Nome botânico: Comanthera spp.
Nome popular: sempre-viva gigante, pé-de-ouro, congonha
Angiospermae – Família Eriocaulaceae
Origem: nativa brasileira

Descrição da Comanthera

O gênero Comanthera pode ter grandes diferenças entre a aparência das plantas:

  • Comanthera magnifica, nome popular sempre-viva gigante, tem flores de 8 mm de diâmetro com brácteas na cor marrom na parte externa e creme na parte do centro. O caule é forte, ramificado e as folhas em roseta. Floresce de abril até o outono, é encontrada espontânea no Município de Rio Vermelho em Minas Gerais. Encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção devido ao extrativismo;
  • Comanthera spp
    Sempre-viva pé-de-ouro (Comanthera)

    Comanthera nitida, nome popular sapatinho, tem brácteas douradas na parte externa e creme na parte interna. Floresce de janeiro a julho e é nativa na região do Espinhaço em Minas Gerais;

  • Comanthera elegans, nome popular pé-de-ouro, de caule ereto e flores amarelas, não ramificado. Floresce de março a agosto e também está na lista de espécies ameaçadas de extinção;
  • Comanthera brunnea, nome popular margarida-roxa, com brácteas marrons, florescimento de junho a outubro,natural da Serra Negra no Município de Itamarandiba em Minas Gerais.Também em risco de extinção;
  • Comanthera acuphylla, nome popular mini-saia, tamanho pequeno até 30 cm de altura e inflorescência simples com folhas cilíndricas. floresce o ano todo na Cadeia do espinhaço em Minas Gerais;
  • Comanthera centauroides, nome popular congonha, botão-congonha, com as brácteas em formação abaixo das flores propiciando a aparência de uma cestinha. Possui rizomas ao nível do solo e floresce o ano todo no período seco de julho a outubro, na região montanhosa entre Minas Gerais e Bahia e também nas restingas no litoral do Rio de Janeiro.

Como Plantar a Comanthera

Muito procurada pelas flores para arranjos secos e artesanato, é uma planta que está correndo o risco de extinção.

Seria muito interessante do ponto de vista econômico a produção deste gênero, pois acabaria o extrativismo que ameaça as espécies de extinção.

A colheita tem sido feita com a retirada de toda a planta, inclusive com as raízes e todas as flores, diminuindo assim a sementação natural.

Como lavoura seria bom para proporcionar uma renda extra a pequenos agricultores. Como se trata de uma planta ruderal são encontradas poucas pesquisas sobre seu cultivo. Isto permitiria o planejamento de produção racional e a preservação das espécies.

A colheita de sementes pode ser feita de agosto a dezembro nas regiões citadas.

As sementes podem ser armazenadas em geladeira para conservação da qualidade. A semeadura pode ser feita com temperaturas em torno de 20 a 30 0C, em semeaduras em caixotes ou em canteiros preparados.

Os solos dos lugares onde são encontradas são do tipo arenoso, com presença de gramíneas.

Necessita de sol para crescer e acrescentar abonos poderá fazer muita diferença na produção.

Canteiros preparados com fertilização de adubo de gado curtido e um pouco de areia para permitir boa aeração das raízes.

Semear e transplantar quando a muda tiver em torno de 10 cm ou puder ser manuseada.

A colheita deverá ser racional, isto é, colher apenas as flores maduras, permitindo que ocorra sementação natural do canteiro, o que fará diminuir a mão de obra para semear na próxima estação.

Confira nosso artigos sobre variedades de flores sempre-vivas.

Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.