Será que o amor romântico, da época dos trovadores, ainda tem vez nos dias de hoje? Talvez seja preciso ressignificar a palavra “romance” para relacionamentos mais satisfatórios e possíveis. A psicóloga Taís Gomes abre o assunto para uma reflexão cativante. Leia a seguir.[clear]
[h2 type=”2″ width=””]O Amor Romântico na Era Digital[/h2]
Mais um Dia dos Namorados! E as expectativas do amor romântico continuam, mesmo nos tempos de hoje. Ainda guardamos em nossos corações a imagem daquele amor ideal, com grandes e impactantes demonstrações. Como aprendemos nos filmes, que muitas vezes é onde aprendemos sobre amor.
Mas, afinal, o que seria um relacionamento amoroso , uma deliciosa história de amor nos nossos dias?
Atualmente, na era dos relacionamentos que se iniciam majoritariamente por aplicativos e site de relacionamentos. Onde os “encantados e encantadas” são encontrados através de pequenos resumos sobre quem são, gostos, atividades e, sobretudo, fotos onde a vida se mostra com as mais maravilhosas paisagens.
Contudo, no mundo presencial, a fantasia se desfaz tão rápido quanto inicia-se… Algumas das desilusões já tem até nome, como o “ghosting”, que é quando o príncipe, ou princesa, some logo após uma noite de bate-papo e conversas. Que geralmente não deixam dúvidas de que esse par é de almas-gêmeas!
[h2 type=”2″ width=””]O Que Fazer com a Desilusão[/h2]
No outro dia, e nos seguintes, existe apenas um desaparecimento súbito. Causando, além da frustração, uma desesperança em continuar na busca pelo amor. O que, obviamente, não é um bom motivo para a desistência.
O amor tem urgência. Se não em uma relação a dois (e nas outras diversas formas de existir), nas relações de encontro e intimidade do sujeito… consigo mesmo.
Continuem! Persistam! O amor sempre chega aos que estão de olhos atentos e mentes abertas para seus sinais, tantas vezes super sutis.
[h2 type=”2″ width=””]Reacendendo a Chama[/h2]
E os casais que já estão juntos? Como manter o amor romântico vivo, na urgência da vida moderna? É um pouco mais simples do que nossos anseios por manter uma grande labareda, que só pode ser alimentada por grandes atos de amor.
Ora, ora, o amor se constitui no dia a dia, nos pequenos atos de carinho e atenção, na resiliência que o relacionamento a dois nos ensina e demanda na vida cotidiana.
Nestes tempos onde o próprio tempo custa caro, a maior prova de amor é dar seu tempo ao outro. Dedicar tempo para o casal, perdoar as pequenas imperfeições do outro e ter mais consciência das nossas pequenas imperfeições também.
Apreciar cada pequeno gesto de mudança no parceiro. Ter tempo de olhar nos olhos. Segurar as mãos e perguntar, com sinceridade de quem quer saber de verdade como foi seu dia.
Inventar um novo hobbie para fazer juntos, de jardinagem a um curso sobre vinhos. Tantas coisas que nunca foram ditas e tanto brilho nos olhos para o parceiro podem surgir!
Talvez, mais potente que uma joia dada ao acaso ou um restaurante mais sofisticado, cria-se mais intimidade com um simples interesse em pedir que se conte alguma história da infância. Que o outro guarda no baú das memórias de afeto com tanto carinho.
Mesmo ainda que a história seja conhecida, sempre é bom ter olhos e ouvidos prontos e atentos amorosamente preparados para ouvir como se fosse a primeira vez!
Investir num relacionamento de anos, como se fosse investir pela primeira vez, traz um frescor e o frio na barriga como os dias do início. Isso tudo é sobre o quanto você ainda é capaz de investir alegria no ato de amar!
Continuem, não desistam! O amor continua valendo a pena! E para todos, todas, todes, um lindo Dia dos Namorados!
E se você estiver sozinho, não se acanhe! Vistam uma roupa confortável, prepare algo especial para o grande amor da sua vida: Você mesmo!
Taís Gomes
Psicóloga Clínica
CRP 05/56452
Instagram @taisgomespsicologa