Os escorpiões procuram alimento durante a noite e freqüentemente penetram nas residências humanas, onde se instalam sem serem notados, pois durante o dia “desaparecem” em esconderijos escuros e úmidos.

Para capturar alimento e para defesa utilizam-se do ferrão venenoso.

Os escorpiões proliferam sob pedras, frestas de pedras e barrancos, debaixo de cascas de árvores, em paredes e muros mal rebocados, madeira empilhada, entulhos, caixas de gordura, ralos, forros, etc. Gostam muito de umidade, pouca luz e insetos em abundância (principalmente baratas).

No Brasil entre varias espécies encontramos com muita freqüência o “escorpião-amarelo” (Tityus serrulatus), que é considerado o escorpião mais perigoso da América do Sul.

É muito importante comunicar o Centro de Municipal de Controle de Zoonoses – órgão responsável pela prevenção de acidentes, inspeção e capturas de insetos – assim que a presença de escorpiões for notada.

Como prevenir acidentes com escorpiões

Locais com acúmulo de entulho e lixo são, geralmente, relacionados à presença de insetos e pragas dos mais diversos tipos. Além de vetores de doenças, como as baratas, existem insetos que causam problemas imediatos, podendo levar a pessoa à morte. É o caso dos escorpiões.

De acordo com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), nas cidades, os escorpiões surgem em edifícios comerciais e residenciais, armazéns, lojas, madeireiras, depósitos e outros, por meio, principalmente, de instalações elétricas e esgotos.

Segundo a Fiocruz, apesar de sensíveis aos inseticidas aplicados diretamente sobre eles, os escorpiões não são facilmente eliminados por meio das desinsetizações habituais, por conta de algumas características de seu comportamento.
Com a capacidade de permanecer longos períodos sem se alimentar, podem ficar escondidos de dois a três meses sem se movimentar, o que dificulta sua exposição aos locais onde as aplicações são, geralmente, realizadas.

– Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades;

– Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e as) junto a paredes e muros das construções. Manter a grama aparada;

– Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, numa faixa mínima de um a dois metros das casas;

– Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;

– Não por as mãos em buracos sob pedras e em troncos podres. É comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha férrea;

– Usar calçados e luvas de raspas de couro;

– Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos destes animais apresentam hábitos noturnos;

– Usar telas em ralos de chão, pias e tanques;

– Combater a proliferação de insetos, alimento principal dos escorpiões;

– Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vão entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas;

– Afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem-se ao chão. Não pendurar roupas nas paredes;

– Examinar camisas, blusas e calças antes de vestir. Inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los;

– Acondicionar lixo domiciliar em recipientes que possam ser mantidos fechados para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os escorpiões;

– Preservar os inimigos naturais: aves de hábitos noturnos – coruja, joão-bobo, lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, quatis, etc. (na zona rural).