O raio ou relâmpago é o fenômeno atmosférico mais espetacular oferecido pela natureza, mas também o mais aterrorizador que existe.

Ele tanto pode danificar equipamentos, e instalações elétricas, como também matar pessoas sem se quer atingi-las diretamente.

Fenômeno natural, o raio tem sido alvo de folclore e crendices populares e atemoriza até mesmo o mais intrépido ser humano pelo estrondo que provoca.
Os raios matam mais pessoas do que furacões ou tornados.
O Brasil tem sido recordista mundial em incidência por quilômetro quadrado, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) em parceria com a Nasa.

O Brasil sofre uma grande incidência de raios por ser o maior país tropical do mundo. É nos trópicos onde ocorrem as maiores tempestades do globo.
De acordo com o Inpe, os raios matam cerca de 200 pessoas por ano no Brasil.

O raio pode matar, atingindo diretamente as pessoas, iniciando incêndios e ceifando vidas.

Aqui você encontrará um pequeno resumo de procedimentos para se proteger, e proteger também edificações, equipamentos e instalações elétricas.

Onde cai e como se propaga


Ao procurar um caminho para sua descarga, o raio atinge pontos altos e mais pontiagudo, onde existe maior concentração de cargas.
Assim, ele pode cair próximo de um lugar várias vezes, contrariando o dito que diz “onde caiu um raio não cai outro”.
Os estragos provocados pela ação do raio são enormes, causando danos a uma área muito grande.raios na cidade

Nem todo raio vem pela rede elétrica . Ás vezes ele desce pela antena de TV, ou por outros caminhos como torres, árvores, etc.

O raio viaja por varais, rede telefônicas e cercas de arame, quando estas não são seccionadas e aterradas.
Os raios podem atingir prédios e casas por serem pontos altos. O mesmo ocorre com igrejas, chaminés, as torres de TV, árvores ou até uma casa no descampado.
Em tais situações a rede elétrica não tem nenhuma influência

Formas de proteção


Para a proteção das edificações, é necessária a utilização de outros tipos de pára-raios de acordo com a norma ABNT NBR 5419.

Um deles é o pára-raios tipo haste (conhecido como pára-raios Franklin) instalado no alto de edificações.
Este pára-raios oferece proteção para a edificação (ou parte dela) contida sob o cone de proteção cujo vértice encontra-se no topo da haste captora.

O que estiver dentro desse espaço estará protegido (método Franklin).
O Ângulo de proteção variará de acordo com o nível de proteção requerido, tipo de ocupação, valor do conteúdo, localização e altura da edificação.
A norma ABNT NBR 5419 fornece os detalhes da sua especificação.

O método Franklin não se aplica a todos os tipos de edificações, devendo ser utilizados outros métodos (eletrogeométrico, malha ou gaiola de Faraday), de acordo com a norma ABNT NBR 5419.
No caso de edificações maiores, acima de 60 metros, aplica-se somente o método da gaiola de Faraday.
Em quaisquer dos métodos utilizados deve sempre haver um adequado aterramento.

Pára-raios radioativos não proporcionam proteção adequada e sua utilização é proibida no Brasil.

Para antenas instaladas sobre as edificações, o suporte ou ponto de fixação da antena deve ser aterrado adequadamente.
Quando a antena não estiver localizada sobre a edificação, são necessários cuidados especiais, tais como aterramentos adicionais e instalação de blindagem.

O bom funcionamento dos pára-raios e a adequada proteção contra sobretensão estão associadas a um sistema de aterramento eficaz.
O tipo de aterramento e o número de eletrodos de terra (hastes de aterramento) a serem utilizados para assegurar a eficácia do aterramento dependem das características do solo.

Existem vários equipamentos para a proteção da sua rede de baixa tensão. Os mais comuns são os pára-raios de baixa tensão (varistores), supressores de surtos, que podem ser encontrados no comércio especializado.

Para o correto funcionamento desses equipamentos é necessário que sejam especificados adequadamente, que a sua rede elétrica seja bem aterrada e que o condutor neutro seja contínuo, bem dimensionado e com emendas bem feitas.
O bom aterramento (hastes, malha de terra, condutores de descida, etc.) é de responsabilidade do proprietário do imóvel.

Para equipamentos sensíveis como a televisão, existem outros tipos de proteção que são instalados nas tomadas.
Esses dispositivos são conhecidos como protetores contra surtos de tensão.
Computadores, aparelhos de fax, secretárias eletrônicas ou mesmo televisores, podem requerer uma proteção especial.
Para a atuação eficiente de qualquer dispositivo de proteção desses equipamentos, é necessário que o sistema de aterramento da sua instalação também seja eficiente.

No caso de um aterramento mal feito, os dispositivos podem não funcionar perfeitamente.

fontes:Defesa Civil  do R. J. /  Cemig