Apesar do nosso extenso litoral, o Brasil é o segundo maior mercado de piscinas do mundo. Isto significa que o brasileiro – seja ele pessoa física, clubes ou academias – aprecia e investe no que há de melhor no assunto.[clear]
Estima-se que existam cerca de 1,8 milhão de piscinas no país. Cerca de 70 mil são construídas anualmente, sendo 80% delas para uso particular.
A última tendência do setor são as chamadas piscinas ecológicas: elas utilizam sistemas de purificação que reduzem drasticamente a utilização do cloro, que é uma exigência legal no Brasil.
Essas piscinas possuem diferentes sistemas de purificação da água e são classificadas em salinizadas, ionizadas e naturais.
O maior trunfo das piscinas ecológicas é a eliminação de problemas típicos provenientes do modelo convencional da água com cloro: inflamações de olhos e ouvidos, ressecamento da pele e dos cabelos e agravamento de alergias como a rinite.
[h2 type=”2″ width=””]Piscinas Salinizadas[/h2]
A princípio toda piscina tratada com cloro é salinizada, já que todo cloro, seja ele estabilizado, granulado ou gasoso, se decompõe em sal após reagir na água.
No entanto as verdadeiras piscinas salinizadas, ou piscinas de água salgada, são tratadas com base no cloreto de sódio (o sal de cozinha), dispensando produtos químicos comuns como os cloros anteriormente citados, algicidas, soda cáustica, etc.
Clorificadores salinos convertem o sal num tipo de cloro orgânico, que destrói microorganismos nocivos provenientes do suor, da urina, oleosidades, fungos, bactérias e algas.
Sua maior desvantagem é a corrosão, que pode deteriorar peças de metal da própria piscina ou mobiliário que a circunda.
Além disso, uma piscina de água salgada não deverá ser aquecida, pois desta forma o sal gera cloro em excesso e o aquecedor pode ser corroído em poucos dias.
[h2 type=”2″ width=””]Sistema de Purificação por Ozônio[/h2]
Também conhecidas como piscinas ionizadas, este sistema de purificação agrega uma molécula de oxigênio a mais a cada molécula de água, formando assim o ozônio, que possui propriedades altamente desinfectantes.
Além disso, a água ainda é submetida à ação de lâmpadas especiais de luz ultravioleta, que reforçam sua esterilização.
Assim como acontece com o processo de salinização, a água ionizada combate microorganismos provenientes do suor, da urina, fezes, secreções, bactérias, algas, fungos, etc.Mas vai mais longe: além disso, elimina traços de bronzeadores, óleos, maquiagem; e, acima de tudo, destrói as chamadas cloraminas, que são substâncias produzidas a partir de reações do cloro com as impurezas da água.
As cloraminas são os agentes agravantes de alergias, inflamações e ardências típicas do uso de piscinas tradicionais de cloro.
No entanto, alguma quantidade de cloro tradicional ainda é obrigatória por lei.
[h2 type=”2″ width=””]Piscinas Biológicas[/h2]
Há ainda quem conte com os poderes regeneradores da natureza para piscina manter a piscina limpa, utilizando um compartimento de bactérias que digerem as impurezas da água, e plantas aquáticas que assimilam o nitrogênio produzido nesse processo.
Por fim, a mesma luz ultravioleta utilizada nas piscinas salinizadas completa o ciclo de higienização.
A piscina é projetada para acomodar as plantas aquáticas e garantir que a água circule por elas. As áreas para a vegetação e o banho são separadas.
Um exemplo de plantas utilizadas no sistema ecológico são os nenúfares, também conhecidos como ninfeias, mas a espécie adequada pode mudar dependendo do clima do lugar.
Não há custos de eletricidade provenientes desse modelo de piscina, já que a filtragem da água é completamente orgânica.
A vigilância sanitária, no entanto, exige que alguma quantidade de cloro seja utilizada, para evitar focos da dengue. A alternativa seria criar peixes na piscina, já que eles se alimentam de mosquitos e dos ovos depositados na água.