Nesse post você vai ler com freqüência a palavra upcycling. Com o objetivo de aprender sobre reciclagem de roupas e uso de retalhos de tecidos para criação de novas peças e acessórios.[clear]
[h3 type=”2″]Upcycling Para Reduzir Desperdício[/h3]O número estimado anual de retalhos no Brasil gira em torno de 170 mil toneladas.
Noventa por cento desse material é descartado em aterros, o que gera um enorme problema para o meio ambiente.
Em 2010 foi criada a Lei de Política de Resíduos Sólidos , na qual as empresas devem dar um destino correto aos mesmos.
A partir disto, muitos estilistas ao redor do mundo passaram a utiilizar o upcycling na moda para se fazer novos produtos.
A criação se dá a partir do descarte da indústria de fabricação em massa da moda, sobretudo as fast fashions, responsáveis por toneladas de resíduos na produção de vestuário.
[h2 type=”2″ width=””]O Japão investe em upcycling na moda há 150 anos, aproximadamente.[/h2]
Lá a técnica é chamada de “borô”, que refere-se ao reuso de tecidos desgastados ou velhos.
O foco é usar a peça até o final de sua vida.
Cria-se uma nova peça a partir de vários retalhos de tecidos, que separadamente não teriam nenhuma utilidade.
Surgido por necessidade, faz com que cada peça conte uma história única.
Era comum que uma peça nascesse como um quimono, se tornasse uma roupa de dia a dia, depois uma fronha de travesseiro, capa de almofada, até que finalmente terminasse seu ciclo de vida útil como um pano de chão.
O Japão já há muito tempo tem a consciência da importância da moda sustentável.
[h2 type=”2″ width=””]Como conseguir retalhos ou descartes[/h2]
Para conseguir peças usadas ou retalhos de tecidos a partir de doação, procure pelas empresas do ramo na sua região.
A prática vem sendo cada vez mais comum, é bom para a empresa e para a pessoa que precisa de retalhos.
Venda de sobras ou retalhos de tecido: algumas empresas que tem retalhos em tamanhos maiores, colocam à venda esses materiais. Os interessados compram e produzem novos produtos reciclados.
No caso de interesse por paraquedas ou velas de barco, por exemplo, vá até os locais onde é possível obtê-los, como Clubes Náuticos e Centros de Paraquedismo
[h2 type=”2″ width=””]Algumas Marcas que Trabalham com Resíduos Têxteis[/h2]
As amigas Adriana ( publicitária) e Itiana (estilista) queriam um negócio que não gerasse mais poluição ao meio ambiente e viram uma possibilidade a partir de tecidos de guarda-chuvas que são descartados por terem estragado.
O que viraria lixo, transformou-se em moda. O guarda-chuva vem de uma cooperativa de catadores, já a confecção das roupas é feita por uma cooperativa de costureiras, num propósito de trabalho com impacto social.
Outra iniciativa das amigas é o retorno da peça no final de sua vida útil, ou seja, quando a pessoa que adquiriu o produto quiser descartá-lo,basta levá-lo para a marca com a finalidade de dar um destino correto.
A Revoada calculada já ter aproveitado 10 mil unidades de guarda-chuvas.[clear]
Desenvolvido pela publicitária Laís, que sempre gostou de inventar coisas, a marca produz bichos de tecido com formas geométricas.
São feitas de sobras de tecido 100% algodão que seriam descartados.
Os brinquedos são feitos artesanalmente. Cada brinquedo é único e exclusivo.[clear]
Marca da designer de moda, Mirella Rodrigues, que cria roupas a partir de calças jeans descartadas.
A escolha pelo material é em função de sua resistência e durabilidade.
O processo produtivo busca causar o menor impacto ambiental e um impacto social positivo para as pessoas envolvidas na produção.[clear]
Luana e Michelle são os nomes por detrás da marca, que tem referências multiculturais.Misturam estampas e investem em cor.
Todas as peças são produzidas a mão e a matéria prima principal são tecidos de estofaria que seriam descartados por empresas especializadas nesse segmento.
Além disto, todos os produtos são exclusivos.[clear]
Gabriela busca transformar roupas que já existem no guarda – roupa dos clientes ou que seriam descartadas em novas roupas.
Paralelamente, aproveita finais de rolos de tecidos, os quais costumam ser jogados fora pelas confecções.
Os projetos buscam gerar renda para grupos produtivos em situação de vulnerabilidade social.[clear]
Barbara Mattivy começou a marca com o objetivo de reaproveitar roupas vintage de seu antigo brechó.
A Insecta produz sapatos e acessórios com algodão reciclado, peças de roupas usadas e resíduos de tecidos que seriam jogados fora.[clear]
Das irmãs Lívia e Mariana, com pegada upcycling na moda..
A coleção Voa tem peças desenvolvidas a partir de tecidos de paraquedas – que possuem um tempo de vida útil em função da segurança dos paraquedistas.
Uma forma colorida e confortável de dar novo destino aos paraquedas sem uso.[clear]
Das amigas Amanda e Petula, trabalham com resíduos do couro calçadista.
A partir de garimpo nos curtumes do Sul, os materiais são selecionados e depois transformados manualmente em vestimenta para o corpo e a casa.[clear]
Desenvolvida por Vera Queiroz, o DNA da marca vem do reaproveitamento de velas de barco que estavam em galpões, containers ou que chegaram ao limite de tempo de uso nas embarcações.
São bolsas, cadeiras e luminárias.
Os produtos da My Boat vem com uma etiqueta de identificação que traz o resumo do tipo de barco, a vela da qual foi feita.[clear]
Da estilista Yasmine Sterea, a marca cria roupas a partir de resíduos têxteis, brechós e artesanato.
As peças são ressignificadas por mulheres artesãs de comunidades e cooperativas espalhadas pelo Brasil.
Atualmente, a Free Free fechou parceria com a Riachuelo numa ação de duas mil peças, já à venda no e-commerce da loja.
O upcycling é a arte de transformar!