por doenças sexualmente transmissíveis começou novamente a aumentar em muitos países, sobretudo pela sífilis e pela blenorragia (gonorréia).
Anualmente, mais de 250 milhões de indivíduos em todo o mundo (quase 3 milhões nos Estados Unidos) são infectados pela gonorréia.
Em relação à sífilis, os números são de 50 milhões em todo o mundo e de 400 mil nos Estados Unidos.
Outras doenças sexualmente transmissíveis, como a tricomoníase e o herpes genital, são provavelmente mais comuns, mas, como elas não são de notificação obrigatória, os números disponíveis são menos confiáveis.
Atualmente, os tratamentos podem curar rapidamente a maioria das doenças sexualmente transmissíveis, impedindo que elas se disseminem.
Entretanto, um número de novas variedades ou de variedades antigas resistentes aos medicamentos disseminou-se rapidamente, em parte devido ao transporte aéreo.
Esta mobilidade foi parcialmente responsável pela rápida disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV), o qual é o causador da AIDS.
O controle das doenças sexualmente transmissíveis depende da promoção de práticas de sexo seguro e da oferta de condições médicas de boa qualidade para seu diagnóstico e tratamento.
É fundamental a educação da população sobre como evitar a disseminação deste tipo de doença, especialmente pelo incentivo ao uso da camisinha.
Um outro aspecto do controle de algumas doenças é o rastreamento dos contatos.
Os profissionais da saúde tentam rastrear e tratar todos os contatos sexuais de um indivíduo infectado.
Os indivíduos tratados são reexaminados para se assegurar que eles foram curados.