A decoração afetiva é a classificação que se dá para as variadas formas de tornar nossas próprias casas um refúgio dentro do estresse dos grandes centros urbanos. Essa tendência começou há poucos anos mas, ao invés de sair de moda, está se aprofundando cada vez mais – principalmente com a pandemia da covid-19. Com isso, novidades estão sempre surgindo.[clear]
Convidamos você a passear por novas maneiras de trazer ainda mais conforto e pessoalidade para dentro de casa.
[h2 type=”2″ width=””]O Design Emocional e a Decoração Afetiva[/h2]
Sim, já existe essa classificação no mercado de trabalho de decoradores e arquitetos: o de designer emocional.
Ele não se resume apenas à área do morar. Está presente em diversas manifestações de nosso estilo de vida: aprender a fazer aquela comidinha caseira, costurar as próprias roupas, dedicar-se a atividades que dão prazer, como as artísticas.
Com a covid-19 tudo isso se intensificou. E como essas mudanças tendem a se estabelecer no chamado “novo normal”, são modas que vieram para ficar.
Exemplos mais conhecidos são os da urban jungle, que traz a jardinagem para dentro de casas e apartamentos e o cantinho zen, destinado aos momentos de sossego, leitura, meditação, autoconhecimento.
O resgate do étnico e do primitivismo também denuncia o amor à pátria e a valorização dos povos da terra e sabedorias ancestrais.
Embora esses exemplos pareçam normais para nós, é sempre bom lembrar que a decoração de interiores quase sempre se apoiou na estética acima do conforto.
Ao invés de seguirmos cegamente as propostas de decoração das revistas, estamos personalizando nossos espaços. Trazemos nossa fé para um pequeno altar num lugarzinho vazio, futons para salas onde praticamos yoga, nossos jardins para perto da janela – até mesmo nosso café.
[h2 type=”2″ width=””]A Decoração Afetiva Já Está Entre Nós[/h2]
O estilo escandinavo de decoração, que há anos baseia outras sub-tendências como a Japandi e muitas outras, é um dos melhores exemplos de decoração afetiva.
Talvez porque países como a Dinamarca é medalha de prata no ranking mundial dos países mais felizes. Mesmo localizado numa parte tão fria e cinzenta do planeta.
Eles foram os primeiros a tornar seus lares, grande refúgios, em espaços mais aconchegantes, quentes. E que também funcionam como ponto de encontro de familiares e amigos.
Daí a alta dos espaços integrados, tais como cozinhas gourmet e a casa nua, com os ambientes mais integrados possível. Isso é especialmente verdade quando o imóvel não é tão grande, já que os convidados poderão se espalhar por diferentes cômodos e ainda continuar interagindo juntos.
Móveis herdados de algum membro da família, cheios de história, também são muito valorizados. A decoração baseada em brechós e antiquários também é afetiva.
Produzir espaços usando souvenires de lugares já visitados é outra maneira emocional de decorar.
[h2 type=”2″ width=””]Um Minimalismo que Significa Muito[/h2]
Outro aspecto que está ligado ao afetivo é, curiosamente, o minimalismo: a capacidade de só ter o que realmente tem valor ou necessidade prática para você.
Esse elegante desapego tem pautado até mesmo a vida dos milhonários do Vale do Silício e de cada vez mais celebridades. A juventude Millennial exemplifica muito bem essa tendência.
A tônica é “viajar leve” pela vida. Como a possibilidade de mudança de endereço é mais frequente entre os mais jovens, seja por trabalho ou mudança de estilo de vida, eles não investem em muitos itens de valor.
Apenas roupas e móveis essenciais, já que a experiência é mais importante do que as posses. Só fica o que realmente mora no coração.
Casas e apartamentos menores, ou compartilhados com outras pessoas, estão sendo escolhidos no lugar dos grandes. O aluguel, compromisso temporário de moradia e muitas vezes a única possibilidade financeira, é a preferência.
Quem tem a sorte de contar com um parente que possui imóvel próprio, a ideia é se juntar a eles e viver em família. Em caso de herança, ao invés de vendê-lo, reforma-se e vive-se nele.