Existem muitas frentes de luta pela igualdade da mulher: no trabalho, nos afazeres domésticos, na criação de filhos, em seu direito de ir e vir sem ser importunada e muito mais. Se pararmos para pensar bem, quando elas trabalham em home office, vários desses aspectos podem se apresentar. Convidamos você a entender melhor por que isso acontece e como conseguir desenvolver uma carreira com tanta eficiência e oportunidade do que um homem na mesma situação.[clear]
[h2 type=”2″ width=””]O Desafio da Igualdade da Mulher no Mercado de Trabalho[/h2]
Nos últimos anos temos observado a ampliação dos papéis femininos na vida pública. Isso significa que elas estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e na política.
É claro que, como o feminismo, movimento que encabeça essas conquistas, é sobre mais opções, as mulheres em posições mais tradicionais, como mãe em tempo integral ou dona de casa, permanecem em lugares totalmente legítimos.
Estamos falando no avanço delas em outras esferas da sociedade, onde tradicionalmente as mulheres não participavam com força até cerca do século passado.
As mulheres que desejam trabalhar fora assim o fizeram, mesmo que encontrando mais dificuldades. Parte delas por conta da vida doméstica, da maternidade e também dos salários mais baixos que os dos homens, mesmo em cargos iguais.
Talvez se ela trabalhar em casa as coisas sejam mais fáceis, certo? Na verdade não: de forma um pouco diferente, ela continua enfrentando a maior parte dos desafios de trabalhar fora.
[h2 type=”2″ width=””]Desigualdades, Mesmo em Home Office[/h2]
E por que isso acontece? Porque, na verdade, o mundo foi feito pelo sexo masculino observando apenas o sexo masculino. O mercado de trabalho nunca foi realmente adaptado para os papéis femininos tradicionais.
Isso vem mudando com a aprovação de leis como a licença maternidade, e até mesmo a implementação de creches particulares em grandes empresas.
Talvez isso nos leve a pensar que, para mulheres casadas ou que são mães, o home office seja a grande solução. Mas, dependendo do entendimento do casal ou da família, isso pode não se refletir.
Pode, inclusive, pesar ainda mais na rotina dessa mulher.
Primeiro porque homens e as próprias mulheres ainda acreditam que o trabalho doméstico, como arrumar a casa e cozinhar, é um papel feminino. No caso das famílias, ainda existe uma ideia preemente de que a criação dos filhos é responsabilidade delas.
Enquanto essa mentalidade continuar, o trabalho feminino, seja em casa ou fora dela, vai continuar mal resolvido. Afinal, enquanto esse pensamento permanecer, a mulher vai continuar desempenhando duas ou três jornadas de trabalho por dia, enquanto o homem apenas uma.
A saber: a jornada doméstica, com todos os seus afazeres, e a profissional. Mulheres que possuem filhos, então, ainda lidarão com a saúde, conforto e educação das crianças. Já dos homens se espera, apenas, que ele cumpra seus deveres profissionais.
Em casa, dentro do regime de home office, a expectativa do companheiro e dos próprios filhos será o mesmo: a companheira ou mãe deve lidar com o universo doméstico e dos filhos – até porque ela está em casa. Logo, “não custa nada”.
[h2 type=”2″ width=””]Trazendo a Igualdade da Mulher para o Trabalho em Casa[/h2]
Tudo indica que um homem em home office e uma mulher que trabalha fora não teria as mesmas atribuições. Até porque, não importa o que o homem faça, emgeral sua profissão é visto como mais importante – logo, menos sujeito a interrupções para passar roupas ou dar banho nas crianças.
Diante desse cenário a chave para a igualdade da mulher está em sua capacidade de mobilizar os homens. É preciso que eles se conscientizem de que “ajudar em casa” ou “ajudar com os filhos” está longe de ser suficiente.
“Ajudar” não serve. A ideia é “dividir”. Dividir a louça para lavar, o preparo do jantar, o varrer do chão. Se alternar igualmente com a mãe para levar o filho ao médico, ligar para o pediatra, trocar as fraldas, buscar na porta da escola, ir à reunião de pais.
Então, sim, trabalhar em home office será uma questão de escolha, e não de obrigação, para a mulher.
A participação igualitária do homem na vida doméstica e dos filhos é, também, a chave para a equiparação de salários entre os gêneros. O maior argumento do mercado de trabalho para salários menores é porque as mulheres estariam menos presentes, ou concentradas, no emprego por causa de suas “obrigações” com a casa e com os filhos.
[h2 type=”2″ width=””]O Que Já está Mudando[/h2]
Se você pensa ser impossível que seu namorado ou marido passe a colaborar igualmente em casa, vale a pena observar os múltiplos programas de televisão e artigos de jornais e revistas que já falam sobre os lares e famílias onde a divisão é a ordem do dia.
Até porque os próprios homens estão começando a perceber que a vida é muito mais fácil quando suas companheiras e seus filhos contam com a atenção e participação deles em casa.
Muitos homens querem viver plenamente a paternidade e desejam um relacionamento mais saudável com suas companheiras. Aceitam com alegria os projetos de ampliação da licença paternidade.
Dividir as responsabilidades pode ser mais trabalhoso, mas sem dúvida evita muitas frustrações. O bem estar emocional que essa participação ativa causa se reflete em paz de espírito e uma vida interior muito mais satisfatória.
Vale a pena tentar!