Como preparar seu terreno com solarização
É uma técnica que deve ser feita no verão e para os Estados com regimes de chuva definidas, na época da seca.
1. Separar a porção do canteiro onde será feita a solarização.
2. Preparar o canteiro retirando plantas, pedras, tocos.
Já poderá deixar preparado para plantio, isto é, adicionando composto orgânico, adubos animais curtidos, calcáreo e rocha fosfatada, nas quantidades necessárias a cada cultura, com prévia análise de solos se a produção for horta comercial.
Para hortas caseiras, usar cerca de 3 kg/m2 de adubo animal de curral bem curtido com composto curtido de folhas, misturando e nivelando, não deixar bolsões de ar.
Nivelar com rastelo (ancinho).
3. Regar, encharcando a terra com água.
Colocação do plástico de polietileno transparente
4. Colocar plástico transparente especial com proteção UV, espessuras entre 0, 025 a 0,05 mm.
A lona plástica comum não deve ser usada, pois o sol deteriora o material, podendo rasgar facilmente, não permitindo assim a correta solarização.
O tamanho da folha plástica deve ultrapassar a borda do canteiro em pelo menos 20 cm por todos os lados.
O calor nas bordas é menor então assim poderemos ter o canteiro inteiro preparado.
Não deixar bolsões de ar, o plástico deverá ficar como que colado no solo.
5. Manter o canteiro irrigado, levantando periodicamente o plástico para colocar água.
6. Deixar de 60 a 90 dias desta forma. Após o período considerado retirar o plástico e plantar as mudas.
Como funciona a solarização
A água com o calor irradiado pelo sol formará vapor, e a temperatura do solo fica entre 490C e 550C, liquidando as plântulas oriundas da germinação de inços.
A maioria dos patógenos e também nematóides do solo morrem com esta temperatura.
Organismos benéficos, como micorrizas, fungos antagonistas e bactérias fixadoras de nitrogênio (por exemplo, Rhizobium spp.) aparentemente não apresentam sensibilidade ao calor gerado.
Ações positivas da solarização:
– Lavouras e hortas de produção de alfaces, morangos, beterrabas, pepinos e leguminosas entre outras tem um excelente desempenho após a solarização.
– As parcelas solarizadas apresentam praticamente nenhum inço no inicio da cultura, permitindo um bom desenvolvimento das plantas.
– Esta técnica pode ser empregue a cada rotação de cultura sem prejuízo para o solo.
– Há grande controle sobre plantas invasoras de cultura, como a tiririca (Cyperus rotundus e Cyperus sculentus), grama (Cynodon dactilum), beldroega (Portulaca oleracea), picão (Galinsoga parviflora), entre outros.
– Os microorganismos benéficos residentes tornam a se desenvolver e quaisquer adições de material compostado trazem os fungos e bactérias responsáveis pela decomposição do material orgânico.
– Quando a solarização começa a elevar a temperatura do solo as minhocas migram para maiores profundezas e retornam no seu término, sem prejuízos. A grande maioria dos fungos, bactérias e nematóides de raízes morrem com a temperatura alta.