O pânico é uma ansiedade aguda e extrema, que é acompanhada por sintomas fisiológicos.

As crises de pânico podem ocorrer em qualquer distúrbio da ansiedade, geralmente em resposta a uma situação específica relacionada às principais características da ansiedade.

Por exemplo, um indivíduo com fobia a cobras pode entrar em pânico quando depara-se com uma. No entanto, essas situações de pânico diferem das crises espontâneas, não provocadas, e são as que definem o problema de um pânico patológico.

As crises de pânico são comuns e mais de um terço dos indivíduos as apresentam cada ano.

As mulheres apresentam uma probabilidade de duas a três vezes maior de apresentar esse tipo de crise.

Os distúrbios do pânico são incomuns e afetam menos de 1% da população.
Geralmente, o pânico patológico inicia no final da adolescência e início da vida adulta.

Sintomas de uma Crise de Pânico

Uma crise de pânico implica no súbito surgimento de no mínimo quatro dos sintomas a seguir.

• Falta de ar ou sensação de asfixia
• Tontura, instabilidade ou desmaio
• Palpitações ou aumento da freqüência cardíaca
• Tremor ou agitação
• Sudorese
• Sufocação
• Náusea, dor de estômago ou diarréia
• Sensação de irrealidade, estranheza ou distanciamento do ambiente
• Sensações de dormência ou formigamento
• Rubor ou calafrios
• Dor ou desconforto torácico
• Medo de morrer
• Medo de “enlouquecer” ou de perder o controle

 

Medicamentos Ansiolíticos:
Alívio para Muitos Sintomas

Os medicamentos que combatem a ansiedade, também denominados ansiolíticos, sedativos e tranqüilizantes, visam eliminar os sintomas da ansiedade.

Muitos deles produzem relaxamento muscular, reduzem a tensão, são úteis no caso de insônia e, conseqüentemente, provêem um alívio temporário quando a ansiedade limita a capacidade de enfrentar os desafios do dia-a-dia.

Vários tipos de medicamentos são utilizados para aliviar a ansiedade; os denominados benzodiazepínicos são os mais comuns.
Eles têm efeitos ansiolíticos gerais, promovem o relaxamento mental e físico através da redução da atividade nervosa cerebral.
No entanto, o uso dos benzodiazepínicos pode acarretar dependência física e, portanto, eles devem ser utilizados com cuidado por aqueles que apresentam ou apresentaram problema de dependência alcóolica.

São exemplos de benzodiazepínicos o alprazolam, o clordiazepóxido, o diazepam, o flurazepam, o lorazepam, o oxazepam, o temazepam e o triazolam.

Antes da descoberta dos benzodiazepínicos, os barbitúricos eram os medicamentos de escolha para o tratamento da ansiedade.
Contudo, a possibilidade de uso abusivo dos barbitúricos é elevada, os problemas de abstinência são comuns e no caso de dose excessiva ou ingestão proposital de uma quantidade excessiva, os barbitúricos, apresentam maior probabilidade de serem letais que os benzodiazepínicos.
Por essas razões, os barbitúricos raramente são prescritos para os distúrbios da ansiedade.

Uma droga ansiolítica denominada buspirona não apresenta afinidade química ou farmacológica com os benzodiazepínicos ou outros medicamentos ansiolíticos.

Não se sabe como a buspirona atua, mas ela não causa sedação e nem interage com o álcool.
Entretanto, como a buspirona pode levar duas semanas ou mais para produzir os seus efeitos ansiolíticos, ela somente é útil para os indivíduos com ansiedade generalizada e não para aqueles com ansiedade aguda e intermitente.
Algumas vezes, os medicamentos antidepressivos também são prescritos para os distúrbios da ansiedade.

Diferentes tipos de antidepressivos podem ser usados deste modo, incluindo os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (p.ex., fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina), os inibidores da monoamino oxidase (p.ex., fenelzina, tranilcipromina) e os antidepressivos tricíclicos (p.ex., amitriptilina, amoxapina, clomipramina, imipramina, nortriptilina, protriptilina).

Os antidepressivos podem ajudar a diminuir as características primordiais de alguns distúrbios como, por exemplo, as obsessões e as compulsões no distúrbio obsessivo-compulsivo ou o pânico no distúrbio de pânico.

Embora os antidepressivos não causem dependência física, muitos deles apresentam efeitos adversos importantes.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina são particularmente bem tolerados.
Alguns medicamentos ansiolíticos podem ser tomados uma vez por dia, enquanto outros exigem várias doses diárias.

A maioria dos pacientes tolera bem os medicamentos ansiolíticos, mas a escolha do medicamento e seu uso adequado exigem uma discussão entre o paciente e o médico.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas de uma crise de pânico (entre outros, falta de ar, tontura, aumento da freqüência cardíaca, sudorese, sufocação e dor no peito) atingem o máximo em dez minutos e, em geral, desaparecem em minutos; por essa razão, não podem ser observados pelo médico, excetuando-se o medo que o indivíduo apresenta de uma nova crise.

Como as crises de pânico freqüentemente são inesperadas ou ocorrem sem razão aparente, os indivíduos que as apresentam freqüentemente antecipam e preocupam-se com a possibilidade de uma nova crise – condição denominada ansiedade antecipatória – e evitam os locais onde eles apresentaram uma crise de pânico anteriormente.

Essa atitude de evitar locais é denominada agorafobia. Se a agorafobia for suficientemente intensa, o indivíduo poderá acabar confinando-se em sua casa.

Como os sintomas de uma crise de pânico envolvem muitos órgãos vitais, os indivíduos freqüentemente preocupam-se com o fato de poderem estar apresentando um problema médico perigoso envolvendo o coração, os pulmões ou o cérebro, e procuram a ajuda de um médico ou do serviço de emergência de um hospital.
Embora as crises de pânico sejam desconfortáveis (algumas vezes de modo extremo), elas não são perigosas.