Bombas d'água

Escorvamento

Escorvar uma bomba é encher de líquido sua carcaça e toda a tubulação de sucção, de modo que ela entre em funcionamento sem possibilidade de bolhas de ar em seu interior.

No caso de bombas com sucção positiva este escorvamento é mantido com a utilização das válvulas de pé, principalmente em sucções com diâmetros inferiores a 400mm, sendo o enchimento executado através do copo de enchimento para pequenas bombas e de by pass na válvula de retenção no recalque.

Cavitação

Chama-se de cavitação o fenômeno que decorre, nos casos em estudo, da ebulição da água no interior dos condutos, quando as condições de pressão caem a valores inferiores a pressão de vaporização.

No interior das bombas, no deslocamento das pás, ocorrem inevitavelmente rarefações no líquido, isto é, pressões reduzidas devidas à própria natureza do escoamento ou ao movimento de impulsão recebido pelo líquido, tornando possível a ocorrência do fenômeno e, isto acontecendo, formar-se-ão bolhas de vapor prejudiciais ao seu funcionamento, caso a pressão do líquido na linha de sucção caia abaixo da pressão de vapor (ou tensão de vapor) originando bolsas de ar que são arrastadas pelo fluxo.

Estas bolhas de ar desaparecem bruscamente condensando-se, quando alcançam zonas de altas pressões em seu caminho através da bomba. Como esta passagem gasoso-líquido é brusca, o líquido alcança a superfície do rotor em alta velocidade, produzindo ondas de alta pressão em áreas reduzidas.

Estas pressões podem ultrapassar a resistência à tração do metal e arrancar progressivamente partículas superficiais do rotor, inutilizando-o com o tempo.

Quando ocorre a cavitação são ouvidos ruídos e vibrações característicos e quanto maior for a bomba, maiores serão estes efeitos. Além de provocar o desgaste progressivo até a deformação irreversível dos rotores e das paredes internas da bomba, simultaneamente esta apresentará uma progressiva queda de rendimento, caso o problema não seja corrigido.

Nas bombas a cavitação geralmente ocorre por altura inadequada da sucção (problema geométrico), por velocidades de escoamento excessivas (problema hidráulico) ou por escorvamento incorreto (problema operacional).

Seguir as instruções recomendadas pelos fabricantes dos equipamentos quanta a sua instalação, operação e manutenção é essencial para um bom desempenho e garantia técnica

 Bomba funciona mas não há recalque

– Vazão e/ou pressão nulas ou insuficientes

– A canalização de sucção e a bomba não estão completamente cheias

– Profundidade de sucção elevada (maior do que 8 mca ao nível do mar);

– Entrada de ar pela canalização de sucção;

– Válvula de pé presa, parcial ou totalmente entupida, ou sub-dimensionada;

– Motor com sentido de rotação invertido;

– Altura de recalque maior do que aquela para a qual a bomba foi dimensionada;

– Canalização de sucção e recalque de pequeno diâmetro ou obstruída;

– Rotor da bomba furado ou entupido;

– Vedações da bomba defeituosas provocando entrada de ar;

– Corpo da bomba furado ou entupido;

– Selo mecânico com vazamento;

– Viscosidade ou peso específico do líquido diferente do indicado.

Bomba deixa gradativamente de jogar água

– Profundidade de sucção elevada (maior do que 8 mca para altitudes ao nível do mar)

– Entrada de ar pela tubulação de sucção ou pela válvula de pé (nível de água muito baixo)

– Nos sistemas de circuito fechado quando a tubulação de retorno da água cai em cima ou próxima da tubulação de sucção ocorrendo a formação de bolhas de ar.

– Selo mecânico com vazamento

– Tubulação de sucção com vazamentos

– Líquido bombeado contendo ar